sábado, 3 de dezembro de 2011

Quality time

É raro passar as tardes de sábado com os meus netos, pois são raros os momentos que eles têm para estar com os Pais e sempre achei que deveriam fazer algo em conjunto. Muitas vezes os mais velhos têm festinhas de anos ou outros eventos, vão ao cinema ou ao Palácio, recebem amigos e primos.
Hoje felizmente, tive-os só para mim até agora e foi, segundo o meu neto mais velho, maravilhoso. "Adorei Vóvó" diz tudo. Este meu neto sabe-a toda e conquista-me facilmente. O segundo também estava entusiasmado com a ideia de irmos até ao "apartamento" ( departamento de Ciencias), onde ele tem a sua "oficina", com pedrinhas, paus, trevos em tufos e agora até cogumelos. Estava intrigado como é que em poucos dias os trevos tinham inundado o chão. Mostrei-lhe a raíz e expliquei-lhe que com a chuva tudo medra.
O jardim é lindo e costumávamos ir lá apanhar pinhas para a minha lareira. Agora já não há quase pinhas nenhumas, de modo que depois duma voltinha, fomos para o Botânico, que fica ali ao lado. Estivémos lá uma hora a apanhar pinhas, a andar sobre troncos cortados e deixados como esculturas, a apnhar folhas, a subir bem alto às árvores, a lanchar, etc.

O tempo foi passando como se estivéramos no campo. O mais pequenino delira com os paus, as pedrinhas, as árvores, é um miúdo virado para a Natureza e sente-se feliz nos espaços grandes.
O mais velho de vez em quando suspirava, mas alinhava em todas as brincadeiras que organizei: correr no labirinto, jogo de lenço ( que se passou a chamar jogo do ramo), escondidinhas, apanhada, etc. Voltei aos meus tempo de criança, muitos jogos fazem parte da minha infância e, como éramos muitos, nunca havia momentos de solidão.

Tirei algumas fotos diferentes do Botânico, que sempre me encanta.

Finalmente descobri o novo busto de Sophia,
inaugurado a 6 de Novembro dia do seu aniversário, num dos jardins, um pouco escondido e sem grande beleza. Mas, pronto está ali, a lembrar que ela existiu e por ali deixou a sua pégada de criança feliz.

Em sua homenagem, aqui fica um poema