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sábado, 30 de abril de 2011

solidão

O meu filho já foi há dias para Lisboa. A minha filha partiu também para Leeds. Estou de novo sozinha e sinto-me só. Acabou o diálogo simples, os sorrisos de manhã, o cheiro a café, o barulho das chaves a abrir a porta, os silêncios cúmplices, os risos em frente ao PC ( que muitas vezes não descortino porquê), a música, a troca de olhares adultos, a guitarra as 4 da manhã, as idas ao shopping, os filmes romanticos a duas, os cozinhados a meias. Gosto dos meus filhos. Nunca me passaria pela cabeça dizer-lhes que estão a mais aqui, que preciso de privacidade ou que me dão trabalho. Eles fazem parte da minha vida, ainda que cada vez mais autónomos e livres de pensamento.

Ontem fui jantar à Foz. Estava um dia cinzento, mas quando chegámos lá, deparámos com um cenário insólito. O sol tinha irrompido no meio das nuvens, vermelho, e a luz reflectia-se no mar, mais calmo que o habitual, e as rochas na maré vazia, adquiriam um tom escuro , quase negro. Subitamente acenderam-se as luzes e ficou aquele ambiente do entardecer que é lindo no Verão porque se prolonga durante muito tempo.

Hoje vou ver as exposições da Miguel Bombarda. Preciso de estar só, mas também de me distrair. Continuo com uma gripe mal curada, mas já não me incomoda a ponto de não poder passear um pouco.

Ficam aqui fotos da Foz, a nossa joia mais preciosa. O Porto sem ela não seria a mesma cidade.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O outono aqui tão perto



Pois é, já acabou o verão, este ano, com muito calor sobretudo lá para o interior e sul, que aqui no Porto nunca se sufoca e há sempre a brisa maritima refrescante que nos é oferecida pela nossa localização privilegiada. Chove mais? Dizem que sim, mas esta chuva é benfaseja, os verdes não são castanhos, os rios são caudalosos, há cascatas no Gerês, há cambiantes de luz no céu, o azul não é todo uniforme como as vezes em Lisboa, a ferir os olhos.
Segundo o meu amigo Pedro Freire, a cidade é iluminada pelo reflexo do sol nas pedras graníticas das construções antigas e possui um encanto diferente mais romantico e menos banal.


Em Portugal o Outono começa no calendário antes de se notar na natureza. As árvores da minha rua estão bem verdes ainda e só lá para fins de Novembro, estaremos envolvidos em sinfonias de castanhos, vermelhos e amarelos dourado.
O Jardim Botanico esta semi fechado, andam a preparar uma exposição e a restaurar a casa Andersen, já não era sem tempo. Não tenho ido lá, a ideia de ver máquinas e gruas não é bem aquela que mais aprecio...:)

Hoje vou continuar com a minha experiência de óleo. Só tive uma aula, mas achei interessante pintar com um material que não seca, tem cheiro e cores brilhantes. Vamos a ver se consigo fazer alguma coisa com tantas cores.

Um poema outonal feito numa escola e pinturas, que já ofereci aos meus familiares.

Que o Outono seja belo este ano para todos vós! Calmo e relaxante, sem grande sobressaltos. Para mim vai ser diferente...


AGUARELA DE OUTONO


Âmbar, dourado

E fulvo também!

Matiz de castanho

Lá vem o Outono

Que encanto tamanho...



Na brisa do ar

As folhas ao vento

Quais estrelas cadentes

Aguarela e desejo

São carícias de beijo

No rosto do chão

São húmus, são seiva

Da Mãe Natureza

Em renovação!...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Hoje pintei



(clicar)


Inspirada pelas paisagens maravilhosas que vi do comboio em Inglaterra, apeteceu-me pintar mais uma paisagem. Fi-lo ao som de Bach, que tocava em alto som na minha sala, ao lado da cozinha, onde pinto. Deixo-vos com essa maravilhosa peça.