Faleceu faz hoje vinte e cinco anos.
As suas canções abalaram este país durante o período da Revolução, o Povo identificou-se com elas, com a revolta expressa em melodias harmoniosas e numa voz de timbre inegualável.
Vi-o actuar antes do 25/4 na Figueira da Foz e comprei todos os seus albuns que foram minha companhia durante os anos de estudo universitários. O meu namorado - depois marido - estudava em Coimbra e o seu ídolo era Adriano Correia de Oliveira, mas eu mantive-me sempre fiel a Zeca Afonso. O seu album Traz outro Amigo Também , que me foi oferecido, deve ter sido ouvido mais de uma centena de vezes.A conotação de Zeca Afonso com o partido comunista, a apropriação deste do espólio do cantor fizeram com que a magia se perdesse em parte. Compreende-se a politização dum ícone cultural, arauto da liberdade para fins revolucionários, mas, na minha opinião, Zeca Afonso foi e será sempre universal, português, uma Voz que compôe melodias populares oriundas das raízes mais profundas da nossa terra.
Ficam aqui as minhas preferidas entre tantas que gosto:
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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Whitney Houston ( 1963-2012)
Parece que hoje em dia quase só se fala na perda de artistas, pintores, escritores, actores, pessoas que não queríamos que desaparecessem NUNCA.
Deixam-nos a consolação de que enquanto viveram contribuiram para que o mundo fosse mais belo, a sua criatividade e performances encantaram muitos de nós durante anos.Whitney Houston foi presença constante nas minhas aulas de Inglês, usei várias canções dela nas minhas aulas, fazendo vibrar os alunos que a ouviam atentamente. Tinha uma voz potente, uma presença física muito bonita e um sorriso encantador. Foi uma sucessora de Dionne Warwick, sua prima e Aretha Franklin, sua tia.. Criou um estilo que seria imitada por muitas outras cantoras de vozes volumosas como ela.
Não se sabe ainda como morreu, nem é importante. O que custa é constatar a perda de uma mulher de 48 anos com talento, família e futuro à sua frente.
Deixo aqui o vídeo duma das suas músicas mais queridas dos meus alunos:
Whitney, we'll always love YOU!
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Leonard Cohen - Old Ideas
Penso que nunca nenhum cantor de música não-erudita, alternativa, pop-rock, indie ou folk, me apaixonou , emocionou, comoveu, espantou e inspirou tanto como Leonard Cohen, desde que comecei a ouvi-lo nos anos 60 - lembram-se de Joan of Arc? - até 2012, em que surge com um novo album, que as críticas têm deitado abaixo injustamente, chamado OLD IDEAS ( ideias antigas ou velhas). As ideias de Cohen não estão minimamente ultrapassadas - temos aliás um exemplo português que o imita um pouquinho, de seu nome Abrunhosa e que tem um sucesso fantástico - porque as suas letras ou poemas , embrulhados em instrumentais extraordinários e acompanhados de vozes femininas embalatórias, continuam a ser lindíssimos, emotivos e mesmo dilacerantes.Ouvi Cohen praticamente durante quarenta anos, comprei os seus discos em vinil, depois em CD e agora uso o Ipod , onde possuo um folder especial com o seu nome e mais de cinquenta versões das suas canções, umas ao vivo, outras muito antigas e voz juvenil, sempre bem orquestradas e interessantes. Também tinha um vídeo ou dois com entrevistas e concertos ao vivo, mas agora já não uso vídeo e o Youtube substitui bem esse aparelho anacrónico.
Usei os seus poemas, as suas músicas e até as suas entrevistas nas aulas sempre com bom feedback dos alunos, que se comoviam ou vibravam comigo, mesmo quando, aparentemente, este tipo de música não era aquele que mais apreciavam.
O que é divinal encanta todos. E Leonard Cohen é genial.
Coloco aqui duas canções , uma antiga outra actual. A diferença na voz é incrível, mas comparando as duas, não sei de qual eu gosto mais, como diria o Marco Paulo:)).
Usei os seus poemas, as suas músicas e até as suas entrevistas nas aulas sempre com bom feedback dos alunos, que se comoviam ou vibravam comigo, mesmo quando, aparentemente, este tipo de música não era aquele que mais apreciavam.
O que é divinal encanta todos. E Leonard Cohen é genial.
Coloco aqui duas canções , uma antiga outra actual. A diferença na voz é incrível, mas comparando as duas, não sei de qual eu gosto mais, como diria o Marco Paulo:)).
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Lisa Gerrard
É uma cantora australiana pouco conhecida,
mas que uma vez ouvida, nunca mais se esquece. Tem uma voz fabulosa e uma expressividade inegualável.
Ouvi-a pela primeira vez há uns dez anos quando era fã de música alternativa e em especial duma banda, que nasceu e morreu nos anos 90, creio, os Dead Can Dance, criadores de albuns de música góticamelodiosa e quase viciante. Passava horas a ouvir CDs deles , que fui comprando. Tenho uns cinco e gosto de todos.
Lisa era a vocalista feminina da banda, separando-se depois deles e cantando a solo. Também comprei os CDs todos dela e quando oiço a música de alguns filmes como The Insider ou Gladiator, até sinto um calafrio na espinha.
Uma vez num forum, há muitos anos escrevi que Bach era para mim uma prova da existência de Deus.Um amigo meu respondeu: E a Lisa Gerrard?
Oiçam esta peça e digam-me lá se não é divinal?
mas que uma vez ouvida, nunca mais se esquece. Tem uma voz fabulosa e uma expressividade inegualável.
Ouvi-a pela primeira vez há uns dez anos quando era fã de música alternativa e em especial duma banda, que nasceu e morreu nos anos 90, creio, os Dead Can Dance, criadores de albuns de música góticamelodiosa e quase viciante. Passava horas a ouvir CDs deles , que fui comprando. Tenho uns cinco e gosto de todos.
Lisa era a vocalista feminina da banda, separando-se depois deles e cantando a solo. Também comprei os CDs todos dela e quando oiço a música de alguns filmes como The Insider ou Gladiator, até sinto um calafrio na espinha.
Uma vez num forum, há muitos anos escrevi que Bach era para mim uma prova da existência de Deus.Um amigo meu respondeu: E a Lisa Gerrard?
Oiçam esta peça e digam-me lá se não é divinal?
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
FADO, PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE
Não sou apaixonada pelo FADO, apesar de ter nascido em Lisboa.
Lá, em adolescente, cantávamos muito em festas de jovens e havia quem se arvorasse em fadista, mesmo na minha família. A guitarra era um must nas reuniões da Capela do Rato e ali também se cantava fado do mais castiço.
Nunca fui a uma casa de fados na minha vida ( devo ser a única lisboeta que de tal se orgulha), embora houvesse cantores que me comoviam e ainda me comovem. Penso que o Fado tal como Fátima e o futebol são alienações da nossa Pátria, que não avança nunca mais e prefere o choradinho do passado, o mito das aparições e as glórias de Eusébio nos anos 60.
Posto isto, fico contente de que o Fado seja reconhecido internacionalmente, embora preferisse que fosse outro o alvo de tal honra.
Fui procurar nos arquivos do Youtube, um fadista que sempre adorei. A sua voz é única e incomparável: João Braga. Aqui canta em honra duma cantora portuguesa, que essa é, sem dúvida, a MAIOR de todas.
Fica aqui a minha homenagem à canção da minha terra.
Lá, em adolescente, cantávamos muito em festas de jovens e havia quem se arvorasse em fadista, mesmo na minha família. A guitarra era um must nas reuniões da Capela do Rato e ali também se cantava fado do mais castiço.
Nunca fui a uma casa de fados na minha vida ( devo ser a única lisboeta que de tal se orgulha), embora houvesse cantores que me comoviam e ainda me comovem. Penso que o Fado tal como Fátima e o futebol são alienações da nossa Pátria, que não avança nunca mais e prefere o choradinho do passado, o mito das aparições e as glórias de Eusébio nos anos 60.
Posto isto, fico contente de que o Fado seja reconhecido internacionalmente, embora preferisse que fosse outro o alvo de tal honra.
Fui procurar nos arquivos do Youtube, um fadista que sempre adorei. A sua voz é única e incomparável: João Braga. Aqui canta em honra duma cantora portuguesa, que essa é, sem dúvida, a MAIOR de todas.
Fica aqui a minha homenagem à canção da minha terra.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
No reino dos azuis
Enquanto a minha filha cozinhava uma bela pasta de atum no WOK, sentei-me a fazer-lhe companhia e descobri uma telazinha, que em tempos tinha enchido de pastel de óleo só para experimentar o efeito. Ficou muito mal, o pastel não adere à tela e não faz efeito nenhum. Resolvi cobri-lo todo com acrilico duma cor azul esverdeada que comprei ontem e que é deslumbrante. Com branco comecei a desenhar formas sem muito nexo, nem intenção. Fiquei com um fundo que me lembrava o luar, um lago, algo de etéreo, mas faltava um foco central. Usei então a minha cor preferida - aquela que mais uso nas minhas pinturas, creio - o azul prussiano, para delinear uma árvore que atravessou o espaço, em poucas pinceladas. Fi-la com uma espátula, que acumula mais tinta e a espalha dum modo mais agressivo. Gostei do efeito. Aperfeiçoei o fundo, dando-lhe mais profundidade, e sobretudo , mais mistério.

Quando acabei, a pasta estava pronta e deliciosa. Foi a cereja no topo do bolo.
Lembrei-me agora duma canção que a minha filha colocou hoje no Facebook e que é cantada por uma das cantoras mais puras que conheço. Chama-se Loreena McKennitt. É canadiana e as as músicas são semore acompanhadas de instrumental exótico e harpa tocada pela própria, o que realça ainda mais a pureza da sua voz. A canção chama-se Greensleeves, é uma melodia tradicional de amor.
Quando acabei, a pasta estava pronta e deliciosa. Foi a cereja no topo do bolo.
Lembrei-me agora duma canção que a minha filha colocou hoje no Facebook e que é cantada por uma das cantoras mais puras que conheço. Chama-se Loreena McKennitt. É canadiana e as as músicas são semore acompanhadas de instrumental exótico e harpa tocada pela própria, o que realça ainda mais a pureza da sua voz. A canção chama-se Greensleeves, é uma melodia tradicional de amor.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Dia Internacional da Música
O Dia Internacional da Música foi proposto e celebrado pela primeira vez em 1975 pelo grande músico e violinista Yehudi Menuhin na altura Presidente du Conselho International da Música (International Music Council)

Os seus objectivos são:
«-a promoção da arte musical em todas as secções da sociedade
- a aplicação dos ideais da UNESCO de paz e amizade entre os povos
-a evolução das culturas, a partilha de experiências e a apreciação mútua dos diversos valores estéticos (...) »
É um dia em que se homenageia a maior das Artes, aquela que é acessível a todos, a primeira de todas, desde que o Homem extraiu um som da sua voz ou ouviu as vozes dos animais, o eco das montanhas e o cantar dos pássaros.
Sem música, o mundo seria um deserto e como diz o anúncio: sem ela poder-se-ia viver, mas não era a mesma coisa.
No filme O Prisioneiro de Alcatraz há uma cena em que os prisioneiros ouvem música clássica pelos altifalantes e de repente tudo se cala e as brigas terminam...
Quando os meus meninos eram pequenos, usei música muitas vezes para eles adormecerem. Tinha um pequeno leitor de cassetes e punha a tocar o Richard Clayderman ou a Orquestra de James Last, com peças musicais conhecidas. Ouviam-nas até adormecerem. A minha filha ainda hoje se comove ao ouvir essas melodias.
O meu compositor preferido é BACH ( sem o qual diriam os melómanos não haveria prova de existência de Deus...).
Ofereço-vos aqui, porém, uma das peças mais bonitas que conheço: o TRIO nº100 de Franz Schubert.
BOM DIA/NOITE DA MÚSICA!
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