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quinta-feira, 3 de junho de 2010

O dia mais longo



Hoje não é o 6 de Junho, mas para mim foi um dos mais longos dos últimos tempos.
Levantei-me as 6.30 para apanhar o comboio das 7.50 e estar em Lsboa as 10.30. Fui a ouvir música clássica e acho que adormeci pois não dei pelas estações de Coimbra, nem de Santarém....cheguei bastante fresca e capaz de suportar o calor e o barulho lisboeta.
A cidade é barulhenta a começar pela estação do Oriente, que contrasta com as maravilhosas estações por onde andei em Inglaterra, onde, apesar da gente, dos comboios e do bulício, havia uma calma e organização que aqui deixam a desejar. Já várias vezes o disse aqui: como querem os lisboetas rivalizar com grandes cidades modernas, quando têm uma estação, que por muito Calatrava que seja é um bidon cheio de gente, betão mais betão, não se sabe onde ficam os WCs, o multibanco, os taxis, as salas de espera, empregados mal humorados, comida reaquecida, enfim....dizem que é a melhor cidade para os turistas...será, mas não é certamente para os portugas.
Por coincidência apanhei o mesmo taxi para a clínica e dela para a estação às 6. O condutor reconheceu-me e disse: A senhora dizia que ia aqui ficar quatro horas e afinal ficou quase sete!!! Achei graça ao homem.
O tratamento foi doloroso e demorado, não pude sair de lá, embora descansasse pelo meio numa bela poltrona com TV a frente, que dispensei, e me dessem almoço grátis.
Para cá é que foi o bom e o bonito. Cheguei à bilheteira e já não havia bilhetes para o comboio das 6, porque 200 meninos ( pelo menos) tinham vindo comemorar o Dia seguinte ao Dia de Criança e ocupavam todos os lugares.
Só arranjei bilhete no IC das 19.38 que chegou já com 15m de atraso. Na estação, uma barulheira infernal, mas ainda consegui telefonar ao meu ex- e desabafar com ele as minhas críticas de lisboeta contra Lisboa.

NAO, nunca voltaria para lá....desculpem-me os que dela gostam, é uma cidade inóspita para quem é de fora, como eu!!!

Vim a admirar o pôr do sol nas campinas do Ribatejo, um fim de tarde suave e belo, ouvindo música country, Beethoven ( a Pastoral, tinha de ser), música brasileira e sul americana e por fim hits dos anos 60. Uma beleza. Tirei estas fotos do comboio...cheguei a casa as 11.30!!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Estações de caminho de ferro



Há estações muito bonitas em Portugal e até encontrei livros sobre elas.Estações aqui no Norte com azulejos e traça portuguesa encantam-me , mesmo quando modernizadas. Também as há feias como a de Coimbra, onde muitas vezes tive de esperar o comboio à chuva.

Em Inglaterra as estações são anitigas, mas têm sempre umas salas e restaurantes confortáveis, onde se pode tomar um chocolate quente e comer umas sande ou cookies. Os ingleses sentem quase um respeito intimo pela herança dos caminhos de ferro, que tentam a todo o custo preservar. Tirei algumas fotos a várias estações e ao aeroporto para a minha colecção.







Claraboia do aeroporto de Stansted

domingo, 11 de outubro de 2009

Englischer Garten - Munique




O Outono este ano parece não querer chegar. Choveu bastante na semana que finda, mas há dois dias que o sol teimou em reinstalar-se e acordou esplendoroso , como se de Verão se tratasse.
Lembro-me que, na Alemanha, por esta altura, costumava visitar o meu filho e família em Munique e o meu deleite era andar a pé no Englischer Garten - o maior parque de cidade da Europa, kms e kms de árvores, caminhos, riachos, que gelam no inverno, cascatas, miradouros, restaurantes ao ar livre e até um anfiteatro , onde no mês de Julho se representam peças pelo famoso Münchener Sommertheater, do qual o meu filho João fez parte durante quatro anos ou mais.Não se pagava entrada, as pessoas iam pelas 7, sentavam-se nos degraus do anfiteatro, abriam as cestas e todos se irmanavam num piquenique gigantesco recheado de iguarias, vinho, bolinhos de bacalhau, presunto, etc. Quando o sol se punha, começava o teatro e após escurecer totalmente, no primeiro intervalo, os espectadores compravam um balão ( tipo S. João) com vela dentro, que ficava aceso até ao fim do espectáculo , enterrado na relva.



Tartuffe de Moliére

É um local paradisíaco em todas as estações do ano, no inverno com a neve e as árvores despidas, fica frio e belo mas um pouco tristonho, sobretudo porque anoitece pelas 3 horas e não se vê quase ninguém. No Verão, pelo contrário, as bicicletas, trotis, bébés e crianças enxameiam as áleas, buzinando alegremente e chilreando como os passarinhos. Lembro-me que quando ia sozinha passear, levava o meu discman - ainda não havia IPods - e deitava-me na relva a olhar para o céu e a ouvir a música - sentia-me num local privilegiado onde só os eleitos têm assento....mas os eleitos eram muitos a picnicar, a dormir, a jogar ao disco, a namoriscar, a estudar e sobretudo a apreciar um dos locais mais belos da sua linda cidade.





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