sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Custa a acreditar


como é que esta ilha tão bela e misteriosa, simultaneamente, se mantém ainda aberta e grata aos visitantes como se fosse um presente à nossa espera, algo que nos deixa de olhos abertos de espanto, tal é o espectáculo à nossa frente.
Descem-se uns rochedos e os picos abrem-se de par em par acima do nevoeiro que paira pelos cumes, sobem-se uns degraus ou uns penhascos e deparamos com um declive de paisagem verdejante e vertiginosa a descer pela encosta, flores em cada ranhura de rocha...passa-se um túnel longo e escuro das dezenas que atravessam os montes e o quadro que se abre ao fundo é todo verde dos mais variados tons, como se nascesse ou tivesse sido plantado ali naturalmente à boca do túnel...e entre todos estes pedacinhos de paisagem, surge o azul, o imanso mar, que nos rodeia a toda a volta.

Não me canso de descobrir o encanto destes pedacinhos de Natureza ainda virgem nestas ilhas que são nossas. O mar é dum azul profundo, não há areias, a não ser as de lava, a água é transparente e cálida.

Gostava de ter conhecido a ilha no tempo do Zarco, aos marinheiros ela deve ter aparecido como se fosse o Paraíso, doce como o açucar que aqui se produziu durante seculos e cheirosa como a madressilva silvestre, que abunda nestes montes. Não havia Reid's, nem Pestanas, nem casinos, nem comércio, nem carros, nem túneis, mas já havia o mar, a floresta e os rochedos abruptos e gigantes, as árvores majestosas e as de pequeno porte.A fauna devia ser imensa, os pássaros cantavam sem medo. Havia Paz.Esta imitação de veleiro passou por aqui, junto à costa agora mesmo.Seriam assim os barcos nessa altura? E quando o mar se encapelava?


Puz aqui algumas fotos,todas minhas e pequenas pois levam séculos a descarregar. Cliquem nelas que vale a pena.