sexta-feira, 25 de junho de 2010
Lua cheia
É espantosa a luz que a Lua Cheia emana. Na cidade ninguém dá por ela, a não ser junto ao mar da Foz ou talvez nas margens do Douro, num local menos iluminado por luzes artificiais.
Aqui com os moradores fora, a nossa casa queda-se em silêncio. Sem as luzes do terraço - nunca as acendo para poder ver as estrelas - o jardim fica escuro e só a sombra da palmeira se agita em contra-luz ao vento. O luar é total, é pleno e parece quase dia, vêem-se as rochas , o perfil das plantas, as cadeiras do jardim, os mosquitos e uma mancha de prata sobre o mar, agitando-se e cintilando com a ondulação suave desta noite estival. E é tão belo o luar, que nem apetece fechar as persianas e pensar que no dia seguinte já não haverá a mesma visão.
Mas há as fotos. Para provar que é verdade o que aqui está.
E Há a música para nos lembrar que o luar inspirou muitos artistas e compositores desde sempre. Aqui uma versão muito especial do Clair de Lune de Debussy.