É a árvore mais linda que conheço, sobretudo nesta época do ano.
Estou rodeada deles aqui no Campo Alegre, mesmo junto à minha varanda, vejo uns quatro perfilando-se altaneiros em qualquer estação do ano. Já os fotografei várias vezes e à sua folhagem dourada ou avermelhada, filigrana relutante em cair e resistente às ventanias que nos assolam durante a noite. No chão um manto atapetado multicolor, uma paleta infindável de cambiantes artísticos.Um passeio breve pelo Botânico deixa-nos boquiabertos perante a beleza dessses ramos em contraluz, estrelas de fogo, tremeluzentes na brisa.
Esta espécie botânica devia ser glorificada aqui como é na América do Norte ou no Japãp.
Dela ( maple) se extrai o célebre maple syrup, que acompanha as pancakes ao pequeno almoço ou as tartes de maçã ao lanche.
Encontrei um poema lindíssimo, que se poderia aplicar aos centenários áceres do Botânico, que viram a família Andresen nascer, crescer e morrer...e, agora, vêem dezenas de crianças a correr nestes jardins, colhendo ou pisando as folhas rendilhadas...
é o eterno retorno...
a Vida que não pára...
benditas árvores que nos trazem a certeza de um mundo mais belo.
THE MAPLE TREE
I don’t know why God placed me here
But I think He picked the perfect spot .
Here now for a century , not just anywhere
But here ! This is my chosen lot .
I’ve shaded this quiet country home .
Watched this family passing by .
Watched children grow and leave to roam .
Felt my leaves blow off and die.
Heard children’s laughter fill the air
Swinging on a swing in my branches there.
Watched her brush her auburn hair
Underneath my branches there .
Sunday picnic beneath my summer shade .
Watched a loving family have fun and play
Watched her auburn hair begin to fade
As time gently coaxes her hair to gray .
Seasons come and seasons go .
Horse and wagons pass to and fro.
God continues to let me grow
In this favorite spot I know .
Years pass by , the road is paved .
Cars and truck go swishing by.
Times are changing , nothings saved .
Every one rushing, on the fly.
I think I know why God placed me here
A loving shelter from life’s storms
Help protect a wonderful family from all fear
With shade and cover from devil’s swarms .
by Luke
Peço desculpa de não apresentar um poema em português, mas não encontrei nenhum que se assemelhasse.
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sábado, 19 de novembro de 2011
terça-feira, 8 de novembro de 2011
Ver o Porto a definhar
Não gosto de me lamuriar ou de fazer deste blogue um rol de queixas, mas ontem foi demais. Resolvi ir à Baixa - nós chamamos Baixa na realidade a uma área que fica bastante alta na cidade. A Rua de Santa Catarina, a Praça da Batalha, as ruas de Passos Manuel e 31 de Janeiro ( que em tempos conhecia do Monopólio, apenas:) são ruas de sobe e desce, como o é quase toda a zona histórica do Porto. Em tempos estas rua regurgitavam de gente, ostentavam lojas caras e com pergaminhos, conhecidas de todas as senhoras elegantes, que não adquiriam as suas roupas num qualquer chinês ( não existiam ainda), nem sequer em armazéns no estrangeiro. Ainda me lembro de a minha sogra só comprar sapatos na Gentil e de o meu ex- ter os seus fatos manufacturados na Piloto. Nenhuma das lojas sobreviveu à fúria dos shoppings, que assolou os arredores do Porto nos anos 90.
Ontem constatei a morte de mais de dez lojas daquelas que eu frequentava, a Casa Forte, onde comprei muitos artigos para os meus filhos, a Tamegão, onde se encontravam artigos para a casa de todo o género, as mercearias finas junto à Casa Chinesa, a única loja que vendia chás de todo o género avulsos e artigos asiáticos extremamente difíceis de encontrar na cidade. Tapumes e tapumes, carregados de posters a anunciar eventos artísticos, grafittis de mau gosto, lixo, jornais e desperdícios...encimados por árvores lindíssimas nos tons outonais. Quase chorei, ao subir Sá da Bandeira, uma das ruas mais comerciais do Porto. Será que não haveria mesmo maneira de manter estas lojas tradicionais abertas? Elas eram símbolos do comércio nortenho, davam um colorido euma patine a estas ruas, as pessoas sentiam-se bem melhor percorrendo estes passeios do que metidos em shoppings onde todos os estabelecimentos são iguais, não têm história, nem caché.
Que histórias encontramos numa Zara, num Cortefiel, num Body Shop ou num Modelo-Continente? Que vendedores nos ficam na memória? São armazens de produtos, cheios de luz, música péssima, kms de corredores pejados de latas, frascos, frutas, roupas, livros e CDs, plantas, mobílias, cuja intenção é apenas vender, vender, vender....não criar laços entre vendedores e clientes, uma semana trabalham uns,noutras trabalham outros, não se fixam caras e muito menos corações.
Não sou sentimentalista, mas sou sentimental. Tenho saudades das lojas da Baixa de Lisboa, onde ia com a minha Mãe, nos anos 60. E agora já tenho saudades do Bolhão ou da Bruxelas , ou... das papelarias...
Outono tristonho...uma cidade que adormeceu, como no conto da Bela Adormecida. O problema é que jánão há príncipes Encantados e a esperança destes locais já morreu. Não há reparação possível.
Ontem constatei a morte de mais de dez lojas daquelas que eu frequentava, a Casa Forte, onde comprei muitos artigos para os meus filhos, a Tamegão, onde se encontravam artigos para a casa de todo o género, as mercearias finas junto à Casa Chinesa, a única loja que vendia chás de todo o género avulsos e artigos asiáticos extremamente difíceis de encontrar na cidade. Tapumes e tapumes, carregados de posters a anunciar eventos artísticos, grafittis de mau gosto, lixo, jornais e desperdícios...encimados por árvores lindíssimas nos tons outonais. Quase chorei, ao subir Sá da Bandeira, uma das ruas mais comerciais do Porto. Será que não haveria mesmo maneira de manter estas lojas tradicionais abertas? Elas eram símbolos do comércio nortenho, davam um colorido euma patine a estas ruas, as pessoas sentiam-se bem melhor percorrendo estes passeios do que metidos em shoppings onde todos os estabelecimentos são iguais, não têm história, nem caché.
Que histórias encontramos numa Zara, num Cortefiel, num Body Shop ou num Modelo-Continente? Que vendedores nos ficam na memória? São armazens de produtos, cheios de luz, música péssima, kms de corredores pejados de latas, frascos, frutas, roupas, livros e CDs, plantas, mobílias, cuja intenção é apenas vender, vender, vender....não criar laços entre vendedores e clientes, uma semana trabalham uns,noutras trabalham outros, não se fixam caras e muito menos corações.
Não sou sentimentalista, mas sou sentimental. Tenho saudades das lojas da Baixa de Lisboa, onde ia com a minha Mãe, nos anos 60. E agora já tenho saudades do Bolhão ou da Bruxelas , ou... das papelarias...
Outono tristonho...uma cidade que adormeceu, como no conto da Bela Adormecida. O problema é que jánão há príncipes Encantados e a esperança destes locais já morreu. Não há reparação possível.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Flores e mais flores
Nunca me canso de fotografia...é um mundo sem fim e poderíamos ter grandes hipóteses artísticas noutros países, como nos EU, onde há galerias colectivas, cada pessoa tem a possibilidade de expor temporariamente as suas obras sem pagar, o ambiente é informal, com cafés ou chás oferecidos aos visitantes.Tudo em prole do talento individual.
Em Boston, a Newsbury Street é uma dessas zonas, uma rua só de galerias, mas não como a Miguel Bombarda,aqui, onde o snobismo ou elitismo são reis, o visitante sente-se quase humilhado diante das obras exorbitantes dos pseudo-mestres da pintura portugueses. Nunca percebi porque é que a Arte em Portugal há-de ser monopólio de alguns, os bem-queridos da inteligentsia cultural portuguesa e se despreza tantos e tantos pintores amadores, que são tão bons ou melhores do que esses. Lembro-me sempre da minha Amiga Teresa Vieira, cuja obra é excepcional e de quem nunca ouvi falar nos jornais de arte. Enfim...

Hoje dediquei-me às iris e às hortenses. Ambas as colagens foram feitas a partir duma ou duas fotos tiradas por aqui. Penso que são belas, tanto uma como a outra. A de hortenses poderia ser uma pintura. Pode ser que tenha coragem de a fazer.


Hoje dediquei-me às iris e às hortenses. Ambas as colagens foram feitas a partir duma ou duas fotos tiradas por aqui. Penso que são belas, tanto uma como a outra. A de hortenses poderia ser uma pintura. Pode ser que tenha coragem de a fazer.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Os detalhes da minha rua
Numa cidade há milhares de detalhes que nos passam despercebidos, de tal modo é a azáfama em que andamos, sobretudo quem anda de carro ou transportes públicos.
Quem anda a pé, goza muito mais e melhor destes pormenores que a cidade nos oferece e que podem nem ser bonitos, mas são no mínimo curiosos.
Hoje à ida para o Solinca para mais uma tortura no ginásio ( já perdi 2kg neste dois meses, não é mau), diverti-me a tirar fotos com o meu Ipod a objectos ou coisas banais da minha rua: farois , farolins, simbolos de marcas, maçanetas velhas, caixas do correio antigas, portões, grades, muretes, um sem número de coisas que contam histórias....ou contariam se falassem.
Olho para um farolim e pergunto-me: Quem usará este carro? Será velho, será novo, mulher, casado, solteiro??? A curiosidade matou o gato....mas eu ainda não morri.



Esta é uma rua com muito encanto e nunca acaba de me surpreender. Não consigo tirar fotos aos passarinhos - muitas espécies de aves canoras - que me deliciam com os seus chilreios. As flores já estão mais murchas devido ao calor e falta de rega, mas continuam a sobreviver no meio de tanta poluição. Às vezes pergunto-me como é que as árvores do Campo Alegre não morrem de fuligem, de patine ou de cansaço, passam centenas de autocarros
por elas todos os dias....os escapes que são tudo menos escapes, deviam chamar-se ratoeiras...


É a cidade que temos....mas os meus netos desenham sempre paisagens de campo, com sol, flores, mar, árvores...é raro desenharem casas, muito menos automóveis e ainda menos autocarros...
Quem anda a pé, goza muito mais e melhor destes pormenores que a cidade nos oferece e que podem nem ser bonitos, mas são no mínimo curiosos.








É a cidade que temos....mas os meus netos desenham sempre paisagens de campo, com sol, flores, mar, árvores...é raro desenharem casas, muito menos automóveis e ainda menos autocarros...
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Tempo de flores e de amanhãs

Continuo o pléripo da floricultura na minha zona.

No caminho para a Solinca, em que percorro uns 800 m. Há flores por todo o lado, em casas grandes que devem tar jardineiros e rega automática, jardins abandonados como o da Casa das Artes que até faz dó, com agapantos a brotar à míngua de água, cantos e recantos junto aos prédios que penso serem tratados pelos condomínios e estão maravilhosos, jardinzitos que até parecem terem sido oferecidos a alguém e adoptados à nascença.
Não resisto a partilhar as que tirei hoje convosco. Talvez vos embeleze um pouco a vista toldada por esta campanha eleitoral tão deprimente. Talvez vos alegre saber que à beira das nossas casas, a Natureza continua viva e viverá para lá das Troikas, das quezílias, da corrupção, do desalento, da pobreza e da ausência de futuro. Cada flor é uma promessa de amanhã.
FLORES
Era preciso agradecer às flores
Terem guardado em si,
Límpida e pura,
Aquela promessa antiga
Duma manhã futura.
Sophia de Mello Breyner
terça-feira, 24 de maio de 2011
Pela Foz Velha
Hoje resolvi fazer de turista e andei pela Foz Velha

Na praia havia gente de todas as idades, corpos ao sol,
Do alto da esplanada, a minha câmara adora bisbilhotar...
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Passeando na minha rua

Hoje tinha consulta na Clínica Maló do Porto, onde fui muito bem tratada, apesar de ser a primeira vez que lá ia, todos os meus tratamentos anteriores foram feitos em Lisboa. O serviço é excepcional, as pessoas competentes, dedicadas, sorridentes, é um dos locais melhores do mundo em termos de conforto e bem estar dos pacientes ( que eu conheço).
Depois fui ao Health Club Solinca,



Ver as instalações assim é importante para escolher as modalidades e o horário. Estou morta por experimentar o ginásio e a piscina, sem falar do jacuzzi e sauna. E fica a dez minutos de minha casa, na av da Boavista. Estava bastante sossego, que é o que eu gosto.

Pelo caminho fui observando detalhes


quarta-feira, 9 de março de 2011
A minha rua
A "minha" rua que não é a minha, afinal.
Moro na Rua do Campo Alegre, mas considero que a minha rua é a António Cardoso, dado que é por ela que saio e entro todos os dias, a minha porta não tem saída directa para o Campo Alegre, só jardim com murete alto.
Percorro muitas vezes aquela que considero minha, não só para apanhar o autocarro na Av. da Boavista, como para ir ao Pingo Doce ou ao BB Gourmet, um restaurante muito français e muito in, que frequento amiude, sobretudo quando cá está o meu filho mais novo. Já por lá vi várias vezes o treinador do FCP, Villas-Boas, o que só por si, já é uma boa razão para lá ir :)).
Não sei quem foi A. Cardoso, confesso, Também não nasci cá, de modo que só comecei a conhecer estas ruas porque os meus filhos tinham festas de anos por aqui. É uma zona pseudo-queque, chique, com apartamentos bem construídos e caros. Só vim para cá para estar ao pé do meu filho e netos numa altura mais difícil da minha vida. Ainda estou a pagar a casa...
Ontem fui fazer compras e embora estivesse a chuviscar, resolvi vir pela rua fora a observar pormenores e a tirar fotos com o meu I'Touch que é um Ipod com câmara, muito leve e que transporto paa todo o lado, pois gosto de ouvir música quando ando a pé.

Nesta rua, uma das mais arborizadas e floridas desta cidade, há de tudo:casas apalaçadas
( numa delas viveu Sophia), como a Casa das Artes,
lindíssima e abandonada à sua sorte, a Galeria Cordeiros,
com colecções de pintores ultra-conhecidos, casas abandonadas que me fazem lembrar o livro The Secret Garden, onde uma miuda conseguia entrar num jardim secreto, cheio de plantas entrelaçadas , fontes e animais, há prédios bem feiosos, mas chiques com seus jardins e salas para festas, há ainda o tal restaurante, onde ontem bebi um chá maravilhoso e comi dois scones para matar saudades da Inglaterra; há ainda a vista da Casa Andersen no Jardim Botânico, rodeada de árvores centenárias e com histórias para contar. Last but not least, na esquina das minhas duas ruas :), há uma loja de decoração chamada Sinergias
com um extraordinário bom gosto, onde já comprei duas mesas, qualquer delas muito original e não demasiado caras.
Andar por esta rua ao fim do dia é ouvir dezenas de pássaros que se refugiam nas árvores da zona - agora há menos gaivotas, felizmente - e gozar em pleno duma visão do que seria a cidade ideal com espaço, plantas, recantos, algumas lojas e pouco transito nas horas que não são de ponta.
Tenho muita sorte de morar aqui.

Moro na Rua do Campo Alegre, mas considero que a minha rua é a António Cardoso, dado que é por ela que saio e entro todos os dias, a minha porta não tem saída directa para o Campo Alegre, só jardim com murete alto.
Percorro muitas vezes aquela que considero minha, não só para apanhar o autocarro na Av. da Boavista, como para ir ao Pingo Doce ou ao BB Gourmet, um restaurante muito français e muito in, que frequento amiude, sobretudo quando cá está o meu filho mais novo. Já por lá vi várias vezes o treinador do FCP, Villas-Boas, o que só por si, já é uma boa razão para lá ir :)).

Não sei quem foi A. Cardoso, confesso, Também não nasci cá, de modo que só comecei a conhecer estas ruas porque os meus filhos tinham festas de anos por aqui. É uma zona pseudo-queque, chique, com apartamentos bem construídos e caros. Só vim para cá para estar ao pé do meu filho e netos numa altura mais difícil da minha vida. Ainda estou a pagar a casa...
Ontem fui fazer compras e embora estivesse a chuviscar, resolvi vir pela rua fora a observar pormenores e a tirar fotos com o meu I'Touch que é um Ipod com câmara, muito leve e que transporto paa todo o lado, pois gosto de ouvir música quando ando a pé.


Nesta rua, uma das mais arborizadas e floridas desta cidade, há de tudo:casas apalaçadas




Andar por esta rua ao fim do dia é ouvir dezenas de pássaros que se refugiam nas árvores da zona - agora há menos gaivotas, felizmente - e gozar em pleno duma visão do que seria a cidade ideal com espaço, plantas, recantos, algumas lojas e pouco transito nas horas que não são de ponta.
Tenho muita sorte de morar aqui.
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