segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Depois da tempestade
É bem verdade....vem a bonança....hoje está uma tarde límpida, com nuvens lindas a ameaçar - só ameaçam - chuva e embelezam o céu e tornam tudo mais nítido, mais transparente e mais belo.
Tinha de sair numa tarde assim...até me apetecia ir no autocarro e ver os pinhais da Foz ( que não tem pinheiros, mas áceres, castanheiros e carvalhos) todos doirados e acobreados como acontece nesta altura do ano. Esperei algum tempo e constatei com pena que o muro do Botânico está cheio de grafitti, desfeia-o totalmente e é uma ofensa ao património de todos nós.
Na Foz estava pouca gente, talvez porque se fazia sentir uma brisa fresca marítima, mas o sol quando descobriu, era quente e forte, aquecendo a sério os que ousaram sentar-se nas cadeiras maravilhosas do bar dos Ingleses.
Ali estive a ver o bailado das gaivotas - muitas - que saltitavam e voavam na areia e por cima dos rochedos negros da praia. As ondas eram de borrasca, mas amainaram com o avançar das horas. Ouvi o Fantasma da ópera enquanto a bateria durou. É bom estar só ( espero que as minhas amigas não se entristeçam por preferir a solidão, por vezes), ouvir a voz da minha filha e companheira destas lides dizer lá do norte onde se encontra..."que bom, Mãe estar na Foz" - ou do meu filho mais velho "Que sorte, eu estou a trabalhar". É mesmo uma sorte poder usufruir destes prazeres simples.
À vinda fui ao Pingo Doce, comprar fruta e outras coisas que precisava. Trouxe-as num saco carro de compras do Chinês. Ali há tudo!