sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E a Foz aqui tão perto



Hoje fui comer qualquer coisa ao café, como de costume. O café não é nada de especial, um local bastante feioso, mas com esplanada em frente do Jardim Botânico, o que é, em si mesmo, um privilégio.
Estava ali sentada e pensei: Porque não ir à Foz, nada tenho de compromissos ( que bom estar reformada) está um tempo maravilhoso, sem vento. E calor a sério.

Meu dito, meu feito. Meto-me no autocarro acompanhada do meu IPOD novo ( Touch) e na minha Leica e lá vou eu no autocarro 200 que vai bem cheio de meninos das escolas.

No bar dos Ingleses, não há ninguém dessa nacionalidade, que eu repare, só portugueses. Mas na praia andam alguns turistas a passear e a ...namorar. Tudo muito calmo, uma leve névoa, onde pairam as gaivotas, mar chão com poucas ondas e petroleiros lá muito longe, mais sombras que navios.

É bom ouvir a música de Wim Mertens que o meu professor de pintura me emprestou e que gravei no Ipod e olhar para o mar. Ao sol. Enche-me de prazer quase físico...é uma pausa neste "concerto da crise" mais que desafinado e lamentoso.
Enquanto se puder ir à Foz ver o mar pela módica quantia de 1.60 euros, ainda não estamos mal. Mas se tomarmos um café e comermos um queque já pagamos dois euros, o que não é muito, pois podemos sentar-nos em deck chairs durante horas. Leio o Y do Publico, a única parte que me interessa hoje em dia...há concertos e teatro em todas as cidades, será que há dinheiro para os bilhetes? É impressionante a quantidade de espectáculos anunciados por esse país fora, com destaque para a minha cidade natal, como era de esperar. Já tenho saudades dum concerto da Gulbenkian ou na Aula Magna. Já foi há 35 anos que saí de lá!