sábado, 19 de maio de 2012

Requiem para a Leica D-Lux3

Desta vez é que foi.

Levei os meus netos ao Botânico para passearmos e tirarmos umas fotos às rosas maravilhosas que estão todas viçosas; são dezenas de cores diferentes. Eles adoraram a ideia de fazermos um concurso de rosas. No entusiasmo, aconteceu o que menos se esperava.

Desta vez, a Leica não desapareceu,  nem me esqueci dela em lado nenhum...simplesmente mergulhou num lago de nenúfares, quis ser um deles, talvez enamorada deste, o último que fotografou. Morreu num local sagrado.

Sou descuidada? Até sou, mas não fui eu que a deixei cair. Foram os meus netos demasiado miúdos, em competição a discutir qual a melhor maneira de tirar a fotografia. Apesar de a correia estar presa ao braço do mais novo, ele correu tanto ou mexeu-se de tal forma que a máquina se soltou e deu um salto para as águas profundas.
Retirei-a com uma pá emprestada no restaurante, estava como nova aparentemente, mas o zoom abaulado, não fechava, não clicava, não nada....parecia um nenúfar morto.....

Vim para casa desconsolada, não queria mostrar aos netos o desgosto que acabara de ter, mas eles perceberam e até choraram...coitados, a imprevidência foi minha, no meu entusiasmo de lhes ensinar a tirar fotografias artísticas.



A máquina tem água dentro, mas o cartão e a bateria funcionam. As fotos que tirámos estão aqui. De luto.

Vou levá-la na 2ª feira a arranjar, mas o mais certo é não ter arranjo. Ficou com água dentro.

Já saiu um novo modelo, bem caro. Talvez opte por comprar outra marca, uma Canon das que permitem zooms muito mais potentes. Mas esta era mesmo boa.

Para já ainda estou a fazer o luto. Já a tinha há 4 anos. Com ela tirei mais de mil fotos ...


Requiem para um objecto que era quase família!