Hoje estava um dia quentíssimo, mas tive de ir lá ao Plaza shopping, onde fica o escritório da minha contabilista. Cheguei às 17 horas, mesmo no pico da rush hour. Gente, carros, autocarros, animação, música ao vivo na estação de metro do Bolhão, uma banda inglesa, não cantavam nada mal.
Encontrei um grande amigo com quem trabalhei na PEd durante anos, fotógrafo. Foi ele que tirou as fotos dos casamentos do meu filho e alguns sobrinhos. Excelente profissional. Fechou o seu estúdio que era lindo no Plaza, pois o negócio dos casamentos e eventos está nas ruas da amargura e ninguém quer vídeos, nemfotografias profissionais, toda a gente tem digitais próprias e câmaras boas. Fiquei embasbacada, pois há uns anos, ele não tinha um fim de semana livre, até trabalhava com outros sócios e o negócio dava e sobrava.
Subitamente tive a consciência real da situação do país. Não concordo com casamentões e com gastos sumptuosos, mas nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Do meu casamento só tenho fotos que o meu Pai tirou e algumas dos meus irmãos , na altura não quis fotografias a sério e tenho pena. É sempre uma recordação quefica....
Vim para casa a pensar nisto, como é que um pai de família com dois filhos se vê sem trabalho dum dia para o outro depois de ter investido tanto em máquinas, scanners, PCs, fotocopiadoras, etc? Deixou a Peditora porque queria ser freelancer, agora está com problemas.
A cidade continua animada, mas nota-se no ar a desilusão e os rostos fechados. Nem a Primavera verdejante compensa os cidadãos do que vão perdendo. Maldita crise!