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quinta-feira, 17 de março de 2011

EXPOSIÇÂO: DA REALIDADE AO SONHO


( cliquem na imagem, p.f.)

A todos os que lêem este blogue, é com grande prazer que informo sobre a minha futura exposição no ESPAÇO VIVACIDADE em Abril próximo.

Um agradecimento à Adelaide, Pedro e Helda, que mantém aquele espaço sempre activo e aliciante; um "obrigada do coração" ao meu irmão Mário que fez dum dia para o outro um poema inspirado no quadro acima; outro obrigada a todos os que me incentivaram a pintar, desde que em 2008 me aposentei e a vida parecia um pouco vazia.

sábado, 5 de março de 2011

Exposição à vista

Surpreendo-me sempre ( como a minha amiga Regina) quando tenho ensejo de expôr os meus quadros, embora ache que eles merecem ser vistos. A minha primeira exposição foi em Lisboa, no ESCA - onde os meu irmãos trabalham como pediatras, na Alameda Afonso Henriques, local muito simpático da capital. Na altura não fazia ideia de como enviar os quadros para lá - cerca de vinte - e foi o meu professor Nikola Raspopovic que me deu a morada duma transportadora que fez o serviço a um preço inacreditávelmente barato. Tive de os embalar e eles levaram e trouxeram-nos. Fui lá na véspera da inauguração ajudar a pendurá-los nos sítios
mais convenientes que se resumiam a uma pequena entrada, um enorme corredor e uma sala de espera. Couberam todos com jeito. Muitas pessoas passaram por lá, não para ver os quadros, mas para levar os seus meninos aos doutores...mas talvez tenha havido ainda algumas visitas de familiares interessados. Não fiz vernissage, limitei-me a ir jantar com o meu irmão e amigos. Foi óptimo. A minha maior alegria foi o meu irmão ter-me dito que quando entrava no consultório se sentia melhor ao ver as paredes tão quentes e coloridas. O tema da exposição foi Seasons come, seasons go e muitos dos quadros eram figurativos, sendo o tema "árvores" o mais comum. Vai aqui um quadro dos que estiveram expostos.
Depois de entrar para a Escola Utopia, foi-nos sugerido fazer um quadro alusivo ao Xacobeo - os Caminhos de Santiago - e, embora não estivesse numa fase muito inspirada para o figurativo, alinhei e com a ajuda do Professor Domingos Loureiro, produzi uma pintura inspirada em fotografias que tinha sobreposto. Foi esse o quadro que andou doze meses em terras do Minho e Galicia, depois complementado por outro que fizémos para que a exposição do Xacobeo em Valência continuasse por mais algum tempo.
Em meados de Março, a Vivacidade convidou-me para fazer lá uma exposição, que se chamou Cor em Movimento. Aí vi que os media deram bastante relevo ao evento, tendo vindo inclusivé citado numa sugestão do Público para visita do dia. Fiquei comovida com alguns comentários que ouvi de pessoas amigas e colegas de profissão.
Em Maio o Spazo Zen comemorou três anos de existência. Situando-se mesmo por baixo da minha casa, criei uma relação de amizade com a proprietária que, gentilmente, me perguntou se quereria expôr lá alguns quadros para a ocasião. Ficaram lindos num local onde tudo é escolhido com gosto para criar ambiente.
Entretanto expus quadros meus na Utopia, juntamente com outras colegas da pintura.
Este ano, o Vivacidade voltou a propor-me uma exposição para Abril próximo, o que me alegrou muitíssimo, não só porque tenho feito muitos quadros novos que nunca foram vistos, como pelo facto de ser num mês de férias em que as pessoas estão mais livres para virem vê-la de Lisboa ou de Coimbra onde tenho a minha família quase toda. Hoje já seleccionei os quadros a expôr, com alguma dificuldade, devo dizer. Tenho muitos, mas de várias temáticas diferentes e portanto, terão de se agrupar de um modo harmonioso. Ainda não sei como se vai chamar, embora tenha uma ideia quase definida.
É bom sermos apreciados, mesmo quando não criamos obras para expôr ou fazer vida. Bem hajam as pessoas que nos dão essas chances num país em que a Arte não é muito apoiada.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Ciência, poesia, música e pintura


Fui hoje a um workshop no Espaço Vivacidade, dinamizado pela minha amiga Regina Gouveia, pessoa polivalente ( como as gaivotas), que consegue estar bem em todas a vertentes. No local onde se realizou o workshop, estava patente ao público uma exposição da própria que foi inaugurada no início do mês: Estados de Alma.

Gostei de estar ali uma hora e meia a ouvir e a ver sobre o tema : A Ciência ao alcance de todos. Nada sei sobre Ciência , a não ser aquilo que vou lendo nos jornais ou que oiço o meu filho falar. Tendo cientistas na família, sobretudo na área da medicina, enveredei pelas letras, embora sinta um certo fascínio pelas descobertas do Homem, principalmente, no campo da astronomia e da medicina. Gostaria de ter estudado melhor a Física, que é de todas as ciências a mais difícil de compreender, na minha opinião. A Regina torna as coisas simples e a música acompanha muito bem a explicação.
Assim sendo, umas sessões sobre Ciência acessíveis a qualquer um e adornadas com poemas e música relacionadas com os temas, tornam-se muito convidativas. Após a sessão ainda estive bastante tempo à conversa com o Pedro Freire, o meu Amigo do blogue Imago Mundi. Trocámos impressões sobre fotografia a ali ficaríamos se não se fizesse tarde.

Tirei algumas fotografias com o meu I Touch, pois não levei a máquina fotográfica, aos quadros expostos. A colecção é bem maior, mas não pude fotografar as aguarelas devido às luzes que se reflectem nos vidros. Aqui constam apenas os de acrílico sobre tela. Entretanto comprei um quadro cujo montante a Regina ofereceu a uma associação que ajuda pessoas com deficiências.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Passeio ao Botânico- Vivacidade


Janela da sala de estar

Foi há umas horas, com uma afluência grande de pessoas interessadas em gozar do belo jardim e de ouvir agumas explicações de quem percebe do assunto e nos conta coisa interessantes: as relações de Sophia e do seu primo Ruben que ali viveram ou conviveram durante a infância e juventude, os cantos e recantos do jardim, os segredos que ele esconde, a diferença entre um cacto com picos e um mais amistoso, a existência das estufas, infelizmente muito votadas ao abandono, o canto dos cactus, tão cheio de flores todas elas belíssimas e carnudas...e depois algo que Monet não dispensaria: os lagos de nenúfares, que a meio da tarde parecem de prata com o sol a bater.
É tudo belo. A par disso, recitam-se vários poemas de Sophia, na Casa e junto à fonte do Rapaz de Bronze.




Conheço este jardim como a palma da minha mão, devo lá ter ido mais de vinte vezes desde que aqui vivo, é o meu refúgio em dias de tristeza, observo as plantas, passeio pelas áleas, sonho um pouco, oiço música para não ouvir o barulho da VCI e sinto que estou no meu habitat.



terça-feira, 6 de abril de 2010

Glow senses - nova revista



Há tempos a Vivacidade recebeu um e-mail desta revista que estaria interessada em publicar um artigo sobre a minha pintura - tinham visto anunciada a Exposição Cor em Movimento. Fiquei surpreendida com tal ideia, mas é claro disse que sim e que arranjaria um texto para acompanhar as fotos dos quadros. Entretanto falei com o meu professor, Domingos Loureiro e ele ofereceu-se para escrever um artigo sobre a minha pintura tal qual ele a /me vê. Num dia, apenas, redigiu o texto que podem ler a seguir.

Ontem sairam as revistas de Abril - GLOW - são uma colecção de cinco que se podem ler online como se tivéssemos a versão em papel, mas com as fotos em grande e com a possibilidade de aumentar e diminuir consoante se quiser. Procuram-se as páginas no índice e é fácil encontrar o sítio.Os pedaços das pinturas foram seleccionados a gosto dos editores.



Acho a ideia de uma revista online muito interessante e estou bastante orgulhosa por poder estar lá representada!!

É este o site:http://www.calameo.com/read/000246474379dfaa85972?authid=8Y9Qvf07TYex
Basta procurar as páginas 88-94 e ler.


E este o texto, que está anexo.


‘Momentos de (sens)acção’
Virgínia Barros é antes de qualquer outro desenvolvimento um ser emotivo!

Começo deste modo porque é demasiado importante que merece ser destacado antes de dizer qualquer outra coisa.

Esta introdução poderia ser atribuída a qualquer ser humano, principalmente aqueles que decidem explorar o seu lado mais criativo, mas será de certeza compreendido por quem lê este texto depois de observar os seus trabalhos, já que perceberá o quanto o lado cognitivo é importante na obra da autora e, arrisco dizer, na sua própria vida.

A sua pintura vive tanto deste lado emocional e sentimental (este pleonasmo procura o ênfase da ideia) que não poderemos ter qualquer tipo de observação racional ou objectiva. Não que o sentimento não possa ser objectivo, mas porque ele exige sempre que a regra seja quebrada e que o esforço seja no sentido da procura e não no sentido da chegada. As metas não são locais que a artista (atrevo-me a designá-la como artista) procure, mas sim a procura e a caminhada. A sua obra é uma espécie de conflito entre a ideia/sentimento e a necessidade da expressão, como se dependesse dela para sobreviver, respirar, olhar, andar. A sua pintura é então esta busca incessante pela expressão, a busca do eu.

A pintura de Virgínia Barros é mais um modo de pulsar do que um modo de representar.

Se imaginarmos os caminhos que esta luta envolve talvez tenhamos dificuldade em encontrar uma definição ou uma gaveta onde colocar a sua obra, porque ela é sem duvida uma forma de sair desse mesmo mundo de definições objectivas. Ela é no seu sentido mais básico, simplesmente pintura, simplesmente respirar, simplesmente sentir. Nunca nos interrogámos porque inspiramos e expiramos, nem porque amamos e (também) odiamos. Sabemos apenas que dependemos disso para continuarmos vivos, para nos sentirmos vivos.

A pintura é, na artista, esse lado, esse inspirar e expirar, onde pintar é simplesmente estar vivo. Talvez não seja somente na pintura, mas em várias artes, tal como no modo de encarar a vida, onde a criação e a expressão são as faces da moeda que Virgínia ostenta. Ao seu lado emotivo, contrapõe-se o seu lado cognitivo. O seu eu racional é apenas a base para se integrar e se inteirar das realidades circundantes, politicas, ideológicas, sociais… A sua obra o seu estado espiritual, o seu lado emotivo que cresce a cada dia que passa e que nos surpreende a cada obra que realiza, a cada suspiro que liberta.

Assim volto ao princípio e pergunto se haverá outra expressão para descrever esta artista que não seja simplesmente ‘um ser emotivo’?

Finalmente espero que ao olharem as suas pinturas compreendam este modo como descrevo a artista e como considero ser o modo ideal para descrever as suas obras. Ao ‘olhar’ qualquer um dos seus quadros ninguém ficará indiferente a estes aspectos e a pintura será com certeza muito mais reveladora da artista e principalmente de nós mesmos, que, talvez, também sejamos ‘seres emotivos’.
È um prazer poder incentivar a sua emoção/acção.



Domingos Loureiro

Porto Março 2010

Muito obrigada, Professor! Muito obrigada Vivacidade! E obrigada à GLOW SENSES.

terça-feira, 2 de março de 2010

Cor em Movimento







Realizou-se ontem a inauguração da minha exposição no Espaço Vivacidade. Ainda me custa a interiorizar que esta exposição é minha, fui eu que fiz aqueles quadros e , sobretudo, que há alguém nesta cidade - e talvez não só - que aprecia o que faço, me apoia, me ensina, me anima e amima.
Não posso deixar de agradecer aqui a TODOS os que estiveram presentes no evento, desde o meu querido professor Domingos Loureiro, cuja obra e dedicação à Escola são extraordinárias e que fez a minha apresentação como se conseguisse ler o que me vai na alma em cada momento que dedico à pintura, aos proprietários da Escola Utopia, Teresa e Zé Vieira, que me incentivaram a entrar para este meio tão especial, à Adelaide e Pedro, almas da Vivacidade, cujo dinamismo é inesgotável, aos meus amigos da Escola e de fora dela, and last but not the least, aos meus filhos e netos, cuja presença e actuação musical me comoveram muitíssimo.

Vale a pena chegar à minha idade e usufruir de momentos como estes. OBRIGADA!

Vão aqui algumas fotos que a Vivacidade publicou no seu blogue e já se podem ver no site próprio.

Desta vez não tirei fotos nenhumas. Ficariam, certamente, embaciadas de emoção.