domingo, 19 de junho de 2011

Um Domingo para recordar


O dia estava lindo, cheirava a maresia aqui na minha varanda, tinha de ir à Foz. Os meus netos estavam ocupados, os filhos também, de modo que podia decidir como queria passar umas boas horas sozinha. Apanhei o autocarro mal cheguei à paragem . O 204 leva-me quase sem parar até à Rua do Farol, a 5m do mar. Espectacular.Havia um ventinho de norte que afastava as pessoas da varanda e as recolhia ao calor do café. Resolvi sentar-me cá fora, apesar da temperatura menos quente, e não me arrependi. Estava calor q.b. e o ventinho tornava tudo mais agradável. A praia estava cheia e diverti-me a ver cenas várias como se estivesse sentada na plateia do Lusomundo. Tirei mais de 50 fotos naquelas horas junto ao mar, são fotos anónimas, mas por isso mesmo, mais interessantes.
Pelas 5, ao chegar de autocarro -cheio de velhotes rabujentos - fui ao Botânico tomar um chá e comer um brownie na nova esplanada da Casa Andresen. Um ambiente fabuloso, o café tem uma janela que me chamou logo a atenção e que é uma autêntica obra de arte . Através dela pode-se ver o jardim "aos quadradinhos", pois é cheia de losangos que recortam e emolduram as manchas verdes lá de fora. O empregado surpreendeu-se com o meu pedido para fotografar a janela.
Descubro sempre cantinhos novos neste jardim e este ano com a Expo Darwin, a animação é enorme. Vêem-se muitas famílias espalhadas pelos diversos recantos, crianças felizes, mães a explicar o que se vê na expo. As flores vão murchando e florescendo num ciclo ininterrupto de Abril até Outubro. Há plantas que surgem de repente e que nunca tinha visto, como uma parreira que sobe pelos pilares do alpendre junto ao jardim de nenufares. Os agapantos estão no seu auge, mares lilazes e brancos, aqui e ali. Uma beleza.
Para terminar a tarde, os meus netos vieram para minha casa ver um filme comovente sobre a amizade de um urso polar e de uma foca. Dei-lhes de jantar e eles estavam felizes.