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segunda-feira, 26 de julho de 2010

DIA MUNDIAL DOS AVÓS



Hoje, 26, celebra a Igreja o dia de S. Ana e S. Joaquim, avós de Jesus, pelas Escrituras. Não preciso de dias especiais para comemorar o facto de ser Avó. Nem todos os dias são dedicados aos netos, muitos deles não são e nem sequer os vejo. Estão porém sempre no meu pensamento. E esse pensamento é afectuoso e doce, quente e saboroso.

Ontem fui passar parte do serão com eles e houve concerto. Pai e filhos tocaram para mim, senti-me bem e eles estavam felizes. O mais velho já toca violino com bastante precisão e sobretudo com expressão, o que me comove. O mais novo toca violoncelo ainda incipiente, mas acima de tudo adora shows, não pára de dançar, cantar, saltar, tudo ao ritmo da música, que lhe está na massa do sangue. O meu filho está a tocar piano cada vez melhor desde que compraram um instrumento novo para substituir o alemão muito antigo que viera de casa da minha Mãe em Lisboa e estava a desfazer-se.Para minha alegria tocou uma sonata de Beethoven, Bach e o Arabesque nº1 de Debussy que já a minha mãe tocava, em dias de calmaria.

A tarde estava a findar, a Lua Cheia a erguer-se avermelhada e o meu neto mais novo exclamou: "A Lua até parece a Terra! Mas não é, pois não? Nós estamos aqui em cima da Terra, não podemos vê-la assim redonda, tem de ser a Lua!" Depois acrescentou: "O Sol é uma estrela de fogo e tem tanta luz que ilumina tudo. A Lua não!"

Mas felizmente, há luar...como diria Stau Monteiro...

Fica aqui um poema aos avós modernos ( brasileiro)

Vovó século XXI

Como é bom ter uma avó!
Companheira que ela só,
Conta histórias de encantar
Branca de Neve - Cinderela...
Canta canções de ninar
Não me imagino sem ela

Conta que o lobo mau é bom
Que não comeu a avozinha
Foi tudo brincadeirinha
Pois quando o encontrou
No caminho da floresta
Deu-lhe tanto carinho
Que o lobo virou bonzinho
Mais parecia um cachorrinho
E pra ele tudo era festa

Ela inventa, e diz então
Que a vida é uma comprida linha
que a ponta final é a dela
E que a do início é a minha
Tenho que correr pra pegá-la
Soltando a imaginação
Um dia vou alcançá-la

Sabem que a minha avó,
Leva-me a passear
Acompanha-me à natação
E ensina-me a nadar?

Quando ela está por perto
Não tenho medo nenhum,
A minha avó é decerto
Vovó século vinte e um!


Isabel Correia da Silva e Sousa

E um vídeo lindo com a música e imagens a condizer:

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lua cheia



É espantosa a luz que a Lua Cheia emana. Na cidade ninguém dá por ela, a não ser junto ao mar da Foz ou talvez nas margens do Douro, num local menos iluminado por luzes artificiais.
Aqui com os moradores fora, a nossa casa queda-se em silêncio. Sem as luzes do terraço - nunca as acendo para poder ver as estrelas - o jardim fica escuro e só a sombra da palmeira se agita em contra-luz ao vento. O luar é total, é pleno e parece quase dia, vêem-se as rochas , o perfil das plantas, as cadeiras do jardim, os mosquitos e uma mancha de prata sobre o mar, agitando-se e cintilando com a ondulação suave desta noite estival. E é tão belo o luar, que nem apetece fechar as persianas e pensar que no dia seguinte já não haverá a mesma visão.

Mas há as fotos. Para provar que é verdade o que aqui está.
E Há a música para nos lembrar que o luar inspirou muitos artistas e compositores desde sempre. Aqui uma versão muito especial do Clair de Lune de Debussy.