Mostrar mensagens com a etiqueta jovens. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta jovens. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A educação dos nossos jovens

Tenho lido várias opiniões sobre os acontecimentos no RU e, porque é um país que me apaixona em todos os sentidos, mesmo nos aspectos negativos e no modo como lida com esses problemas, não consigo deixar de comparar esses jovens com os portugueses, que graças às famílias super protectoras, não sofrem demasiadas privações, nem se atrevem a protestar dum modo violento, pois seria impensável destruir e pilhar lojas ou centros comerciais sem consequências dramáticas para os pais e para o seu conforto pessoal. Os nossos jovens são capazes de roubo e até violência, mas tudo à socapa, na calada da noite, nos bairros ou nas zonas não policiadas. A coragem não é com eles. A maioria ladra, mas não morde, para usar uma expressão um pouco forte.


Li num blog indicado à direita um texto muito interessante sobre a educação  mariquinhas do adolescentes e crianças portugueses. Concordo em parte com esta visão, ainda há poucos dias assisti a uma cena entre crianças e pais, sentados na Botânica para lanchar, que me chocou imenso pelo tom com que as filhas de 5 ou 6 anos falavam com os pais, o modo de se sentarem, com as pernas em cima das cadeiras, o " quero, posso e mando",  a aparente passividade dos pais e o temor com que lidavam com elas.

A dependência da gratificação imediata é o resultado de um processo de habituação gerado pela educação mariquinhas. A criança faz uma birra porque quer a satisfação imediata de um desejo e os pais reforçam os comportamentos inadequados dando-lhe imediatamente o que ela quer.
Habituámos os nossos filhos e alunos a dependerem da gratificação imediata e eles tornaram-se incapazes de esperar por resultados que, no imediato, não geram prazer.

...
A firmeza substituída pela cedência. A verdade pela mentira. A responsabilização individual pela vitimização. Socializam-se os prejuízos e privatizam-se os benefícios. Pais e professores são pressionados pela cultura popular, veiculada pelos media tradicionais, para colocarem passadeiras vermelhas por onde quer que as crianças e jovens passem. Tirar do caminho das crianças e dos jovens todos os obstáculos, todas as tarefas difíceis. Exames? Não que traumatizam e criam desigualdades. Trabalho durante as férias? Não que isso é exploração de mão de obra infantil e juvenil. Responsabilizar civil e criminalmente os jovens criminosos? Não que isso é pura vingança e racismo social.

Esgotados e confusos, vencidos pela barbárie.


Não posso deixar de concordar com esta opinião, ainda que não se possa generalizar. Sempre me admirou que os jovens cá não façam nenhum trabalho cívico, comunitário, voluntário ou por pura generosidade. Todos se acham com direitos e nenhuns deveres. No meu tempo, porque éramos católicos convictos, visitávamos pessoas idosas, levávamos enxovais a casais pobres, éramos mais responsáveis e tínhamos muito respeito pelos nossos pais. É verdade que gozávamos dos privilégios das classes médias, mas nunca alimentámos a sensação de que tudo nos era devido.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Optimus Alive - Crisis Dead


Tenho andado em picardias no Facebook por causa deste festival que vai durar até Sábado no Passeio Marítimo de Algés e que ontem esgotou com 50.000 pessoas a ouvir música, a dançar, cantar e vibrar durante horas a um dia de semana, pagando a módica quantia de 50 euros por bilhete.
No mesmo dia, o PM levou "um murro o estômago" ao ver a agência Moody's cortar ainda mais o valor da nossa economia, que já está na categoria de LIXO e ainda pode ir parar a uma incineradora, se continuarmos a ignorar a situação, cantando e bailando ao som das bandas pops, que agora fazem de Portugal um paraíso acolhedor.
Ainda me lembro de Frank Sinatra e Júlio Iglésias terem sido impedidos de cá vir por serem proibitivos os cachets que pediam. Havia uma qualquer lei que não permitia excessos desse cariz.
Agora não. Lisboa apresenta um palmarés de concertos exorbitantes, quase todos esgotados, com bandas dejá vus (ou entendus)dos anos 60 - Pink Floyd, por exemplo - e festivais que duram dias. Para assistir, pagam-se uns 129 euros, quase o montante da reforma de algumas pessoas que trabalharam uma vida inteira em Portugal.

Isto não pretende ser demagógico nem político, mas acho que é imoral gastar-se tanto para pura diversão, quando há pessoas que neste momento estão a sofrer e a pagar com os seus impostos a sobrevivência deste país.
Mas não, os pais acham que os seus jovens têm de esquecer as agruras dos estudos ( pagos por eles), a ausência de perpsectivas de futuro ( já a contar com a herança dos progenitores), o drama do desemprego ( fazer trabalhos com esfregona em casa é que não, dizia uma mãe no telejornal acerca da filha calona), a emigração (com bolsas de estudo que duram uma eternidade), etc.


Sempre adorei música. Oiço-a todos os dias. Quando posso vou a alguns concertos, mas desde que o bilhete não exceda os 20 euros. Não acho que se deva proibir eventos, mas fomentá-los deste modo não é contribuir para o enriquecimento da cultura, mas para o empobrecimento moral - ainda mais - do país, que já está na bancarrota.
Basta de manifs no Rossio, basta de protestos bacocos contra o regime, é a altura desta gente nova compreender que entre a felicidade conseguida a pulso pelos Pais e aquela que eles recebem ou querem de mão beijada, vai um mundo. Um mundo de valores, de princípios, de trabalho, empenhamento e esforço, que não pode nem deve ser ignorado nem branqueado pelos nossos filhos e netos.

domingo, 19 de junho de 2011

Saudades de nem sei o quê

Hoje só dormi quatro horas.

Estava excitada com o concerto da Pauta, duas horas e meia de música interpretada por jovens dos 3 aos 18 anos, entre os quais os meus netos. Casa da Música repleta, lindíssima, com o sol a entrar pelo lado poente e a iluminar todos os dourados dum modo especial. Foi entusiasmante e mais uma prova de empenhamento e de amor à Música.Depois jantei em casa dos meus filhos, uma opípara refeição rodeada de pessoas queridas.

Acordei há pouco, lá fora está um dia glorioso, da minha janela só se vê verde, árvores de todas as tonalidades, folhas que se agitam suavemente, sol a jorros.

Subitamente sinto saudades da Inglaterra. Por um momento, vem-me o cheiro da erva cortada que exala dos parques de Leeds. Queria estar lá com a minha filha, deitadas no chão a olhar para o céu, como naquela foto de 2005, que ainda hoje me faz arrepios porque tanta coisa sucedeu horas depois....

Queria voltar ao Yorkshire Sculpture Park, onde passei um dos dias mais bonitos da minha vida em 2010, rodeada de esculturas quase vivas, espalhadas pelo parque, vegetação verde, luxuriante e romantica, como nos filmes da BBC.

A vida oferece momentos muitos belos a quem os sabe apreciar...nem sempre quero, nem sempre sei...ando como uma gaivota semi-perdida entre o mar e o céu, em busca de algo que não encontro. Um amigo meu dizia-me que eu tinha fases de restlessness, que significa inquietação, ansiedade. É exactamente como me sinto hoje.

Vou ver se durmo. Preciso de fechar os olhos.

quinta-feira, 31 de março de 2011

A Primavera voltou....



...e fui festejá-la ao Botânico, onde já não ia desde o Natal, creio eu.

Aqui vê-se bem a diferença entre as estações do ano, não há comparação possível entre os esqueletos negros que se erguem aos céus em prece em Dezembro e esta festa de verde, de luz e cor que presenciei hoje. Sempre gostei de tirar fotos a contra-luz, troncos sem qualquer folha sob o céu cinzento de chumbo. No Jardim Inglês de Munique e no Hyde Park de Leeds, a neve ou o verde da relva contrasta fortemente com as árvores negras no inverno.

Hoje o cenário é completamente diferente, como se pode ver nas fotografias que tirei há uma hora. O dia está herrlich, como diriam os alemães, glorious os ingleses. Não encontro palavras tão ricas em português ....

Infelizmente os jardins agora estão cheios de alunos de escolas que vêm visitar a expo Darwin. É confrangedor ver a bacoquice e comportamentos grosseiros deste jovens , em geral. Penduram-se nas fontes, , sentam-se nas árvores, quebram galhos, apanham flores e sobretudo, fazem um barulho ensurdecedor, com piadinhas secas do tipo: "Que nojo! Topa-me aquela rã, que horror!"
Não há possibilidade de manter esta gente calada e respeitadora num lugar que é lindo? Nem sequer ouvem os pássaros que chilreiam ali sem cessar. Os profs parecem alhear-se destes problemas, soltam-nos como se fossem animais e cada um faz o que quer....não é assim que se organizam visitas de estudo.

Voltei a fotografar a Casa Andersen, desta feita do lado de trás, onde agora há uma cafetaria, bem colocada ao sol. Continuo a não gostar da cor, a Casa está muito bem restaurada, mas é pesada e não se notam tão bem os desenhos clássicos das janelas e os frisos das paredes.Não se salienta no meio do arvoredo.

CLIQUEM AS FOTOS, QUE VALE A PENA!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O sol

O sol é-me necessário como pão para a boca....ou melhor ainda mais do que o pão, pois em geral, como pouco pão no dia a dia e a ausência de sol causa-me depressão, fico triste e desinspirada.
Felizmente tenho uma sala que recebe sol desde as 10 da manhã até as 5 da tarde no inverno. No verão, como o sol é alto, praticamente só ilumina a sala por duas horas, o que é bom para não aquecer demais.
Estes dias de sol são maravilhosos, para mim, é o melhor que o nosso país tem e muitas vezes não sabemos apreciar. Acho que nestes dias, devíamos levar as crianças todas para a praia e cantar um hino ao sol em liberdade. É um crime ter as crianças fechadas numa escola durante oito horas, quando o sol resplandece sobre nós.

Nunca fui capaz de o pintar, mas gosto de algumas pinturas que tentam dar uma imagem do astro-rei.

Eis aqui algumas que encontrei na web:



Bursting sun

Jaison Cianelli









Pollard Willow with Setting Sun

Van Gogh

Para finalizar, vou colocar aqui uma das canções que mais me faz/fez vibrar desde os meus vinte anos quando vi o musical Hair pela primeira vez em Londres. Usei-o muitas vezes nas aulas e os meus alunos ficavam emocionados com as vozes e a letra da canção. Ainda hoje me vêm as lágrimas aos olhos ao ouvi-la.



LET THE SUNSHINE IN

We starve, look at one another, short of breath
Walking proudly in our winter coats
Wearing smells from laboratories
Facing a dying nation of moving paper fantasy
Listening for the new told lies
With supreme visions of lonely tunes
Somewhere, inside something there is a rush of
Greatness, who knows what stands in front of
Our lives, I fashion my future on films in space
Silence tells me secretly
Everything
Everything
Manchester, England, England
Manchester, England, England
Across the Atlantic Sea
And I'm a genius, genius
I believe in God
And I believe that God believes in Claude
That's me, that's me, that's me
We starve, look at one another, short of breath
Walking proudly in our winter coats
Wearing smells from laboratories
Facing a dying nation of moving paper fantasy
Listening for the new told lies
With supreme visions of lonely tunes



Singing our space songs on a spider web sitar
Life is around you and in you
Except for Timothy Leary, dearie
Let the sunshine, let the sunshine in


Hair

sábado, 11 de setembro de 2010

11 de SETEMBRO 2001 - In memoriam


( clicar)

Eram cerca de 9 horas em NY.
Aqui umas 14.
Tinha a TV ligada para ver notícias e subitamente vi um avião a atravessar a enorme torre. Pensei :" Que falta de imaginação fazerem mais filmes-catástrofe em NY".
Mas não: era a realidade em directo. Outro avião cruzou os céus atravessando a segunda torre. Houve uma explosão, fogo, a torre desabou . E com ela milhares de pessoas. Pessoas a gritar, pessoas a deambular, pessoas a correr, não se sabe para onde.
Sei da irmã dum amigo que chegou tarde ao trabalho e escapou. Ainda hoje não percebe como. Levou horas a conseguir contactar Virginia Beach, onde vivia o irmão. Ficou em choque durante meses.

Comecei as aulas e escolhi depoimentos de jovens americanos na net, copiei-os para transparências, fotocopiei-os e dei aos meus alunos. A motivação foi imediata. Todos queriam escrever emails em resposta, com perguntas e interrogações políticas. Foram aulas muito vivas que nunca mais esquecerei. Eles tb não, creio eu.

A foto acima foi tirada por mim em 2003, em NY, no apelidado GROUND ZERO, onde hoje se discute o que fazer no local. Há muita controvérsia. E ódio ao Islão. O mundo nunca mais ficou o mesmo. E nós também não.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

LEEDS- LIVE IT AND LOVE IT



O Museu das Artes e o Instituto Henry Moore

Poucas serão as pessoas que se deslocarão a Leeds em turismo. Muitas conhece-la-ão pelas fábricas de lãs e lanifícios, que exportavam as suas maravilhosas produções em troca de Vinho do Porto. Ainda se lhe conhecem alguns pormenores desta tradição. Mas Leeds também já não é a cidade do Leeds United, a equipa que chegou a ganhar um campeonato europeu! Nem a cidade dos mineiros e greves do tempo do thatcherismo.

Victoria Centre, onde ficam as lojas mais chiques, como a Louis Vuitton.


Leeds é agora uma cidade universitária - segundo um amigo meu inglês, a melhor do Reino Unido - a mais progressiva deste país, com uma taxa de jovens superior a todas as outras cidades.

A população chega aos 700.000 e há gente em tudo quanto é sítio, mesmo em dias uteis: parques, cafés, lojas, bibliotecas, hoteis, etc.

Tem uma vida intensa e vêem-se pessoas de todas as nacionalidades e raças a conversar, falar, a rir: são alegres, mas contidas, super educadas; mesmo as mais novas têm sempre um sorriso, um thanks ou um sorry.... e parece que não se importariam que qualquer de nós se intrometesse e entabulasse conversa com eles. É a diferença que encontro entre estas pessoas e os portugueses....:)
O Hyde Park Corner, onde fcam muitos cafés para estudantes universitários


A minha filha viveu lá três anos, fez um ano de Erasmo e depois tirou um MA em tradução. Viveu intensamente aquela cidade e adora-a. Brilham-lhe os olhos quando pensa ou fala em regressar.
Headrow, a avenida dos museus e dos cinemas

Já fui a Leeds umas dez vezes, dantes ficava nos B&Bs na zona onde ela vivia, depois passei a ficar no Hotel Ibis que é muito central e tem preços fantásticos em épocas baixas. Aproveito sempre para ir aos museus e a sitios que na conheço e sobretudo, de viajar nos arredores, que são lindos. Todos os filmes e séries mais conhecidos - o Pride and Prejudice, por exemplo -foram filmados no Yorkshire, que é o norte da Inglaterra, antes de se chegar à Escócia.
Quem só conhece Londres e mesmo Oxford e Cambridge, não sabe o que é a Inglaterra tradicional, rural ainda, a verde Albion. Vale a pena vir mais para norte.

Aqui ficam algumas fotos da cidade....o resto ficará para outras entradas.
Poppy Day em Leeds -Monumento ao Soldado Desconhecido

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Tokio Hotel




Pergunto-me a mim própria o que faz com que uma banda destas - puro metal sem qualquer carisma - leve milhares de jovens - na sua maioria raparigas - a acamparem durante dias às portas do Pavilhão Atlàntico, sem ir a casa, revezando-se ara ir buscar comida, com os pais a darem apoio (?), de noite, gritinhos histéricos, filas de criaturas aparentemente normais, telemóveis a faiscar, pois é preciso gravar tudo, isqueiros e sobretudo, uma gritaria selvagem no meio dos acordes e gestos obscenos das figuras estapafúrdias em cima do palco.

Lembro-me de concertos em Lx em que se partiam cadeiras - o Johnny Halliday, por exemplo - no Tivoli, mas nunca de acamparmos dias e dias a espera de entrar na sala....até porque os nossos pais nunca alinhariam nisso.

sábado, 31 de outubro de 2009

José Rodrigues - fundador da Cooperativa ÁRVORE



Comemoram-se agora os 25 anos da Cooperativa ÁRVORE, um nome que significa excelência cultural da cidade do Porto. A cooperativa foi fundada pelo escultor José Rodrigues, nascido em Luanda, mas radicado no Porto, que foi hoje homenageado. Fica aqui uma pequena referência ao apreciado escultor.



José Rodrigues (Luanda, 1936) é um artista plástico português.
Realizou os seus estudos artísticos na Escola Superior de Belas-Artes do Porto onde concluiu o curso de Escultura. Com Armando Alves, Ângelo de Sousa e Jorge Pinheiro constituiu, em 1968, o grupo «Os Quatro Vintes».

Foi um dos fundadores da Cooperativa Cultural Árvore, no Porto, e um dos promotores da Bienal de Vila Nova de Cerveira.
Entre as suas obras mais conhecidas destaca-se o cubo da Praça da Ribeira, no Porto.
Criou agora a Fundação José Rodrigues em pleno coração do Porto recuperando uma antiga fábrica de chapéus, na freguesia portuense de Santo Ildefonso uma forma de expor o que de mais importante criou ao longo da vida e de incentivar jovens à criação artística. "Tudo em mim são coisas do destino, eu pouco tenho a ver com isto, alguém me empurra. Desde o princípio olhei para esta fábrica e senti um fascínio Mas o que é que foi? Não sei", conta.
O principal objectivo do escultor para o espaço é fazer convergir diferentes formas de pensamento e de artefazer convergir diferentes formas de pensamento e de arte , porque "sem diversidade não há cultura". Outro pilar do projecto é dar oportunidade aos jovens de mostrar o que valem, num momento em que tão poucos incentivos lhes são dados.
José Rodrigues trocou Vila Nova de Cerveira (onde é proprietário do Convento de Sampayo) pelo Porto para se dedicar a este projecto. "Finalmente vou conseguir expor o que contruí ao longo de 70 anos", diz. É no Porto que diz querer morrer, porque a Invicta é indissociável da sua vida.
(in " U.Porto- Comunicação)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

La Petite Danseuse - Degas


A história desta pequena dançarina de 14 anos é muito especulada.

Num programa da BBC que transmitem na RTP 2 aos domingos - História duma Obra Prima - dedicaram-lhe uma hora, já há algum tempo e todas as versões sobre esta criaturinha foram apresentadas. Fascinante.

No Museum of Fine Arts em Boston têm uma destas esculturas, apresentada como a original. É pequena e frágil, extremamente elegante no seu vestido de dança. Está fechada numa redoma de vidro, que reflecte tudo o que se passa à volta, como podem ver na fotografia que lá tirei. Cliquem para ver os pormenores que vale a pena.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Back ...from the USA!


É curioso como o voltar duma viagem, mesmo curta, é sempre uma experiência diferente. Olhamos para o que nos é familiar, como se fosse pela primeira vez, reparando em pormenores que nos eram indiferentes até aí ou comparamos as nossas "cenas" com as que vimos durante a viagem, emitindo juizos de valor novos e interessantes.

Hoje desaguei no aeroporto da Terceira às 7.30 da manhã ... foi a noite mais curta dos meus ultimos tempos...só durou seis horas. Embarquei as 11.30 da noite em Boston ( onde tinha estado à espera de embarcar sentada numa "rocking chair" à boa maneira americana!) e daí a 4 horas era nascer do sol - que lindo que é vê-lo do avião sobre os Açores! Em duas horas voei da Terceira para o Porto e assisti, então,  a algo completamente novo em pleno aeroporto Sá Carneiro, que está espectacular, deixem passar esta vaidade sobre a minha cidade adoptada.

As malas nunca mais vinham e havia pelo menos uns dez aviões a chegar ao mesmo tempo. As pessoas impacientavam-se, comentando: Maldito subdesenvolvimento. Em Boston, despachámo-nos em 15m.

De repente, começámos a ouvir um grupo de vozes jovens a cantar em unissono, à capella,  canções ritmadas e afinadas, como se estivessem num teatro a sério. Era um grupo grande de rapazes e raparigas nos seus vinte anos, que tinham viajado dos Açores para o Porto. A princípio, as  pessoas, cansadas da viagem extenuante, ficaram surpresas e levemente aborrecidas. Depois, à medida que eles iam cantando com uma convicção exemplar, todos começaram a bater palmas no fim de cada canção. As malas não vinham , nem por nada, mas todos estavam presos àquela música e alguns , como eu, até cantavam baixinho com eles: " In the jungle, the mighty jungle, the Lion sleeps tonight"...

Fica aqui este testemunho porque há coisa belas na vida.