Mostrar mensagens com a etiqueta memória. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta memória. Mostrar todas as mensagens
sábado, 11 de fevereiro de 2012
Nostalgia
Hoje estive a retocar um quadro que fiz em 2008, já há quatro anos. Conservei-o comigo porque é dos quadros que mais amo, foi dos primeiros que fiz em acrílico, inspirado numa fotografia duma revista de arte.
O meu professor Nikola, de saudosa memória, ajudou-me a executar os reflexos, mas não pintou nada, só me aconselhou qual a melhor maneira de obter este resultado.
O quadro foi escolhido como " cabeça de cartaz" da Exposição Seasons come, seasons go, que teve lugar em Lisboa, por iniciativa do meu irmão, no ESCA, local onde os meus irmãos tinham os seus consultórios de pediatria.
Durante dois meses os meus quadros "enfeitaram" o local e como eram todos figurativos, respirava-se a Natureza ao olhar para os corredores estreitos e sala de espera.
Foi a minha primeira exposição, guardo dela uma óptima recordação.
Fica aqui o quadro e um dos poemas que, na altura, foram afixados como complemento das pinturas.
Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nosso membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner
terça-feira, 16 de novembro de 2010
ANIVERSÁRIO

Os meus Pais fariam hoje 70 anos de casados.
Já cá não estão, mas para nós, a família, serão sempre os pilares desta grande prole: oito filhos, vinte e um netos, trinta bisnetos, dos 69 anos ao 1 dia de idade. Espero não me ter enganado nas contas:)
Os meus Pais viveram sempre um para o outro e para os filhos. Viveram bem, gozando todos os momentos que a vida lhes proporcionou, o meu Pai procurando tornar o país melhor no campo da Pediatria, a minha Mãe, cuidando de nós e ajudando-o , sendo ela também parte integrante do seu brilhante projecto de vida e carreira. O meu Pai faleceu faz em Dezembro trinta anos, a minha Mãe sobreviveu-lhe mais vinte e dois anos, nunca o esquecendo e orgulhando-se sempre muitissimo do seu marido, de quem falava a toda a hora aos netos e bisnetos. teriam agora 98 e 92 anos, respectivamente, o que não foi possível, infelizmente.
Fomos privilegiados, sem dúvida e por isso, aqui fica a memória deles, que, à medida que envelhecemos, se nos torna mais nítida e transparente.
Duas peças de música que cada um apreciava e que me comovem sempre que as oiço.
Ao meu Pai:
À minha Mãe:
Bem hajam, onde quer que estejam!
Subscrever:
Mensagens (Atom)