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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Nostalgia



.Já chegámos..mas ainda estou lá...abro a janela do meu quarto e só consigo ver azul infinito, ouvir vozes de crianças, pássaros cantadeiros...nada mais. O mar ficou, assim como as rochas amareladas, onde já pousámos os pés com ou sem sandálias, centenas de vezes. Ficaram as pocinhas cheias de mistério, onde se escondem milhares de seres , ondulam milhares de algas fininhas e multicolores, se cravam mexilhões e lapas empedernidas, como a que defender o seu território. Ficou o horizonte sem fim, que é o que mais falta me faz aqui, onde as árvores altas me escondem o céu e o mar.

Estou triste...o meu neto voltou a casa, um longo abraço uniu a Mãe ao filho mais velho, que já há 15 dias privava comigo todos os dias, brincava, ria, nadava, comia, andava, pintava, ouvia, perguntava ( sem fim) mil e umas coisas sobre a nossa casa e tudo o que o rodeava. Lia o seu Harry Potter e quase o acabou...

Só me disse : adorei, quando lhe perguntei se tinha gostado. Eu também. Adorei estar com ele e com o irmão por uns dias, adorei mostrar-lhes aquilo de que gosto, aquilo que sou, afinal, revelar-lhes um pouco mais do que os antecedeu, donde vêm e o que devem estimar e preservar.

A Praia da Luz é um local banal...se a olharmos como mais uma praia em Portugal. Mas tem um cunho muito especial independentemente de ser nossa a casa há precisamente 45 anos - faz no dia 6 de Agosto que atravessámos a ponte Salazar pela primeira vez e fomos pela estrada velha em direcção a Lagos.
É uma praia internacional, onde se tem a sensação de estar no estrangeiro...de tal modo é a presença de famílias inteiras que para lá vão, aí passam férias relaxadas, encontram-se, jogam à bola, passeiam na praia, enchem cafés e restaurantes. Também é o local escolhido por muitos para terminar as suas vidas, já que, aposentados, nada os prende à sua terra natal e o clima ºe excelente para velhos. Muitos eventos da vila estão relacionados com as vivencias destes britânicos, que até editam um jornal.

Não há quase portugueses em Julho. Este mês virão muitos mais, sobretudo para o Parque de Campismo Valverde que fica a 3km da praia se é que ainda existe, nem reparei. Desta vez fiquei-me mesmo pelo lado ocidental da vila e não saí, a não ser ontem.


Só para o ano voltarei....embora a casa no inverno tb seja agradável, com a lareira acesa...acredito que o espírito dos meus Pais paira por lá, vejo-os constantemente a sorrir.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mais uma princezinha

nasceu na minha família. É já da 4ª geração. Impressionante.
Dos meus Pais nasceram oito filhos, desses geraram-se 21 netos, que por sua vez já tiveram 27 filhos, sendo este bébé o 28º. Já lhes perdi a conta aos nomes e então datas de nascimento, só indo ao blogue da família verificar.
Já há coincidências várias nas datas de aniversários. No dia dos meus anos fazem anos mais dois sobrinhos, um em Lisboa, outra em Coimbra e eu no Porto. Não dá para festejar em conjunto:)
Há os loiros, tipo nórdico, há os morenos tipo indiano, há de olhos azuis enormes, os mais expressivos e menos expressivos. Têm um ar feliz, quando os vemos nas poucas festas de família.
Uma coisa é certa, são sinal de VIDA e de certeza. Os meus pais, lá onde estão, devem apreciar esta prole com desvanecimento. Eles merecem ser recordados, mais do que ninguém. Viveram dum modo ímpar. E criaram uma grande Família. Que irá prolongar-se para o Futuro.

domingo, 28 de novembro de 2010

Concerto de Natal - Pauta

Já falei aqui da Escola Pauta, academia de música que aplica o método Suzuki para a aprendizagem do violino, viola clássica ou violoncelo, desde a mais tenra idade.
Os meus netos tocam violino e violoncelo ( o instrumento é quase maior que o artista que tem apenas cinco anos).
Hoje houve uma audição a solo de dezanove alunos no auditório do ISEP.
Cada um tocou uma peça, do mais elementar ao mais complexo, como um concerto de Vivaldi, tocado com virtuosidade por uma menina ainda. Os meus netos tocaram " O Balão do João" ( de autor desconhecido?!) e a "Gavotte"in D de Bach.
A simplicidade com que decorreu o evento, finalizado com uma ceiazinha confeccionada pelos pais das crianças, foi a nota principal.
As crianças que, no palco apresentam uma postura impecável, vestidos de igual, rapazes e meninas, respectivamente, cá fora, revelam-se como são na realidade, brincalhões, comilões ou hiperactivos. Tudo com ordem e bom ambiente, sem gritos, nem choros mas com imensa naturalidade, sem sofisticações.
Como Avó, estou muito orgulhosa dos meus netos e seus pais, pois isto representa um enorme sacrifício, disponibilidade, empenho e entusiasmo.

Vai aqui um video do Concerto da Casa da Música em Maio deste ano: