sábado, 3 de dezembro de 2011
O fogo
Hoje acendi a lareira pela primeira vez este ano. Já me tinha esquecido da beleza que é ver as pinhas lentamente em combustão, brilhantes, vermelhas, passando depois o seu calor aos tarolos de lenha, que se resguardam, receosos de iniciar o seu processo de destruição. Durante minutos sem fim, há como que uma música em surdina, um sopro de vento e os estalos da madeira renitente à chama. Subitamente é um bailado initerrupto, enorme, espantoso, tremeluzente e uma sensação de bem estar que invade o ar.
Pouco faço...se não ouvir música de Bach baixinho...e olhar as chamas como que hipnotizada por tamanho milagre natural.