domingo, 6 de maio de 2012

Dia da Mãe na Invicta


As Mães são muitas vezes o centro e o baluarte da família.
Eram-no, sobretudo, no tempo em que os Pais, cabeças de casal tinham por missão sair de casa,   ganhar dinheiro, assumir uma posição e status que permitisse à família uma qualidade de vida condigna, a educação dos filhos e uma harmonia muitas vezes fictícia. As Mães viviam na sombra, mas eram elas que faziam girar a roda da família, sacrificando-se muitas vezes para bem dos filhos e mantendo-se fiéis aos princípios da maternidade e da conjugalidade, como se outra alternativa não houvera.

Quando casei, não o fiz pela Igreja para grande frustração do meu Pai. Era a primeira filha a dar um grito de de independência, eu que tinha sido sempre tão crente, tão fiel aos princípios, tão activista.
O meu futuro marido não queria casar pela Igreja e eu submeti-me à vontade dele. Nunca me arrependi muito disso, embora como todas as mulheres, sonhasse com uma entrada e saída down the aisle em beleza.

Esse sonho não era tão importante como o meu amor por ele e sobretudo, a minha submissão à sua vontade.


O meu filho mais velho, em contrapartida, fez tudo aquilo que eu quereria ter feito. O seu casamento na Igreja da Lapa foi das cerimónias mais belas a que assisti, com o Coro da Sé a cantar a Missa de Mozart , um organista alemão amigo dele a tocar o belo órgão da igreja e ainda om leituras escolhidas e lidas por familiares.
Um dia belo, lindo e sobretudo, muito feliz.

Hoje, este meu filho achou que tinha de  festejar o Dia da Mãe, levando-me e aos filhos a Gaia para almoçar no restaurante indiano, onde eu não ia há mais de um ano.

Soube-me bem, sobretudo pela refeição, a calma e a bela vista que dai se alcança. Os meninos portaram-se bem, comendo aquilo que gostam mais, os papadoms , o Nan e o Chicken Tikka Masala, que não pica tanto. Os meus dois filhos estavam ali comigo. Foi bonito.

Aproveitei para tirar fotos daquelas que toda a gente tira a esta bela cidade, que, nestes dias nublados parece ganhar ainda mais esplendor granítico, a sua skyline recortando-se em torres e torrinhas sobre o tal casario de que fala o nosso" Rui Veloso.



Aqui fica a canção que nunca cansa: