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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Os Descendentes

Não escrevi nada no fim de semana. Não estava para aqui virada.

Fui ver o filme "Os Descendentes".
Interessante. Relações humanas numa família que sofre um desaire súbito quando menos o espera. Surpresa, choque, adaptação à nova situação, fragilidades das relações conjugais, cumplicidade pais-filhos, conflito de gerações, tudo isto aparentemente antagónico tratado com delicadeza, mas sem grande profundidade,
numa toada um pouco cor de rosa, mas não demasiado lamechas.
O meu ex- costumava dizer ironicamente que os americanos sofrem muito, mas sempre com grande conforto!! Foi o meu comentário silencioso no fim do filme.
Fui sozinha e gostei da experiência. Mas não é filme que veja outra vez, não me fez vibrar muito, nem chorar.George Clooney, que interpreta bem o papel, só me lembra o Nespresso, que uso todos os dias. É pena, mas para mim, que tenho uma memória visual quase doentia, ficou mesmo queimado , como aquelas peças musicais lindíssimas que as orquestras de música ligeira tipo James Last ou pianistas como Clayderman transformam em clichés banais, sem falar de "cantoras" como a Ana Faria que ganhou balúrdios cantando leitmotifs de música clássica com letras ridículas para crianças e assassinando muitas peças carismáticas como O Lago dos Cisnes ou a Barcarola de Oberon. Os meus filhos adoravam....mas eu achava um sacrilégio.
A paisagem é a parte mais bonita do filme, o Hawai espectacular e acolhedor, uma mensagem ecológica que passa bem.
Ando um pouco blasée de filmes americanos, tenho visto poucos filmes de que goste muito este ano, ficam sempre aquém do que espero. Devo esperar demais.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Natal?



Este ano não estou nada imbuída do espírito natalício, embora a Tv nos impinja cem vezes ao dia os anuncios das obras de caridade camufladas pelo consumo garantido; já não posso ver as Leopoldinas, as Barbies, as donas dos jetsets, que gastam balúrdios numa malinha Louis Vuitton, a demagogia de toda esta fantochada; é os arredondamentos, é os bancos alimentares, as missões sorrisos, as ajudas de berço, tudo nesta altura, como se só nesta altura do ano, existissem razões para se pedir a colaboração dos menos pobres, dos que já contam os tostões, dos funcionários publicos sem aumentos, dos trabalhadores e até dos desempregados. Há os ricos que dizem renunciar às prendas e pedem o dinheiro aos irmãos para instituições, o que acho bonito como gesto, mas não como imposição.
Muitas vezes as prendas são feitas por nós, não implicam dinheiro, são lembranças, quadros, caixinhas, desenhos feitos pelos netos, nunca na vida gastei fortunas a dar prendas e tenho tres afilhadas sobrinhas, sete irmãos e a minha família nuclear. Lembro-me sempre de vésperas de Natal a acabar tricots e ainda agora os estou a fazer. Porque será que a generosidade para com os pobrezinhos só chega no Natal e se choca brutalmente com o espavento das galas, das festas, das Olás e das Flash?

Está um dia lindo de sol...nem sequer está frio. Fui ali ao Lordelo comprar uma malinha para poder levar dentro do avião da Ryanair, sem ser preciso esperar depois pela bagagem. Havia lá coisas por 10 euros que facilmente se fazem em casa.

Vou a Leeds por tres dias. Significa um pouco de sacrifício, mas é uma prenda de Natal para a minha filha, que não vejo há dois meses. Vou buscá-la, passar com ela tres dias, e inspirar-me nos Kindermarkt da Millenium Square - uma praça enorme cheia de stands, vinho quente- o Gluhwein - e mil e umas peças de artesanato
enfeites, bolinhos, Platzchen ( boliachinhas), tortas, troncos de Natal, pinhas e Christmas Carols, música por todo o lado. Lá as ruas enchem-se de gente, não há centros comerciais gigantescos, só galerias lindíssimas ao estilo vitoriano, os jovens riem, cantam, tocam, o ambiente é bom. Todos estão, aparentemente, felizes.

E há neve....pelo caminho todo, irei contemplar a paisagem...de inverno puro e duro. É o meu Natal.