Quem dera a muita gente poder gozar desta Paz que me invade neste Domingo, após um almoço simples mas tradicional num restaurante daqui da zona com os meus dois filhos, passeio a pé a seguir pelos jardins da faculdade de Ciências - lindíssimos nesta Primavera resplandecente - e pelo Botânico, onde consegui fazer um curto vídeo que vou tentar colocar aqui daqui a dias.Quase que não se ouviam carros, hoje, as gaivotas piavam e os passarinhos - tantos - chilreavam saudando a ausência quase total de poluição e certamente, o ambiente mais saudável desta estação do ano. As árvores seculares erguiam-se
majestosamente como sempre, transportando milhares de folhinhas novas dum verde indescritível. A natureza canta a plenos pulmões nesta época do ano e só quem não quer, é que não vê este esplendor.Os portões do jardim estão abertos, não se paga nada, fica-se mais rico, mais calmo, mais feliz, depois duma experiência destas.Admiro-me ao ver os shoppings cheios em dias como este. Por acaso ontem fui ao cinema com a minha filha e estava quase vazio, apesar de ser sábado.Ainda bem. As crianças precisam de contacto com a natureza, os meus netos passaram estes dias na terra do Avô materno e certamente vêm de lá com mais amor à vida. Não há TV, não há PCs, não há tecnologias idiotas a espevitar a imaginação...há a paz dos campos, dos riachos e a grandeza das árvores que se elevam, gloriosas a cantar ALELUIA, mesmo quando o país parece querer rastejar.
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domingo, 8 de abril de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Tempo cinzento
A Primavera chegou.
E o tempo de céu azul tingiu-se de cinzento desafiando todas as previsões.
Como gosto deste tempo, saí e fui passear ao Botânico, onde não há dúvidas. A Primavera está aí e as plantas sabem-no, sentem-na nas pétalas, nos brotos,nas folhas, nos odores...é lindo ver a natureza a renascer depois do inverno, este muito meigo e seco. A água faz falta, mas as flores do Botânico têm irrigação especial e nascem na mesma.
Resolvi tomar um chá à inglesa no bar japonês - com empregado brasileiro- que abriu no ano passado. Tudo ali é requinte, como se pode ver pela foto. O sossego fantástico, apenas umas tres pessoas e algumas crianças no jardim.Pena não haver exposições, a Casa é tão perfeita para esse fim, está fechada. E Sophia
olha-nos no jardim do labirinto, com os olhos no vago, talvez sonhando com aquela menina que um dia ali brincou, ali escreveu e correu. O tempo passa, os sonhos ficam assim como a poesia.
Poema
A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita
Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará
Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento
A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto
Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento
E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada
Sophia de Mello Breyner Andresen
E o tempo de céu azul tingiu-se de cinzento desafiando todas as previsões.
Como gosto deste tempo, saí e fui passear ao Botânico, onde não há dúvidas. A Primavera está aí e as plantas sabem-no, sentem-na nas pétalas, nos brotos,nas folhas, nos odores...é lindo ver a natureza a renascer depois do inverno, este muito meigo e seco. A água faz falta, mas as flores do Botânico têm irrigação especial e nascem na mesma.
Resolvi tomar um chá à inglesa no bar japonês - com empregado brasileiro- que abriu no ano passado. Tudo ali é requinte, como se pode ver pela foto. O sossego fantástico, apenas umas tres pessoas e algumas crianças no jardim.Pena não haver exposições, a Casa é tão perfeita para esse fim, está fechada. E Sophia
olha-nos no jardim do labirinto, com os olhos no vago, talvez sonhando com aquela menina que um dia ali brincou, ali escreveu e correu. O tempo passa, os sonhos ficam assim como a poesia.
Poema
A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita
Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará
Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento
A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto
Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento
E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Ainda a Primavera em tons de verde

Enche-me de alegria ver as folhas das árvores a brotar dos ramos, lentamente, cada uma a seu ritmo, sem pressas, gozando da plenitude deste sol quase tórrido e pedindo uma chuva mansa, que volta e meia vem cair neste jardim.

Da janela do meu quarto vejo tudo isto em transformação, as várias estações que se sucedem rapidamente e que nos lembram que a nossa vida também corre vertiginosamente e que as nossas estações têm, elas também, os seus encantos.
Há duas tílias grande no jardim aqui vizinho. Uma já está frondosa, linda, espessa, impedindo-me de espiolhar o que se passa na casa, outra, mais novinha que só agora começa a deitar os seus rebentos e que parece nua, no meio de tanto verde.
Nos jardins mais à frente, é um bálsamo olhar os cambiantes de cor nas plantas que se erguem para este céu tão azul.
Ontem passei pela Rotunda. Estava gorgeous,

Amo a natureza....amo esta estação do ano...amo as tardes grandes e longas....amo a Vida.

Para terminar, dois poemas de Sophia alusivos à quadra, num vídeo maravilhoso com música de Chopin.
quinta-feira, 31 de março de 2011
A Primavera voltou....
...e fui festejá-la ao Botânico, onde já não ia desde o Natal, creio eu.
Aqui vê-se bem a diferença entre as estações do ano, não há comparação possível entre os esqueletos negros que se erguem aos céus em prece em Dezembro e esta festa de verde, de luz e cor que presenciei hoje. Sempre gostei de tirar fotos a contra-luz, troncos sem qualquer folha sob o céu cinzento de chumbo. No Jardim Inglês de Munique e no Hyde Park de Leeds, a neve ou o verde da relva contrasta fortemente com as árvores negras no inverno.
Hoje o cenário é completamente diferente, como se pode ver nas fotografias que tirei há uma hora. O dia está herrlich, como diriam os alemães, glorious os ingleses. Não encontro palavras tão ricas em português
Infelizmente os jardins agora estão cheios de alunos de escolas que vêm visitar a expo Darwin. É confrangedor ver a bacoquice e comportamentos grosseiros deste jovens , em geral. Penduram-se nas fontes, , sentam-se nas árvores, quebram galhos, apanham flores e sobretudo, fazem um barulho ensurdecedor, com piadinhas secas do tipo: "Que nojo! Topa-me aquela rã, que horror!"
Não há possibilidade de manter esta gente calada e respeitadora num lugar que é lindo? Nem sequer ouvem os pássaros que chilreiam ali sem cessar. Os profs parecem alhear-se destes problemas, soltam-nos como se fossem animais e cada um faz o que quer....não é assim que se organizam visitas de estudo.
Voltei a fotografar a Casa Andersen, desta feita do lado de trás,
CLIQUEM AS FOTOS, QUE VALE A PENA!
segunda-feira, 21 de março de 2011
Dia da Árvore
Hoje celebra-se o Dia da Árvore.
Não concebo a vida sem elas, rodeada que estou de áceres, castanheiros, choupos , ciprestes, cameleiras, pinheiros....tantos e tantos seres vivos que nos enchem de paz, de beleza, oxigénio e verde repousante. Sempre vivi com árvores, fui feliz nisso. Gosto mais de plantas do que de animais e isso pode parecer sacrilégio, mas é o que sinto.
Fiz esta pintura há mais de dois anos, ofereci-a ao meu irmão que a pôs junto à passadeira, onde a minha cunhada faz exercício todos os dias. Ela gosta de olhar para os campos na Primavera...ainda bem, porque eu também.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Bordados digitais
Ontem manipulei uma foto da Cardigan Road, uma das minhas avenidas de estimação em Leeds. Hoje resolvi pegar noutra foto desta cidade, tirada agora quando lá estive há um mês. As árvores estavam todas floridas e lindíssimas.
Em tempo bordava quadros a ponto de cruz e isso dava-me paz. Agora já não tenho olhos para essa tarefa, faço-o digitalmente nas minhas próprias fotos.
Está aqui o que chamei de Blossoming ( florescimento em inglês).

A vantagem está em que só levou uma meia hora a produzir este quadro tão belo. Tentem que vale a pena!
Em tempo bordava quadros a ponto de cruz e isso dava-me paz. Agora já não tenho olhos para essa tarefa, faço-o digitalmente nas minhas próprias fotos.
Está aqui o que chamei de Blossoming ( florescimento em inglês).

A vantagem está em que só levou uma meia hora a produzir este quadro tão belo. Tentem que vale a pena!
segunda-feira, 15 de março de 2010
Chegou a Primavera

Acrílico s/ tela- 2009
Não sei se deram por isso, mas já se sente no ar um cheiro diferente, que ainda não é inebriante, mas que já se torna mais doce e agradável do que o odor acre das folhas húmidas. Pelas minhas ruas, há árvores e árvores cheias de flores, muito frágeis e vulneráveis ao vento. As petalas espalham-se pelos passeios, atapetando-os de rosa e branco. O sol brilha ainda a medo e no horizonte surgem, porventura, algumas nuvens de chumbo. Os dias, esses dão-se ao luxo de se estender umas horas mais, oferecendo ás crianças a alegria de poder ainda brincar lá fora depois do colégio, escola e infantário.... uau! já se pode patinar, correr, andar de bicicleta, skate ou simplesmente passear nos jardins. É bom ver o sol a despedir-se cada vez mais tarde para lá do mar...see you tomorrow!

Acrílico sobre tela 2008
Vai aqui a música cliché de Vivaldi, que nos surpreende sempre pela vivacidade dos seus violinos...
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