Hoje já se podiam apanhar folhas de outono com sol. Há dias quis apanhar algumas, mas estavam demasiado húmidas e mesmo quebradas da água que impiedosamente caiu. Dois dias de sol é quanto basta para as folhas cairem e se quedarem ilesas no pavimento até que um transeunte ou animal as espezinhe, amachuque e destrua para sempre...beleza tão efémera que não dispenso.
Lembro-me de a minha Mãe se queixar de Lisboa, dizendo que havia demasiadas árvores de folha perene à volta e quase não se dava pelas mudanças de estações. Era uma queixa um pouco infundada, porque sempre vivemos rodeados de tílias, choupos, árvores de fruto no meio de pinheiros, eucaliptos e cedros, esses sim, de folha verde permanente.Mas é verdade que, quanto mais norte, mais caem as folhas e mais bonito é o outono...
Aqui não me posso queixar...aliás, a maior parte destas árvores à volta já estão despidas e entrevejo alguns prédios que preferiria não ver. A Casa Andresen tambem já voltou ao vermelhão, que considero um erro, pesado e triste, sobretudo no inverno.
Mas, como ia dizendo, hoje já se podiam apanhar folhas do chão e fi-lo ao vir do café. Pu-las debaixo duns livros pesados durante uma hora, foi suficiente para ficarem prensadas, sem perder as cores lindas do ácer, que ainda parece florido da minha varanda.
Resolvi colá-las em papel próprio para pintar em acrílico, usando o gel de impasto. Durante algumas horas assim estiveram presas ao papel, como borboletas que já não podem voar..
Depois pintei-as num fundo a condizer, mistura de azul prussiano ( sempre ele), amarelo de Nápoles e ocre. A colagem ficou praticamente pronta, só falta aplicar-lhe algum verniz.
E para acompanhar música eterna numa interpretação transcendente do ADAGIO TRIO:
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sábado, 26 de novembro de 2011
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Flores e mais flores
Nunca me canso de fotografia...é um mundo sem fim e poderíamos ter grandes hipóteses artísticas noutros países, como nos EU, onde há galerias colectivas, cada pessoa tem a possibilidade de expor temporariamente as suas obras sem pagar, o ambiente é informal, com cafés ou chás oferecidos aos visitantes.Tudo em prole do talento individual.
Em Boston, a Newsbury Street é uma dessas zonas, uma rua só de galerias, mas não como a Miguel Bombarda,aqui, onde o snobismo ou elitismo são reis, o visitante sente-se quase humilhado diante das obras exorbitantes dos pseudo-mestres da pintura portugueses. Nunca percebi porque é que a Arte em Portugal há-de ser monopólio de alguns, os bem-queridos da inteligentsia cultural portuguesa e se despreza tantos e tantos pintores amadores, que são tão bons ou melhores do que esses. Lembro-me sempre da minha Amiga Teresa Vieira, cuja obra é excepcional e de quem nunca ouvi falar nos jornais de arte. Enfim...

Hoje dediquei-me às iris e às hortenses. Ambas as colagens foram feitas a partir duma ou duas fotos tiradas por aqui. Penso que são belas, tanto uma como a outra. A de hortenses poderia ser uma pintura. Pode ser que tenha coragem de a fazer.


Hoje dediquei-me às iris e às hortenses. Ambas as colagens foram feitas a partir duma ou duas fotos tiradas por aqui. Penso que são belas, tanto uma como a outra. A de hortenses poderia ser uma pintura. Pode ser que tenha coragem de a fazer.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
S, João no Algarve -Flores, flores, flores e memórias da infancia

É uma das imagens de marca da Luz: flores por todo o lado, quase se diria que estávamos na Madeira.Tudo aqui medra, tenha água e algum adubo.Há sol q.b. Todos os jardins têm flores e junto ao mar , elas parecem dar-se bem.
As que se vêem na colagem têm todas memórias da minha infância.Havia dois grandes arbustos de lantana, com cheiro intenso,no nosso jardim, mas nós detestávamo-la porque as bolas de jogar ao mata caíam lá dentro e nunca mais se encontravam...muitas bolas se perderam assim. A cevadilha servia para brincarmos ao mercado, pendurávamos folhas em arames ou cordeis numa cana e íamos vender as pessoas da casa como se fosse peixe fresquinho...a buganvília e os agapantos eram a coqueluche do meu Pai. Orgulhava-se da buganvília vermelha que por aqui subia até ao quarto deles...mas a minha mãe não gostava nada , dizia que entravam bichos pelas janelas...os agapantos cresciam em todo o lado...quanto aos hibiscos, havia um arbusto lindo aqui no jardim e teve de ser cortado quando se alargou a janela, pois tirava a vista do mar. Ainda hoje tenho saudades daquelas flores, que só duram um dia, mas são lindas enquanto duram.
Ontem fiz esta colagem para oferecer a um amigo meu que adora flores...fica aqui para festejar o dia de S. João - grande festa do Porto - a que não assisto pela primera vez após trinta anos de estadia nessa cidade.
Continuo com insónias, são 7 da manhã e ainda não preguei olho. O mar mudou, há ondas grandinhas que vêm rebentar com estrondo na prainha. Talvez por isso uma certa inquietação.
Mas tenho de voltar para a cama...senão como vai ser amanhã?
sábado, 20 de março de 2010
DIA MUNDIAL DA ÁRVORE
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Tons de verde
Hoje passei parte do dia a pintar....misturei técnicas, usei pasteis e tintas e impastos, pintei umas tres vezes por cima de outras pinturas e por fim gostei do resultado, sobretudo o original, pois que aqui é uma foto, não se pode ver a textura e as cores ficam sempre um pouco baças. Divertiu-me andar a ocultar um quadro com outro quadro de cores diversas, há um infinidade de "obras de arte" que se sobrepôem e que nunca chegamos a ver :)))
Estes são quadrinhos pequenos. Podem ficar juntos ou separados. Fi-los ao mesmo tempo.

Encontrei este poema na net, que rima na perfeição com estes quadrinhos:
Poema Todo Verde
O verde de todas as chuvas
escorrendo em chão de infância
amado nas flores ideais.
O verso de todos os ventos
brincando na várzea intensa
amanho de eterna paz.
O verde de todos os pássaros
cantando na irmandade dos ares
aragem de rações iguais.
O verde de todos os sóis
iluminando geografias impossíveis,
armadura de colheitas matinais.
Carregado de verde nas nuvens
molhar o mundo fero e solitário
pelos quatro cantos cardeais.
Cyro de Mattos
Estes são quadrinhos pequenos. Podem ficar juntos ou separados. Fi-los ao mesmo tempo.

Encontrei este poema na net, que rima na perfeição com estes quadrinhos:
Poema Todo Verde
O verde de todas as chuvas
escorrendo em chão de infância
amado nas flores ideais.
O verso de todos os ventos
brincando na várzea intensa
amanho de eterna paz.
O verde de todos os pássaros
cantando na irmandade dos ares
aragem de rações iguais.
O verde de todos os sóis
iluminando geografias impossíveis,
armadura de colheitas matinais.
Carregado de verde nas nuvens
molhar o mundo fero e solitário
pelos quatro cantos cardeais.
Cyro de Mattos
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Colagens de fotografias

Há pouco ao ver uns quadros do David Hockney - um dia destes ponho uma entrada sobre ele no blogue - lembrei-me de fazer uma colagem mais complicada dum local maravilhoso onde passei oito dias este ano. O resultado foi este. Usei o Picasa 3, que para mim, é o mais simples e convidativo. Já tenho o Photopaint, mas acho-o bem mais complexo, ainda que eficaz em muitos aspectos.
As fotos foram escolhidas um pouco ao acaso. Pode-se fazer cortes, o que talvez torne a colagem mais artística. Não fiz, as fotos foram tal qual para o tabuleiro e depois foi só dispô-las por arrastamento no sitio onde queria. Experimentem que vale a pena.
E cliquem nesta para ver cada foto com mais destaque.
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