Um quadro acabado ontem e intitulado : Sexta Feira Santa
Um poema de Manuel António PIna:
A Poesia Vai Acabar
A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis.
Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública.
Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?» E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo.
Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —
Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"
e o Agnus Dei da Missa em B-minor de Bach pelo maravilhoso contratenor Andreas Scholl:
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sexta-feira, 6 de abril de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Casa da Música- O génio de SOKOLOV
Sempre tive uma ternura especial pela Casa da Música.
Ao princípio até considerava quase magia, como é que um meteorito tinha aterrado naquela praça tão familiar para mim e continha tanto encanto.
Ouvir música ao vivo era quase uma memória do passado, embora tenha apoiado e ido a muitos concertos da antiga Regie Symphonie, no tempo em que eles tocavam em S. Bento da Vitória ou esporadicamente na Igreja da Lapa. Dei-me com vários músicos estrangeiros da orquestra e assisti ao seu último concerto na Foz Velha, antes de se tornarem Orquestra do Porto. Dava aulas de Inglês na Escola Profissional de Música, que durou poucos anos, e lá conheci alguns desses músicos, num ambiente fraternal e extremamente raro aqui no Porto. Uma das flautistas, australiana, foi professora e amiga do meu filho mais velho e ainda hoje ele visita-a na Bélgica, onde ela vive.
A Casa da Música deve ter parecido àqueles excelentesinstrumentistas uma dádiva caída do Céu, pois estavam habituados a tocar em locais diversos, sem ter uma sala condizente com a sua categoria.
Nunca esquecerei o primeiro concerto que ouvi na CdM. Tocaram a Sinfonia nº 2 de Mahler - Ressureição - com o Coro Gulbenkian e solistas excelentes. Comovi-me tanto com o evento que quando saí, telefonei ao meu filho que estava em Munique e desfiz-me em lágrimas de alegria. Tínhamos uma sala de concertos, linda de morrer, com 1400 lugares, uma acústica excepcional, bilhetes acessíveis, salas topo de gama e uma orquestra razoável. Tudo novo para mim.
Mal eu sabia que ali iria ouvir o pianista mais brilhante deste tempo, Grigory Sokolov, considerado o maior pianista vivo por muitos melómanos. Ouvi-o há dois anos e ouvi-o ontem, de novo, num concerto memorável que terminou com 7 encores, qual deles mais vibrante e sentido.
Sokolov não é deste mundo, quando se senta ao piano, inclinado sobre as teclas, o mundo pára, o siêncio é absoluto e só se ouvem os sons multifacetados em catadupa, numa harmonia quase divina.
Era capaz de o ouvir durante uma noite inteira, o concerto durou três horas aproximadamente...e ninguém queria arredar pé, embora fosse Domingo e houvesse trabalho no dia seguinte. Rameau, Mozart, Brahms - tudo peças que desconhecia numa perfeição total.
Saí de lá mais rica e feliz, o meu filho também. Aprecio todos os momentos assim com ele, há uma grande cumplicidade entre nós. A música clássica sempre foi o elo mais forte que nos une.
Ficam aqui duas peças tocadas por este extra-terrestre musical, uma em recital, outra com orquestra. Os seus dedos não se apoiam nas teclas, flutuam...e o som sai por milagre.
Ao princípio até considerava quase magia, como é que um meteorito tinha aterrado naquela praça tão familiar para mim e continha tanto encanto.
Ouvir música ao vivo era quase uma memória do passado, embora tenha apoiado e ido a muitos concertos da antiga Regie Symphonie, no tempo em que eles tocavam em S. Bento da Vitória ou esporadicamente na Igreja da Lapa. Dei-me com vários músicos estrangeiros da orquestra e assisti ao seu último concerto na Foz Velha, antes de se tornarem Orquestra do Porto. Dava aulas de Inglês na Escola Profissional de Música, que durou poucos anos, e lá conheci alguns desses músicos, num ambiente fraternal e extremamente raro aqui no Porto. Uma das flautistas, australiana, foi professora e amiga do meu filho mais velho e ainda hoje ele visita-a na Bélgica, onde ela vive.
A Casa da Música deve ter parecido àqueles excelentesinstrumentistas uma dádiva caída do Céu, pois estavam habituados a tocar em locais diversos, sem ter uma sala condizente com a sua categoria.
Nunca esquecerei o primeiro concerto que ouvi na CdM. Tocaram a Sinfonia nº 2 de Mahler - Ressureição - com o Coro Gulbenkian e solistas excelentes. Comovi-me tanto com o evento que quando saí, telefonei ao meu filho que estava em Munique e desfiz-me em lágrimas de alegria. Tínhamos uma sala de concertos, linda de morrer, com 1400 lugares, uma acústica excepcional, bilhetes acessíveis, salas topo de gama e uma orquestra razoável. Tudo novo para mim.
Mal eu sabia que ali iria ouvir o pianista mais brilhante deste tempo, Grigory Sokolov, considerado o maior pianista vivo por muitos melómanos. Ouvi-o há dois anos e ouvi-o ontem, de novo, num concerto memorável que terminou com 7 encores, qual deles mais vibrante e sentido.
Sokolov não é deste mundo, quando se senta ao piano, inclinado sobre as teclas, o mundo pára, o siêncio é absoluto e só se ouvem os sons multifacetados em catadupa, numa harmonia quase divina.
Era capaz de o ouvir durante uma noite inteira, o concerto durou três horas aproximadamente...e ninguém queria arredar pé, embora fosse Domingo e houvesse trabalho no dia seguinte. Rameau, Mozart, Brahms - tudo peças que desconhecia numa perfeição total.
Saí de lá mais rica e feliz, o meu filho também. Aprecio todos os momentos assim com ele, há uma grande cumplicidade entre nós. A música clássica sempre foi o elo mais forte que nos une.
Ficam aqui duas peças tocadas por este extra-terrestre musical, uma em recital, outra com orquestra. Os seus dedos não se apoiam nas teclas, flutuam...e o som sai por milagre.
domingo, 15 de janeiro de 2012
O inverno
Hoje chegou para mim o inverno.
Os meus meninos chegaram e quiseram logo ir para o Botânico com a Avó. Tinha estado a pintar e a ouvir música barroca com um novo aparelhometro que o meu filho me ofereceu e que possibilita ouvir-se o IPOD alto e bom som. É excelente para quando estou a pintar e soube-me bem ter música no atelier.
resolvi usar o acrílico como se fosse aguarela e resultou ( na minha opinião, claro). A tela estava um pouco húmida , de modo que o efeito é muito semelhante. Pintei as árvores que vejo da janela do atelier e que estão parcialmente despidas agora.
Não ficou muito mal. Vai aqui com a música que ouvi.
Os meus meninos chegaram e quiseram logo ir para o Botânico com a Avó. Tinha estado a pintar e a ouvir música barroca com um novo aparelhometro que o meu filho me ofereceu e que possibilita ouvir-se o IPOD alto e bom som. É excelente para quando estou a pintar e soube-me bem ter música no atelier.
resolvi usar o acrílico como se fosse aguarela e resultou ( na minha opinião, claro). A tela estava um pouco húmida , de modo que o efeito é muito semelhante. Pintei as árvores que vejo da janela do atelier e que estão parcialmente despidas agora.
Não ficou muito mal. Vai aqui com a música que ouvi.
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Musica da velha Rússia
Ontem fui a um espectáculo diferente na Casa da Música com o meu ex- e a minha filha. Prometia: coros, orquestra e bailados do exército de S. Petersburgo. Muito esplendoroso, com pedacinhos de tonalidade eslava, cantados por homens, sussurrados como os barqueiros costumam fazer, assobios, ritmo alucinante, elasticidade dos movimentos, cores garridas e solistas de voz potente. A Casa da Música aqueceu - é uma das salas mais frias que conheço, apesar de linda - e as tantas já todos batiam palmas ao ritmo da balalaika. Uma experiência única e bastante excitante. Talvez não tão fulgurante como esperava, mas mesmo assim interessante e agradável.
Como diz a publicidade ao evento:
Cem artistas, deslumbrantes vestuários, impressionantes coreografias, um coro imponente de vozes masculinas, fazem do "Exército Russo" uma apaixonante viagem à Rússia Ancestral. A origem dos conjuntos de Coros e Danças do Exército Russo remonta às guerras mundiais, quando estas formações levavam canções de amor e esperança aos soldados do fronte e aos hospitais. Após a chegada da paz, aquelas vozes e muitas outras converteram-se num dos espetáculos russos mais aplaudidos do mundo.
O Coro, Ballet e Orquestra do Exército Russo de São Petersburgo, integra uma centena de artistas, e constitui uma das melhores representações do folclore e da arte vocal e coreográfica da Rússia.O Ballet, com deslumbrantes vestuários e originais coreografias, apresenta danças que falam da vida
agrícola, de amor e de batalhas enquanto a Orquestra, que é composta por 30 músicos, nos traz a música das populares balalaikas e acordeões.
Fica aqui a melodia mais conhecida: KALINKA.
Como diz a publicidade ao evento:
Cem artistas, deslumbrantes vestuários, impressionantes coreografias, um coro imponente de vozes masculinas, fazem do "Exército Russo" uma apaixonante viagem à Rússia Ancestral. A origem dos conjuntos de Coros e Danças do Exército Russo remonta às guerras mundiais, quando estas formações levavam canções de amor e esperança aos soldados do fronte e aos hospitais. Após a chegada da paz, aquelas vozes e muitas outras converteram-se num dos espetáculos russos mais aplaudidos do mundo.
O Coro, Ballet e Orquestra do Exército Russo de São Petersburgo, integra uma centena de artistas, e constitui uma das melhores representações do folclore e da arte vocal e coreográfica da Rússia.O Ballet, com deslumbrantes vestuários e originais coreografias, apresenta danças que falam da vida
agrícola, de amor e de batalhas enquanto a Orquestra, que é composta por 30 músicos, nos traz a música das populares balalaikas e acordeões.
Fica aqui a melodia mais conhecida: KALINKA.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Grigory SOKOLOV ao vivo
Ontem fui ouvir o grande Grigory Sokolov. Com os meus filhos e com a minha Amiga Regina, para quem consegui um bilhete à última da hora porque a minha nora teve de ficar com os meninos.

A nossa Casa da Música, sala Suggia, a abarrotar, até havia cadeiras no palco, fenómeno a que nunca tinha assistido. Coro cheio, camarotes repletos, plateias sem um lugar vago. Ninguém quis perder este concerto, tal é a fama dum pianista que de mediático nada tem, figura pesada, pequena, cabeleira branca, mãos papudas. Senta-se ao piano dois segundos depois de fazer os cumprimentos e a partir daí transfigura-se. Só conseguimos ver os seus dedos a dançar sobre as teclas, nuns cambiantes de tons maravilhosos, seguros,sem deslizes. Um silêncio total que até arrepia. Ninguém se atreve a espirrar ou a tussir, não há telemóveis, nem mexer nas cadeiras. As plateias rendem-se à magnificiencia do executante.
Dois concertos de Bach, um à moda italiana, outra à francesa, a torrente de notas ao ritmo barroco. Uma beleza para quem aprecia o compositor alemão, como eu. Repetitivo talvez, mas impregnado de misticismo e beleza espiritual. Na segunda parte, Schumann, arrevezado, obrigando a malabarismos com as mãos que se trocam, que deslizam sobre as teclas, que se levantam e baixam com força, sentimento a rodos, pausas em que quase não dá tempo para respirar.
Por fim, as palmas, um estrondoso aplauso de pé, que o pianista agradece sem se demorar, como se tivera receio de ceder à tentação de agradar demais. À segunda vinda ao palco, senta-se e toca um encore. Chopin, Schubert, Rachmaninoff, não sei bem qual. E a cada chamada ao palco, presenteia-nos com mais uma peça, até chegar às sete, já com a plateia a debandar, pois é meia noite e no dia seguinte tem de se trabalhar.
Ficaria ali esquecida a ouvi-lo, pois cada momento a mais é mais um sonho realizado.
Fica aqui um excerto de um concerto dado em Paris com um Prelúdio de Chopin:

A nossa Casa da Música, sala Suggia, a abarrotar, até havia cadeiras no palco, fenómeno a que nunca tinha assistido. Coro cheio, camarotes repletos, plateias sem um lugar vago. Ninguém quis perder este concerto, tal é a fama dum pianista que de mediático nada tem, figura pesada, pequena, cabeleira branca, mãos papudas. Senta-se ao piano dois segundos depois de fazer os cumprimentos e a partir daí transfigura-se. Só conseguimos ver os seus dedos a dançar sobre as teclas, nuns cambiantes de tons maravilhosos, seguros,sem deslizes. Um silêncio total que até arrepia. Ninguém se atreve a espirrar ou a tussir, não há telemóveis, nem mexer nas cadeiras. As plateias rendem-se à magnificiencia do executante.

Dois concertos de Bach, um à moda italiana, outra à francesa, a torrente de notas ao ritmo barroco. Uma beleza para quem aprecia o compositor alemão, como eu. Repetitivo talvez, mas impregnado de misticismo e beleza espiritual. Na segunda parte, Schumann, arrevezado, obrigando a malabarismos com as mãos que se trocam, que deslizam sobre as teclas, que se levantam e baixam com força, sentimento a rodos, pausas em que quase não dá tempo para respirar.
Por fim, as palmas, um estrondoso aplauso de pé, que o pianista agradece sem se demorar, como se tivera receio de ceder à tentação de agradar demais. À segunda vinda ao palco, senta-se e toca um encore. Chopin, Schubert, Rachmaninoff, não sei bem qual. E a cada chamada ao palco, presenteia-nos com mais uma peça, até chegar às sete, já com a plateia a debandar, pois é meia noite e no dia seguinte tem de se trabalhar.
Ficaria ali esquecida a ouvi-lo, pois cada momento a mais é mais um sonho realizado.
Fica aqui um excerto de um concerto dado em Paris com um Prelúdio de Chopin:
quinta-feira, 7 de abril de 2011
EXPOSIÇÃO: DA REALIDADE AO SONHO
Será hoje às 17 horas.
Estou nervosa, embora saiba que o que está exposto é belo e pode aliviar um pouco este clima de tensão em que todos estamos a viver. Em momentos de crise, nada melhor do que a música ou a arte para nos consolar criativamente e subir a moral.
Fico feliz por contribuir para isso.
A minha Amiga Regina fará uma apresentação, os meus filhos e netos irão tocar peça clásicas e menos lássicas. Será servido também um Porto de Honra e ver-se-ão dois vídeos.
Deixo aqui os vídeos que fiz há dias com a evolução de algumas das minhas obras abstractas e figurativas, com música de fundo.
Serão dedicados a quem não pode vir ao Porto ver a expo.
Estou nervosa, embora saiba que o que está exposto é belo e pode aliviar um pouco este clima de tensão em que todos estamos a viver. Em momentos de crise, nada melhor do que a música ou a arte para nos consolar criativamente e subir a moral.
Fico feliz por contribuir para isso.
A minha Amiga Regina fará uma apresentação, os meus filhos e netos irão tocar peça clásicas e menos lássicas. Será servido também um Porto de Honra e ver-se-ão dois vídeos.
Deixo aqui os vídeos que fiz há dias com a evolução de algumas das minhas obras abstractas e figurativas, com música de fundo.
Serão dedicados a quem não pode vir ao Porto ver a expo.
quinta-feira, 17 de março de 2011
EXPOSIÇÂO: DA REALIDADE AO SONHO

( cliquem na imagem, p.f.)
A todos os que lêem este blogue, é com grande prazer que informo sobre a minha futura exposição no ESPAÇO VIVACIDADE em Abril próximo.
Um agradecimento à Adelaide, Pedro e Helda, que mantém aquele espaço sempre activo e aliciante; um "obrigada do coração" ao meu irmão Mário que fez dum dia para o outro um poema inspirado no quadro acima; outro obrigada a todos os que me incentivaram a pintar, desde que em 2008 me aposentei e a vida parecia um pouco vazia.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
News from Leeds

Ontem e hoje nao escrevi porque o PC no hotel é caro e aqui no quarto da Luisa está-se mesmo bem, com umas vista linda da cidade cheia de luz. O quartinho é pequeno, mas cosy e já está cheio de objectos pessoais dela e posters nas paredes. Nao tenho aqui a maquina, mas algumas fotos da ultima vez que ca estive.
Hoje era a Light Night, o que significa muitos eventos no centro da cidade.

Amanha vamos ouvir um concerto na Camara Municipal com a orquestra de Houston ( pnde fica a NASA) e musica relacionada com a astronomia e videos em ecran gigante de descobertas da Nasa, entre as quais Os Planetas de Holst.

Agora vamos ouvir um bocadinho do relato do jogo da selecção e depois vou para o hotel!
Boa noite!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
SERRALVES EM FESTA
Não estava com grande vontade de me misturar com tanto povo, Serralves representa para mim um lugar quase mítico, um parque demasiado valioso para ser pisado por tantos ao mesmo tempo. Mesmo quando não existia o Museu de Arte Moderna, adorava ir lá lanchar por baixo das glicíneas, na Casa de Chá que dá para o campo de ténis. As árvores centenárias em alameda são percursos sagrados, onde todo o barulho de vozes, risos, gritos ou choros me incomodam.

Mas ontem rendi-me à evidência: Serralves é mesmo popular e já não é possível escondê-lo. Os Domingos passaram a ser grátis, os dias da FESTA em Junho são um convite para as famílias se encontrarem e partilharem a sua prole com a dos outros.

Pelo meio, conseguem-se ouvir maravilhas como a Big Band do Hot Club de Portugal, uma orquestra já com 60 anos, uma das mais consagradas do país inteiro.
Foi o meu neto quem tirou as fotos do balão e da banda:
Por fim dei por bem empregue estas duas horas passadas no meio duma multidão de gente. Às vezes, é bom partilhar. E comer um hot dog cheio de mostarda :)
terça-feira, 1 de junho de 2010
DIA(S) DA(S) CRIANÇA(S)
deviam ser todos, mesmo os que são dos Pais...:))
Para elas, uma pintura em pastel de óleo que o meu irmão mais velho comprou na expo de Lisboa. Foi o primeiro quadro que vendi. Obrigada Filipe.

Uma canção que aprendi no Colégio Inglês e que os meus netos tocam agora no violino e violoncelo. Que a vossa vida seja virada para as estrelas!
Para elas, uma pintura em pastel de óleo que o meu irmão mais velho comprou na expo de Lisboa. Foi o primeiro quadro que vendi. Obrigada Filipe.
Uma canção que aprendi no Colégio Inglês e que os meus netos tocam agora no violino e violoncelo. Que a vossa vida seja virada para as estrelas!
terça-feira, 18 de maio de 2010
Cardigan Road - avenida da nostalgia
Cansada da TV e da cara do PM.
Inspirada pela sessão no atelier, onde estive a fazer um quadro que me encheu as medidas, embora ainda não esteja pronto, resolvi brincar um pouco aos fotógrafos manipuladores...pegar numa foto da Cardigan Road, avenida lindíssima onde a minha filha viveu em Leeds durante tres longos anos e modificá-la, de modo a torná-la mais artística, menos real e sobretudo mais inspiradora.
Ficou assim. Ao olhar para ela vêm-me à mente múltiplas sensações e uma vontade irresistível de pintar.Cliquem nela e verão como é belo manipular!

Para acompanhar esta nostalgia que me invade....tres anos a passear naquelas ruas de Leeds, a respirar o ar puro dos parques e das árvores num tempo que não volta mais, deixo-vos com o Adagio do Concerto Brandeburguês de Bach, uma melodia triste, mas redentora, como todas as peças do compositor.
Inspirada pela sessão no atelier, onde estive a fazer um quadro que me encheu as medidas, embora ainda não esteja pronto, resolvi brincar um pouco aos fotógrafos manipuladores...pegar numa foto da Cardigan Road, avenida lindíssima onde a minha filha viveu em Leeds durante tres longos anos e modificá-la, de modo a torná-la mais artística, menos real e sobretudo mais inspiradora.
Ficou assim. Ao olhar para ela vêm-me à mente múltiplas sensações e uma vontade irresistível de pintar.Cliquem nela e verão como é belo manipular!

Para acompanhar esta nostalgia que me invade....tres anos a passear naquelas ruas de Leeds, a respirar o ar puro dos parques e das árvores num tempo que não volta mais, deixo-vos com o Adagio do Concerto Brandeburguês de Bach, uma melodia triste, mas redentora, como todas as peças do compositor.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
As Sete últimas Palavras de Cristo na Cruz
Haydn escreveu esta peça por encomenda. Fez um estudo dos Evangelhos, procurando as palavras - melhor, as frases ( Worte em Alemão quer dizer mais frases com sentido do que palavras, que se diz Wörter) - que Cristo teria pronunciado, antes de entregar a alma ao Criador. Essa obra aprece-nos em versões diversas, orquestra de câmara, quintetos, quartetos de cordas, piano solo, orquestra com coro. Hoje vou ouvir a Orquestra Barroca da Casa da Música tocar. Apetece-me estar num local onde se oiça música e se medite na morte de Jesus. A Casa da Música ao fim da tarde tem todos os ingredientes para uma boa reflexão sobre o sofrimento e submissão.
Para quem não conhece a obra ficam aqui dois vídeos, ambos belos e sombrios.
Para quem não conhece a obra ficam aqui dois vídeos, ambos belos e sombrios.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Domingo com Rachmaninoff, Pegaso e...futebol

Hoje fiquei em casa toda a tarde. Está um tempo triste, cinzento, melancólico, em que só apetece o calor do lar, o chá quente, a lareira e a música.Trabalhei na preparação do workshop que começa amanhã. Sinto-me nervosa, não sei porquê:))
Pelas três, veio o meu neto, que me faz grande companhia. Comprei-lhe um cavalete no Lidl, mas não conseguimos montá-lo , apesar dos enormes esforços do rapazinho - só tem seis anos - para encaixar as peças. Esperemos que o Pai o ajude em casa. Estivémos a fazer um desenho a pastel, mas ele cansou-se rapidamente e preferiu jogar jogos didácticos ou ver um filme sobre Zeus e Pégaso. Um cavalo alado, tal qual o que eu precisava para me deslocar aqui no Porto, pois não tenho carro e às vezes abuso das boleias...
Daqui a umas horas vou ver o FCP a perder o campeonato ( lagarto, lagarto) Pode parecer estranho, mas tenho um amor muito grande a este clube que adoptei mal vim para a cidade. É um clube com "pinta" e mesmo quando não ganha, os jogadores têm uma mística e mantém-se unidos. Depois há os faits divers, que não me interessam de todo, pois é tudo manipulado por uns e por outros. O meu filho , então, continua fiel ao Boavista e ainda hoje foi assistir ao jogo no Bessa. Ganharam por 2-0, o que é uma alegria, desde que o clube foi sacrificado pelo malfadado apito dourado, que dessa cor nada tem.
Estive há pouco a ouvir a concerto nº 3 de Rachmaninoff - geralmente conhecido por Rach 3 e encontrei este andamento do mesmo no Youtube com o magistral Sokolov ( ainda novo) a tocar em Viena, creio eu. Deixo-o aqui para quem quiser "perder 10 minutos" e perder-se neste final de dia tristonho.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Maria João Pires veio , tocou e venceu

Ouvi-a hoje ao fim da tarde na Casa da Música. O concerto adiado de Outubro realizou-se hoje. Encantou-me, não porque fosse além das expectativas, mas porque é sempre grato ouvir e ver uma pianista portuguesa de classe mundial tocar numa sala de classe mundial , com uma audiência entusiasta, sala cheia, coro repleto de ouvintes...e no meio disto tudo, os sons límpidos das sonatas de Beethoven, percorrendo-nos a mente e inebriando-nos de beleza e simplicidade.
Valeu a pena esperar uns meses. Não retiro o que disse da "adiada" Maria João em Outubro. Mas reitero aqui a minha admiração por esta "rapariga" da minha idade, que ainda parece a garota que conheci nos seus 15 anos e que atacava a Dança do Fogo de Falla, com a garra duma profissional já "encartada".
Bem hajas por existires e por, apesar de tudo, te manteres a mesma.
Standing ovation. No Porto.
Vai aqui uma homenagem ao teu talento e virtuosidade.
Um vídeo muito especial, em que tocas e falas ( em inglês) do teu eu enquanto mulher e enquanto pianista.
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