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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Fim de semana familiar

Fui a Lisboa neste fim de semana. Era a festa da família alargada e encontrámo-nos na Messe dos Altos Estudos Militares, onde moram uns dez pavões civilizados, perto da casa das minhas irmãs e da antiga da minha Mãe. Não gosto muito de lá voltar e recordar os vinte anos, que lá vivi, dos 5 aos 25, precisamente. Tenho muito boas e más recordações daquela zona, lembro-me das intermináveis viagens até ao liceu e depois à FLUL. Lisboa, a linda capital - sobretudo à noite - que nos suga grande parte do PIB para as suas fantasias, esquecendo o resto do país, que só respira para trabalhar. Mas que é linda, é.
A família reuniu-se mais uma vez e é espantoso verificar a harmonia que existe entre as 2ª e 3ª gerações, que brincam, riem, falam, sem qualquer espécie de ciumeira, nem disputa de carinhos. Mal se conhecem entre si, mas dão um belo exemplo aos avós e tios, que por vezes, fazem lembrar as personagens do Woody Allen, aparentemente muito amigos, mas com alguns "traumas" da infância ou adolescência em famílias numerosas. Enfim, todas as famílias felizes são iguais, alguém dizia.O almoço não foi grande coisa, na minha opinião de nortenha inveterada, mas o ambiente excelente, ainda que não nos deixassem tocar instrumentos musicais. Também não haveria tempo para isso.
Voltei à Portugália, à noite, com os meus dois filhos, a comer um bife com molho, mas desiludiu-me, é igual ao do Porto, já sem a mágica de outrora. A sala é que continua igual, com plasmas a dar futebol em todos os cantos. Felizmente era o FCP e ganhou por 4-1:)). O hotel Holiday Inn onde dormi no sábado é excelente e tem uma óptima localização, recomendo, se forem a Lx.
Recebi muitas prendas giras e como todas as crianças, ainda aprecio a cerimónia de desembrulhar e ver o que é. Agora os sobrinhos tb dão aos tios, de modo que se recebem uma quantidade de pequenas preciosidades. Gostei, em especial, dum livro de aguarelas de Gunter Grass que o meu irmão mais novo me ofereceu. É lindo e muito inspirador. Recebi muitos livros, o que é bom. Também ofereci objectos feitos por mim, quadrinhos com paisagem de mar e caixinhas de lenços pintadas em acrílico.

À vinda, no comboio, senti uma paz imensa, estava uma tarde lindissima, com as cheias a brilhar ao sol, o país parecia um enorme lago iluminado. Vim em duas horas e meia a pensar como é bom regressar a casa depois duma experiência curta na capital. A cidade continua bonita, os bairros chiques, a luz especial, mas tudo me parece tão distante , como se tivesse sido noutra encarnação que lá estive e vivi uma outra vida completamente diferente daquela que hoje tenho. É bom manter raízes, mas ainda melhor, sermos independentes e escolhermos por nós aquilo que queremos.

domingo, 5 de dezembro de 2010

De Goa para Lisboa...aos 14 anos



Faz hoje trinta anos que o meu Pai faleceu. Depois de um AVC em Junho, em que ficou incapacitado parcialmente, os seis meses que se seguiram foram penosos para a família, que o vira sempre tão dinâmico, esperançoso, feliz com os seus numerosos netos, que já eram 13 ao todo ( hoje são 21). Na altura já eu vivia no Porto e tinha tido o meu filho mais novo tres semanas antes. Nunca chegou a conhece-lo.



O meu Pai foi único, não digo no sentido melhor ou pior, mas pessoas como ele não existem muitas. Nasceu em Goa. Aos 14 anos, seus pais, meus Avós, enviaram-no para Lisboa, num navio a cargo do capitão, para estudar na capital do Império, que ficava a um mês de distância. Era o filho mais velho de oito irmãos, inteligente, deveria preparar-se melhor para uma carreira futura. O seu tio Padre o acolheria e ajudaria a formar-se. Depois de terminado o curso voltaria para Goa.

Aos 21 anos o meu Pai terminou o curso de Medicina e foi convidado para Assistente do Professor Castro Freire, pediatra, a título gracioso. Trabalhou então em policlínicas para se sustentar. Aos 28 casou com a minha Mãe e só voltou a Goa em visita 35 anos depois de ter chegado. A vida de médico pediatra e de professor, a família numerosa, e talvez um certo receio de regressar às origens, fizeram com que se enraizasse em Lisboa para sempre. Mas, nem o meu Pai, nem a minha Mãe, também ela filha de um goês, eram tipicamente portugueses, tinham um espírito aberto, internacional, que nos abriu horizontes muito para lá do pequeno país onde vivemos. Frequentámos um colégio inglês o que ainda aumentou mais a nossa "internacionalização".
Admiro muito o meu Pai, embora sempre lhe visse alguns defeitos, que na altura não compreendia, mas agora percebo claramente. A sua exigência, uma certa dificuldade em ceder, intransigência e reserva eram apenas uma capa, no fundo preocupava-se connosco e emocionava-se com os nossos sucessos. Ensinou-me muito a nível de apreciação da música, da arte, da natureza e dos valores familiares. Foi um exemplo como Homem, Marido e Pai.
Faleceu cedo demais. Tinha 68 anos. Poderia ter gozado mais trinta anos, reformado, com os netos e bisnetos, fazendo as suas viagens com a minha Mãe que ele adorava.
Estive cinco anos fora de tudo, na província e vi-o menos do que gostaria. Mas mesmo assim, nunca esquecerei a última vez que o vi aqui no Porto, à porta da casa da minha sogra, com a sua gabardine beige, ansioso por me ver, com duas prendinhas para os meus filhos mais velhos. Vinha para um congresso e no hotel, mostrou-me, orgulhoso, os slides que fizera para a sessão, desejei-lhe boa sorte. Nunca mais o vi assim.

Eis aqui a homenagem modesta que lhe que posso fazer aqui no meu blogue, Pai.
Como diz o seu filho mais novo, os Pais devem estar algures na Eternidade, a olhar para os vossos 21 netos e trinta bisnetos, com um sorriso de felicidade.
Até sempre!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

De novo em viagem a Lisboa ( com F. Pessoa como epílogo)

Muito curta....só à capital e mesmo ao coração da dita.

O meu filho vai mudar de casa e a nova morada fica na Mouraria, terra do Fado nas Escadinhas da Achada. O nome diz tudo. Nunca vi tantas escadinhas na vida. Não pude tirar fotos porque chovia, estas são do google, mas voltarei lá mais vezes.
A casa dele é um T0, num beco com vista para o Largo do Caldas. Um candeeiro típico de Lisboa em forma de lanterna ilumina-lhe a cozinha à noite, quase não é preciso acender a luz. Tudo muito típico, mas frio...:)), sem aquecimento, com um esquentador diabólico ( Já me tinha esquecido destes hábitos lisboetas, mil vezes o cilindro do Porto!!
Como ele tinha exame amanhã, vim à noite no comboio das 8. A viagem foi linda, para lá e para cá, sempre a ouvir música e sossegada. Adoro viajar de comboio, sinto-me leve, independente, só, no bom sentido. Não preciso de companhia para viajar, adorava fazer uma viagem grande sozinha...um dia.

Tirei algumas fotos no caminho.

Portugal depois da chuva é mesmo lindo...os campos competem com os que vejo em Inglaterra, que neste momento devem estar brancos de neve. A minha filha diz que tem nevado todos os dias em Leeds e ela está feliz. Do quarto dela vê-se tudo coberto. Daqui a 15 dias estarei lá. Viajar agora é comigo.

E dado que ontem se celebraram os 75 anos da morte de FERNANDO PESSOA, fica aqui um poema a Lisboa do seu heterónimo, ÁLVARO DE CAMPOS:

Lisboa

Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores,
Lisboa com suas casas
De várias cores...
À força de diferente, isto é monótono.
Como à força de sentir, fico só a pensar.

Se, de noite, deitado mas desperto,
Na lucidez inútil de não poder dormir,
Quero imaginar qualquer coisa
E surge sempre outra (porque há sono,
E, porque há sono, um bocado de sonho),
Quero alongar a vista com que imagino
Por grandes palmares fantásticos,
Mas não vejo mais,
Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras,
Que Lisboa com suas casas
De várias cores.

Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa.
A força de monótono, é diferente.
E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo.

Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo,
Lisboa com suas casas
De várias cores.


Álvaro de Campos, in "Poemas"

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Lisboa é linda


Hoje andei a descobrir Lisboa, não por turismo, mas porque o meu filho vai para lá viver em Setembro e andamos a procura de apartamentos. É deprimente verificar que um T3 aqui se arrenda por 700 euros e que lá um T1 antigo, numas águas furtadas com umas escadas indescritíveis custa 500!! Como sobreviver com 900 Euros que é o ordenado de noviço da Magistratura?

De qualquer modo, aproveitei para conhecer a zona do Largo da Graça, onde vimos uma das possibilidades.O bairro da Graça e da até ao Largo do Limoeiro onde fica o CEJ - Centro de Estudos Judiciários - é um nunca acabar de ruelas, escadinhas, calçadas, becos, chafarizes,miradouros, brasões, azulejos,etc.
Um autêntico museu a céu aberto.


No miradouro de Santa Luzia, a vista é impar, num dia como hoje, tudo resplandece e o rio parece um lago enorme. Os turistas apinham-se nas esplanadas, mesmo debaixo dum sol abrasador.

Li que o Limoeiro, onde funciona o CEJ, antes de ser uma prisão de mulheres no Estado Novo, era Paço real e aí viveu a célebre Leonor de Teles; foi duma dessas janelas que defenestraram o não menos célebre Conde de Andeiro, que andava a fazer-se ao trono de Portugal no tempo de D. Fernando. Histórias escabrosas que aprendíamos na antiga 4ª classe. O Largo do Limoeiro chama-se assim porque existe ali um limoeiro secular com raízes enormes , uma autentica escultura, que, infelizmente não fotografei ao perto, mas que se vê numa das fotos que tirei do miradouro.

Vim de Lisboa extenuada, o meu joelho latejava violentamente, mas foi uma tarde diferente e deu para provar como a minha cidade berço tem quarteirões pitorescos e bonitos, cheios de turistas, eléctricos a abarrotar e casas a preço proibitivo!!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A Capital e a Invicta


Lisboa - vista do rio
Ontem chorei em Lisboa....a cidade da minha infância e juventude, a capital dos meus sonhos de adolescente, o lugar onde fui educada debaixo da protecção solar e estrelar dos meus pais e irmãos, privilegiada desde que nasci até que parti.
Nunca mais voltarei para esse lugar "estranho", onde me sinto agora lost in translation. Mixed feelings quando nela penso, doi-me ver escorrer tanto dinheiro para uma cidade que segundo os michelins deste mundo já tem tudo o que é preciso e ainda quer mais. A minha cidade-berço é preguiçosa, presunçosa e ambiciosa até dizer basta.
Ler uma Mª João Seixas afirmar com a sua soberba inata que o Porto não necessita duma Cinemateca - quem é que ela pensa que é? - ou que os comboios chegam e sobram ( vê-se...), que os portuenses têm complexos - chamar-lhe-ia raiva contida - porque são incapazes de atrair os turistas, blablabla enche-me de revolta.

Quando namorava o meu marido, a minha sogra dizia-me muitas vezes sem grande jeito: "Lisboa é grande demais, não gosto da Baixa lisboeta, as lojas são todas muito dispersas, uma pessoa perde-se. Gosto muito mais da Baixa do Porto, onde tudo é mais aconchegado e as lojas têm tudo o que há de melhor, assim houvesse dinheiro para gastar....:). E depois, o rio de Lisboa ´é tão largo, não é espelhado, não dá curvas, nem é azul, como o Douro, a vista quando se chega de comboio ao Porto ( pela D. Maria...) é lindíssima, a de Lisboa, mesmo a da ponte, não se compara, é tudo feio junto à estação de S. Apolónia.Não gosto mesmo nada dessa cidade."Ela tinha as suas razões de queixa.

Irritavam-me aquelas observações ainda por cima ditas em sotaque tripeiro....mas são em parte verdadeiras. Basta mudar...de cidade e de vida.


Monumento aos pescadores, vulgo Anémona - Matosinhos

Ainda me lembro duma conversa que tive com o meu marido-to-be no PACO, um restaurante junto à Gulbenkian, em que fiquei furiosa de ele dizer que os portuenses trabalhavam a sério e os lisboetas só corriam dum lado para o outro todo o dia , queixando-se nos cafés da lufa-lufa da sua vida complicada. Achei a ofensa máxima e perdi o apetite....mas realmente quando penso na minha vida em Lx - verifico que 2/3 da minha adolescência foi passada em autocarros a percorrer a cidade...autocarros onde até fazia tricot para entreter o tempo e aguentar as viagens até ao Restelo ou à faculdade e liceu. Poderia ter tido uma média bem superior na FLUP ( só tive 15) se não perdesse metade do tempo nos transportes e se me dessem tempo para estudar mais e melhor.
A rua onde morei durante vinte anos - 1951-1971

Depois deste fim de semana, em que passeei no Porto como uma turista com os meus amigos woophians, mais uma vez tive a certeza de que esta é a melhor cidade do pais para se viver.
Bom sucesso no coração do Porto
A rua António Cardoso, aqui junto à do Campo Alegre, onde vivo - é mais bonita que todas as ruas do Restelo onde vivi, cheia de árvores centenárias e com um jardim histórico a 5m a pé de minha casa. Em dez minutos estou junto ao Oceano Atlântico
a cheirar a maresia e a ver as regatas a sublinhar o horizonte. As gaivotas trazem-me todos os dias novas do estado do tempo , pousando no candeeiro aqui junto à minha varanda. Os meus netos vivem aqui pertinho, tem o colégio alemão para onde vão a pé; e, se quiser respirar ar puro, posso voar para o Parque da Cidade onde espraio a minha vista até ao mar. Que posso querer mais?

Todas as fotos foram tiradas por mim este ano. As fotos de Lx são do Google!! Clicar!

O dia mais longo



Hoje não é o 6 de Junho, mas para mim foi um dos mais longos dos últimos tempos.
Levantei-me as 6.30 para apanhar o comboio das 7.50 e estar em Lsboa as 10.30. Fui a ouvir música clássica e acho que adormeci pois não dei pelas estações de Coimbra, nem de Santarém....cheguei bastante fresca e capaz de suportar o calor e o barulho lisboeta.
A cidade é barulhenta a começar pela estação do Oriente, que contrasta com as maravilhosas estações por onde andei em Inglaterra, onde, apesar da gente, dos comboios e do bulício, havia uma calma e organização que aqui deixam a desejar. Já várias vezes o disse aqui: como querem os lisboetas rivalizar com grandes cidades modernas, quando têm uma estação, que por muito Calatrava que seja é um bidon cheio de gente, betão mais betão, não se sabe onde ficam os WCs, o multibanco, os taxis, as salas de espera, empregados mal humorados, comida reaquecida, enfim....dizem que é a melhor cidade para os turistas...será, mas não é certamente para os portugas.
Por coincidência apanhei o mesmo taxi para a clínica e dela para a estação às 6. O condutor reconheceu-me e disse: A senhora dizia que ia aqui ficar quatro horas e afinal ficou quase sete!!! Achei graça ao homem.
O tratamento foi doloroso e demorado, não pude sair de lá, embora descansasse pelo meio numa bela poltrona com TV a frente, que dispensei, e me dessem almoço grátis.
Para cá é que foi o bom e o bonito. Cheguei à bilheteira e já não havia bilhetes para o comboio das 6, porque 200 meninos ( pelo menos) tinham vindo comemorar o Dia seguinte ao Dia de Criança e ocupavam todos os lugares.
Só arranjei bilhete no IC das 19.38 que chegou já com 15m de atraso. Na estação, uma barulheira infernal, mas ainda consegui telefonar ao meu ex- e desabafar com ele as minhas críticas de lisboeta contra Lisboa.

NAO, nunca voltaria para lá....desculpem-me os que dela gostam, é uma cidade inóspita para quem é de fora, como eu!!!

Vim a admirar o pôr do sol nas campinas do Ribatejo, um fim de tarde suave e belo, ouvindo música country, Beethoven ( a Pastoral, tinha de ser), música brasileira e sul americana e por fim hits dos anos 60. Uma beleza. Tirei estas fotos do comboio...cheguei a casa as 11.30!!

sábado, 24 de outubro de 2009

Lisboa - ida e volta



Hoje fui a Lisboa e voltei horas depois.

Cheguei lá às 12.30 e tencionava voltar pelas 17 horas, mas quando cheguei à estação depois duma correria de taxi, a fila era enorme e ouvi dizer que já não havia bilhetes para o comboio das 5. Mesmo assim continuei na porfia de arranjar um bilhete dda classe "conforto", mas o homem do guichet disse-me com ar enfadado: Minha senhora, quando se diz esgotado é porque não há lugares de espécie nenhuma. " OK, respondi eu , então dê-me um bilhete para o das 18." O homem ficou fulo: Também não há, estão todos esgotados." Fiquei em pânico , a pensar, como é que vou para o Porto agora.
Não me apetecia dormir em Lisboa. Ainda por cima tinha bilhetes para um concerto da Casa da Música que começava às 9 e em que uma pianista ia tocar um dos mais maravilhosos concertos de Mozart - K 466 ( o do Amadeus, que acompanha o seu enterro no cemitério austríaco, uma das cenas mais tristes que já vi em cinema).
Depois de muito pensar o homem voltou a falar: Há um combóio de reforço às 19.9. Se quiser, pode ir ainda hoje para o Porto. Disse-lhe logo que sim e comprei um bilhete da classe conforto de 39 euros (safa!) pois o resto estava cheio. Mas pensei: Adeus concerto!....

Durante duas horas deambulei na estação e no shopping Vasco da Gama. Podia ter ido ao Parque Expo, mas o tempo estava de chuva e não me apetecia andar a passear depois da consulta de uma hora a que me tinha submetido na clínica dentária. Estava cansada, desmoralizada e com vontade de chegar a casa.
Na estação dei com uma feira do livro muito gira e detive-me a ver livros e mais livros ao preço da chuva. É uma feira permanente. Grande ideia.
Como tinha a minha máquina fotográfica comigo, resolvi tirar fotos à estação, desta vez vista do lado do rio. Depois tirei outras dentro da estação, já com as luzes todas acesas. É interessante e menos fria do que durante o dia em que o betão parece querer cair sobre as nossas cabeças. Os passageiros parecem formigas a correr dum lado para o outro. E eu com todo o tempo do mundo.




Quando me meti no comboio, pus os auriculares nos ouvidos e até ao Porto ouvi música de toda a espécie. Comecei por Bach, depois Purcell, mudei para a Beth Gibbons, depois Dario Marianelli ( soudtrack do filme Atonement, um dos mais belos filmes que vi há dois anos), acabei no Mamma Mia para ver se espevitava. Talvez tenha dormitado pelo meio.
A viagem pareceu-me curta, apetecia-me ouvir mais música....:))

Quando cheguei a casa, fui informada pelo meu filho mais novo de que o meu neto de 6 anos tinha ido ao concerto com o meu bilhete e milagre dos milagres , tinha aguentado a Abertura Guilherme Tell, o concerto de Mozart e uma Sinfonia de Shostakovitch sem adormecer ( ele que se levantou ás 7 horas). Grande neto! E grande Mozart!

Aqui vão duas partes do concerto maravilhoso que eu perdi e o meu neto ganhou.
Maestro e pianista são dois em um... o famoso Gulda.





Não deixem de o ouvir porque é comovente e toca-nos profundamente.
Cliquem nas fotos que vale a pena.