quinta-feira, 3 de maio de 2012

O Grito

Foi ontem a leilão na Sotheby um dos quadros mais famosos do mundo. Um quadro ímpar, que tem sido interpretado das mais diversas formas. O seu primeiro nome foi O Grito da Natureza.

Pode-se dizer que é uma obra que avassala quem o vê,  envolvido numa atmosfera de desespero e de uma imensa angústia. O autor explicou o que o levou a pintar aa cena, mas para muitos, outras causas mais graves na sua vida familiar estiveram na génese da criação.



Na web encontra-se muita informação sobre este quadro. Fica aqui alguma.


O Grito (no original Skrik) é uma pintura do norueguês Edvard Munch, datada de 1893. A obra representa uma figura andrógina num momento de profunda angústia e desespero existencial. O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol.
O Grito é considerado como uma das obras mais importantes do movimento expressionista e adquiriu um estatuto de ícone cultural, a par da Mona Lisa de Leonardo da Vinci. Em 2012 tornou-se a pintura mais cara da história a ser vendida num leilão.

Munch pintou ao longo de décadas quatro versões de "O Grito". Três delas estão em museus na Noruega, enquanto a quarta estava nas mãos de Petter Olsen, um empresário norueguês cujo pai foi amigo e patrono de Munch, tendo adquirido inúmeros quadros ao artista.

Nesta versão, de 1895, as cores são mais fortes do que nas outras três versões e é a única em que a moldura foi pintada pelo artista com o poema que descreve uma caminhada ao pôr-do-sol que inspirou a pintura. Outra particularidade única desta versão é que uma das figuras que está em segundo plano olha para baixo, para a cidade.
Em 2 de Maio de 2012 foi vendido pelo preço recorde de 119,9 milhões de dólares (cerca de 91 milhões de euros), tornando-se a obra mais cara de sempre em leilão, superando o quadro até então recordista, de Pablo Picasso, Nu, Folhas e Busto, que em Maio de 2010 foi leiloado por 106,5 milhões de dólares (81 milhões de euros)[2].

Hoje ouvi dizer a um connaisseur que no  quadro a pessoa central não está a lançar um grito, mas a proteger-se, angustiada,  do barulho ensurdecedor da Natureza à sua volta.

Seja como for, é uma obra impressionante.