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quinta-feira, 23 de junho de 2011

A magia das redes sociais



Tenho andado a brincar no Facebook.É um prazer verdadeiro, genuino, espontâneo e imediato.
Todos os dias sei algo dos meus filhos que não moram aqui, comunico com eles, sei que músicas ouvem, o que fazem, o que os alegra...nem preciso de os ouvir.

Comunico, em segundos, com sobrinhos que não vejo desde o Natal, sei que hoje um dos casais faz 10 anos de casados, um outro, que adora gelados Santini vai dando conta dos novos sabores, sei que acabam de ter um bébé minutos depois de a criança ter nascido, os que receberam prémios ou reabilitaram uma casa em Coimbra...

Falo com amigos que são sensíveis à música como eu...encontro os fotografos do Woophy todos os dias numa página fechada do FB dedicada a fotografia, que contém diálogos verdadeiramente únicos entre nós a toda a hora, sinto-me acompanhada por jovens e velhos, da China à Austrália...ou mesmo daqui do Porto.
Noutra página fechada, chamada New Colour Photo, todos os dias as cores mudam e as fotos têm de obedecer à cor determinada. Hoje é o amarelo. Vemos uma panóplia de fotos que são publicadas em album para deleite dos nossos olhos. Há muita gente a fotografar.

Ainda não descobri nenhuma página dedicada à pintura , mas há-a com certeza.

Entretanto oiço no Mezzo, um músico a dizer esta frase:"O meu pai infectou-nos a todos com a doença da música"...frase expressiva sobre o que se passou comigo, em criança, e por sua vez com os meus filhos e netos por tabela. O meu ex- não gostava de música, durante anos não a ouvia ou mesmo repelia-a, o que me afastou dele mais do que possam pensar. Não concebo a vida sem ela -neste momento oiço a Sinfonia nº 35 de Mozart tocada por uma orquestra de instrumentos antigos....harmonia e precisão...mozartianas. E agora, uns minutos mais tarde toca o famoso András Schiff o maravilhoso concerto K466, que tanto me fez chorar quando vi o Amadeus, o filme mais triste e genial de que me lembro.

Véspera de S. João, anda não sei o que vou fazer. Talvez sair com os meus filhos e netos mais velhos,aqui no bairro, talvez fique em casa a ver TV...tout est possible...para já, não me sinto nada só.

BOM S. JOAO a todos!!

Com Mozart....

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Redes Sociais


Não sou muito deste tipo de encontros virtuais - gosto mais do email, que em princípio fica em privado - não concebo o que é ler tudo o que outros escrevem a um amigo meu e haver quem leia o que os meus amigos me escrevem.

Mas há uma virtualidade que não é desperdiçável e que consiste em encontrarmos pessoas que julgávamos perdidas.
Há anos descobri um amigo do meu filho e nosso, Carlos del Castillo, um rapaz americano, que se começou a corresponder tinha o meu filho 15 anos e ele 25. Só descobriram a diferença de idades mais tarde, escreveram-se através do hotmail durante meses e a ligação foi tal que o convidámos a vir até ao Porto passar 15 dias. Foi o que fez. A partir daí criou-se uma amizade fortíssima entre nós todos. Convidei-o para ir à minha Escola, onde ele foi centro de algumas aulas. Sendo professor, sabia como cativar os alunos. Algum tempo depois, o meu filho foi a Virginia Beach nos EU , onde conviveu com a família do Carlos, ouviu a banda dele, Beyond, trabalhou num restaurante, visitou NY e teve uma experiência interessante.
Uma das coisas que o Carlos me disse mais vezes foi que não compreendia como é que eu e o meu marido tínhamos arriscado a receber em casa alguém que não conheciam de parte nenhuma, um americano hispânico, encontrado por acaso nas redes sociais. Nunca mais esquecerei as conversas que tivémos na Praia da Luz, onde ele passou cinco dias. Inteligente, seguro de si, apesar de vir duma família com muitos problemas, cheio de drive, super musical e com um enorme charme.
Hoje é pai de uma família de tres, continua a trabalhar, mas já noutros ramos, sempre simpático e tipicamente americano; tínhamos perdido o endereço dele, mas encontrámo-nos no Facebook e já não há possibilidade de nos perdermos outra vez.

Esta é uma história comovente da minha vida. Ainda agora, quando oiço os Counting Crows, a sua banda preferida e que ele imitava com a guitarra, imediatamente me vem à mente a pessoa do Carlos, um americano do Hotmail que nunca esquecerei.

Em memória desta amizade aqui vão os Counting Crows e uma das minhas canções preferidas: A Long December



Carlos, cheers!!