Li num blog indicado à direita um texto muito interessante sobre a educação mariquinhas do adolescentes e crianças portugueses. Concordo em parte com esta visão, ainda há poucos dias assisti a uma cena entre crianças e pais, sentados na Botânica para lanchar, que me chocou imenso pelo tom com que as filhas de 5 ou 6 anos falavam com os pais, o modo de se sentarem, com as pernas em cima das cadeiras, o " quero, posso e mando", a aparente passividade dos pais e o temor com que lidavam com elas.
Habituámos os nossos filhos e alunos a dependerem da gratificação imediata e eles tornaram-se incapazes de esperar por resultados que, no imediato, não geram prazer.
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A firmeza substituída pela cedência. A verdade pela mentira. A responsabilização individual pela vitimização. Socializam-se os prejuízos e privatizam-se os benefícios. Pais e professores são pressionados pela cultura popular, veiculada pelos media tradicionais, para colocarem passadeiras vermelhas por onde quer que as crianças e jovens passem. Tirar do caminho das crianças e dos jovens todos os obstáculos, todas as tarefas difíceis. Exames? Não que traumatizam e criam desigualdades. Trabalho durante as férias? Não que isso é exploração de mão de obra infantil e juvenil. Responsabilizar civil e criminalmente os jovens criminosos? Não que isso é pura vingança e racismo social.Esgotados e confusos, vencidos pela barbárie.
Não posso deixar de concordar com esta opinião, ainda que não se possa generalizar. Sempre me admirou que os jovens cá não façam nenhum trabalho cívico, comunitário, voluntário ou por pura generosidade. Todos se acham com direitos e nenhuns deveres. No meu tempo, porque éramos católicos convictos, visitávamos pessoas idosas, levávamos enxovais a casais pobres, éramos mais responsáveis e tínhamos muito respeito pelos nossos pais. É verdade que gozávamos dos privilégios das classes médias, mas nunca alimentámos a sensação de que tudo nos era devido.
Não posso deixar de concordar com esta opinião, ainda que não se possa generalizar. Sempre me admirou que os jovens cá não façam nenhum trabalho cívico, comunitário, voluntário ou por pura generosidade. Todos se acham com direitos e nenhuns deveres. No meu tempo, porque éramos católicos convictos, visitávamos pessoas idosas, levávamos enxovais a casais pobres, éramos mais responsáveis e tínhamos muito respeito pelos nossos pais. É verdade que gozávamos dos privilégios das classes médias, mas nunca alimentámos a sensação de que tudo nos era devido.