quarta-feira, 9 de junho de 2010

Chuva na insónia

Acordei há hora e meia. São 4.30 da manhã.

Ainda não há luz, chove inclementemente...toda a noite choveu. A minha rua está fria e húmida como num dia de inverno. Mas estamos quase no verão. Porquê tanta chuva? e porquê a tanta insónia?

Tirei uma foto da minha janela. Parece algo mágico...cliquem nela.

Encontrei um poema de Fernando Pessoa, que me consola neste desalento que é não conseguir dormir.

.. Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se
-Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E quando haja rochedos e erva...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...


Fernando Pessoa