Pois é, já acabou o verão, este ano, com muito calor sobretudo lá para o interior e sul, que aqui no Porto nunca se sufoca e há sempre a brisa maritima refrescante que nos é oferecida pela nossa localização privilegiada. Chove mais? Dizem que sim, mas esta chuva é benfaseja, os verdes não são castanhos, os rios são caudalosos, há cascatas no Gerês, há cambiantes de luz no céu, o azul não é todo uniforme como as vezes em Lisboa, a ferir os olhos.
Segundo o meu amigo Pedro Freire, a cidade é iluminada pelo reflexo do sol nas pedras graníticas das construções antigas e possui um encanto diferente mais romantico e menos banal.
Em Portugal o Outono começa no calendário antes de se notar na natureza. As árvores da minha rua estão bem verdes ainda e só lá para fins de Novembro, estaremos envolvidos em sinfonias de castanhos, vermelhos e amarelos dourado.
O Jardim Botanico esta semi fechado, andam a preparar uma exposição e a restaurar a casa Andersen, já não era sem tempo. Não tenho ido lá, a ideia de ver máquinas e gruas não é bem aquela que mais aprecio...:)
Hoje vou continuar com a minha experiência de óleo. Só tive uma aula, mas achei interessante pintar com um material que não seca, tem cheiro e cores brilhantes. Vamos a ver se consigo fazer alguma coisa com tantas cores.
Um poema outonal feito numa escola e pinturas, que já ofereci aos meus familiares.
Que o Outono seja belo este ano para todos vós! Calmo e relaxante, sem grande sobressaltos. Para mim vai ser diferente...
AGUARELA DE OUTONO Âmbar, dourado
E fulvo também!
Matiz de castanho
Lá vem o Outono
Que encanto tamanho...
Na brisa do ar
As folhas ao vento
Quais estrelas cadentes
Aguarela e desejo
São carícias de beijo
No rosto do chão
São húmus, são seiva
Da Mãe Natureza
Em renovação!...