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segunda-feira, 7 de junho de 2010

CONCERTO DA ACADEMIA "A PAUTA" - CASA DA MÚSICA - SALA SUGGIA


Imagem digitalizada do Programa

Foi e é a única Escola de Música que ensina segundo o método SUZUKI, do músico e pedagogo japonês Shinichi SUZUKI que considerava toda e qualquer criança capaz de aprender a tocar um instrumento, desde os 2 1/5 de idade, como se aprendesse a língua materna, sem necessidade de saber ler pelo papel, "cantando" as notas no seu cérebro e movimentando os dedos e as mãos segundo essas notas mentais.

Há vários vídeos no Youtube sobre este musico inovador, cujas teorias se expandiram por todo o mundo, havendo hoje milhões de crianças a tocar desde a mais tenra idade.


O concerto a que assisti ontem foi brilhante. Na 1ª parte tocaram os mais velhos, obras de Weber, Telemann, Beethoven, Monti, Vivaldi, etc. Na 2ª, os alunos iam entrando em grupos dos mais velhos até aos mais pequeninos, que entraram no fim. Os grupos tocaram em separado : o de violoncelos e violas de arco, recentes na Escola, de que faz parte o meu neto André com 4 anos; o dos violinos com mais de cem alunos, dos 3 até aos 16 anos. Tocaram melodias e peças conhecidas que fizeram as audiências aplaudir em delírio.
O momento mais carismático foi OVER THE RAINBOW, cantado por uma aluna, que compôs a letra com a Mãe e Avó. O meu neto Daniel tocou 15 peças em conjunto, entre as quais O Balão do João, que me faz sempre lembrar o meu filho, pai deles, na mesma idade.

O concerto durou duas horas e meia e ninguém arredou pé, tal era o entusiasmo dos familiares e amigos que enchiam por completo a Sala Suggia: mil e trezentas pessoas no total.
Infelizmente não era permitido tirar fotos, de modo que coloco aqui algumas tiradas do site ainda em construção da Academia.

Obrigada a todos os que contribuiram para este maravilhoso concerto: professores, pais que acompanham os filhos e os treinam em casa todos os dias, alunos concentrados e responsáveis, mesmo na mais tenra idade. É bom assistir a algo assim em Portugal.

PARABÉNS À PAUTA e, em especial à sua fundadora JOANA SEYBERT JESUS.

Na falta do video de ontem, consolem-se com este vídeo de ver, ouvir e chorar por mais...inacreditável.

sábado, 27 de março de 2010

Jacqueline du Pré



Foi uma violoncelista precoce, a quem se preconizava um futuro brilhante, semelhante ao de Anne-Sophie Mutter, que a todos maravilha com a sua virtuosidade. Nascida em Oxford - Inglaterra - notabilizou-se no violoncelo, que começou a tocar aos 4 anos. Ao ouvir na radio o som do instrumento, virou-se para a Mãe, também ela música, e disse: "É isto que eu quero tocar".
Foi aluna dos mais brilhantes violoncelistas do mundo e Rostropovich, ao ouvi-la, concedeu que era a única executante que conhecia capaz de vir a exceder a sua (dele)própria fama e qualidade.



Jacqueline du Pré celebrizou uma peça menos conhecida do grande público - O Concerto para violoncelo de Elgar, que a ela associam todos os que a conheceram. Casada com outro gigante da música contemporânea, o maestro pianista Daniel Barenboim, percorreu o mundo, dando concertos inesquecíveis para quantos os ouviram durante doze anos. Aos 27 foi-lhe detectada esclerose múltipla, doença que a impediu de continuar a carreira; veio a falecer aos 42 anos.
Uma perda enorme para quem a considerava um génio do violoncelo e guarda na memória a sua presença bela, esfusiante e emotiva nos palcos.

Ofereço-vos uma parte do 1º andamento deste concerto, que desde que ouvi pela primeira vez como música de fundo duma série da BBC - Paradise Postponed ( Paraíso adiado) nos anos 80, se tornou uma das minhas peças musicais de culto. Oiçam bem o som do violoncelo e a virtuosidade da intérprete.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Maria João Pires veio , tocou e venceu



Ouvi-a hoje ao fim da tarde na Casa da Música. O concerto adiado de Outubro realizou-se hoje. Encantou-me, não porque fosse além das expectativas, mas porque é sempre grato ouvir e ver uma pianista portuguesa de classe mundial tocar numa sala de classe mundial , com uma audiência entusiasta, sala cheia, coro repleto de ouvintes...e no meio disto tudo, os sons límpidos das sonatas de Beethoven, percorrendo-nos a mente e inebriando-nos de beleza e simplicidade.
Valeu a pena esperar uns meses. Não retiro o que disse da "adiada" Maria João em Outubro. Mas reitero aqui a minha admiração por esta "rapariga" da minha idade, que ainda parece a garota que conheci nos seus 15 anos e que atacava a Dança do Fogo de Falla, com a garra duma profissional já "encartada".

Bem hajas por existires e por, apesar de tudo, te manteres a mesma.
Standing ovation. No Porto.

Vai aqui uma homenagem ao teu talento e virtuosidade.
Um vídeo muito especial, em que tocas e falas ( em inglês) do teu eu enquanto mulher e enquanto pianista.