A Rocha Negra tem uma história, uma lenda, como todos ex-libris dum local, mas não sei exacatamente qual é. Prometo procurar na net...a ver se a encontro.
Dantes ia lá todos os verões e adorava aquele ambiente selvagem, limoso e perigoso, depois de se passar a zona de pedras que nos davam cabo dos pés, mesmo com sapatilhas. O mar ali é mais negro e tem um je ne sais quoi de tenebroso, mas o passeio vale a pena na maré vazia, quanto mais não seja só para ver as tonalidades de cores nas pedras, que têm caído da falésia nos invernos mais rigorosos. Neste, só veio areia, a praia está cheia de areia, que cobre muitas das rochas habitualmente à vista.
Vai-se jantar às 7 , ainda se arranja mesa vaga no Paraíso da Luz, o café que ficou célebre aquando do caso Maddy. Depois disso só ingleses enchem todas as mesas reservadas com os seus miudos rosados do sol, malcriadinhos q.b., que pedem sempre hamburgers e deixam metade no prato. É impossível não pensar nas crianças que não tem dinheiro para um pão, mesmo em Portugal. Os pais não se ralam, querem é divertir-se, estão aqui para torrar ao sol, tomar uns banhos e beber uns vinhos baratos ou beras como o Mateus Rosé, popularíssimo entre estrangeiros.
Hoje fui à Peixaria Baptista que abriu há uns tres anos onde havia uma papelaria. Fiquei de boca aberta, o ar condicionado mantinha o local fresco e apetecível. um aquário enorme dava um toque japonês à loja. Música clássica - Vivaldi - enchia o ambiente, onde uma nova secção de doçaria francesa acompanhava os chernes, os robalos, o salmão e até as sardinhas. Elogiei tudo ao empregado francês, que me disse que já algumas pessoas tinham gostado da selecção musical. Apoio-os incondicionalmente e fico fã de peixe e de doces franceses. Para todo o sempre.