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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Greves inuteis

Têm passado quase despercebidas as greves dos funcionários publicos organizados pelos sindicatos em Portugal. Os media mencionam-nos em rodapé, limitando-se a entrevistar as pessoas pacientes à espera dos transportes, nas filas dos hospitais, nas suas casas rurais, onde nada chega durante meses. Este Portugal paupérrimo não é hoje matéria de relevância maior porque há urgência em mudar e dar voz a outras ideias, outros programas e mais progresso para o país. Não adianta chorar sobre o leite derramado, mas temos de ir buscar leite a outro lado.

Os impostos vão subir, o subsidio de Natal vai ser reduzido, os transportes vão ser privatizados, a RTP, fonte de gastos inacreditáveis, vai finalmente ser reduzida a nada ou quase nada, a electricidade subirá, o gaz também....parece um panorama hediondo. Porém, eu acredito que é necessário modificar os hábitos dos portugueses , aliviar o Estado de compromissos incomportáveis, tomar medidas de emergência social, incluindo e chamando à colação tantas e tantas associações de beneficencia, Misericórdias, Igrejas,etc. fazendo-as participar activamente na reconstrução do tecido social mais desfavorecido. Com monitorização do governo, mas sem despesismo impensável.

Muitos funcionários públicos trabalham pouco, são excedentários...vai-se aos correios e vêem-se três funcionários à conversa, com ordenado garantido ao fim de mês, apesar de já comunicarmos há anos por e-mail, fax ou até FB. Não é possível manter este statu quo.

A minha filha vem hoje de Leeds. Ontem preocupei-me ao ver que hoje se preparavam greves da função pública em Inglaterra. Estive horas na internet a visitar os sites da British Rail e Stansted Airport. Tudo estava controlado. Os comboios são todos privados, não há greves, a minha filha partiu e chegou a horas ao aeroporto. A Ryanair solicitou às entidades responsáveis o pessoal necessário para controlar os passaportes dos passageiros para que nenhum avião se atrasasse. Tudo funciona, apesar das ditas greves. Isto é um país civilizado.

Não sou contra greves, só as fiz uma vez por altura dos exames de 12º ano para os quais nem sequer estava convocada. Perdi 200 euros nesse mês e a resultado foi nulo, não serviu mesmo para nada.

Não acredito nas manifestações de rua, mas no trabalho árduo e conversações a todos os níveis. Acredito em pessoas mandatadas para executar, dialogando quando necessário. Não acredito na anarquia.

sábado, 18 de junho de 2011

Quatro da manhã


E não consigo dormir...

Oiço uns indivíduos a falar do novo governo na SIC N. Vão do tom mais optimista ao mais pessimista, falam bem, com clareza, como se soubessem tudo. Mas será que sabem?
Gosto deste novo governo, são jovens, activos, têm currículos excepcionais, competentes nas suas áreas, têm intenções sérias ( se não, não deixavam as suas profissões bem remuneradas para se queimarem num governo ), querem encontrar soluções nesta situação desgraçada a que chegámos.Penso que são honestos, quero crer que vão fazer o seu melhor, assim o povo o queira e deixe.Mas imediatamente se ouvem críticas ridículas da oposição, que nem sequer ainda sabem o que eles vão fazer. Porque é que a nossa Oposição é tão mesquinha e invejosa, sempre me surpreendeu que não houvesse nem um pingo de solidariedade na Assembliea que é escolhida pelo Povo, afinal.

"Este país tem enormes dificuldades em cumprir os seus compromissos", diz-se. Mas temos de os cumprir para não irmos ao fundo. Terrível responsabilidade a nossa.

Oiço música que condiz com o Povo que somos....chama-se WEEPING SONG ( canção do choro) e vem a propósito. É um coro tradicional...cantado por Nick Cave.



Go son, go down to the water
And see the women weeping there
Then go up into the mountains
The men, they are weeping too

Father, why are all the women weeping?
They are weeping for their men
Then why are all the men there weeping?
They are weeping back at them

This is a weeping song
A song in which to weep
While all the men and women sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long

Father, why are all the children weeping?
They are merely crying son
O, are they merely crying, father?
Yes, true weeping is yet to come

This is a weeping song
A song in which to weep
While all the men and women sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long

O father tell me, are you weeping?
Your face seems wet to touch
O then I'm so sorry, father
I never thought I hurt you so much

This is a weeping song
A song in which to weep
While we rock ourselves to sleep
This is a weeping song
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long
But I won't be weeping long



Nick Cave

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Período de reflexão

Hoje entrei no periodo de reflexão...para me preparar melhor para a derrota no Domingo. Não estou muito preocupada, porque neste momento da vida, já nada me toca de perto, a não ser através dos filhos e netos. Pessoalmente, a Ministra da Educação já fez em mim as mossas que tinha a fazer e devo-lhe a ela uma reforma antecipada com forte penalização...mas há outros mundos onde podemos fazer valer os nossos méritos e não era na Escola que eu conseguia ver a Luz ao fundo do túnel.

Não sei o que vai acontecer...prevejo mais quatro anos de farsa e gastos tão inuteis quanto faustosos. TGV significa para mim Tantos Gastos em Vão e é a imagem deste modo de governar o país que temos.

Resolvi pintar , para não entrar em depressão:))..o quadro descreve o que sinto. O professor tinha razão quando disse que as minhas pinturas revelam emoção. Este , sim.



Chama-se Purple reflection .