Havia uma canção assim nos anos 60, muito suave e bonita.
O quadro que fiz ontem traduz essa sensação: beleza táctil, jogo de azuis e verdes, sugestão floral. É repousante.
Mais um poema de Sophia:, que traduz os sentimentos expressos nesta pintura.
Quando brilhou a aurora,
dissolveram-se
Entre a luz as florestas encantadas,
Arvoredos azuis e sombras verdes,
Como os astros da noite embranqueceram
Através da verdade da manhã.
E encontrei um país de areia e sol,
Plano, deserto, nu e sem caminhos,
Aí, ante a manhã, quebrado o encanto,
Não fui sol nem céu nem areal,
Fui só o meu olhar e o meu desejo,
Tinha a alma a cantar e os membros leves
E ouvia no silêncio os meus passos.
Caminhei na manhã eternamente.
O sol encheu o céu, foi meio-dia,
Branco, a pique, sobre as coisas mortas,
Mais adiante encontrei a tarde líquida,
A tarde leve, cheia de distâncias,
Escorrendo de céus azuis e fundos
Onde as nuvens se vão pra outros mundos.
Um ponto apareceu no horizonte,
Verde nos areais, como um sinal.
Era um lago entre calmos arvoredos.
Não bebi a sua água nem beijei
O homem que dormia junto às margens
E ao encontro da noite caminhei.
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
O doce fluir do tempo
É espantoso como nos habituamos ao tempo das férias, que é tão diferente do ritmo normal da vida. Aqui tudo é lento, tudo é sussurrado, os ruídos são outros, neste momento com a janela aberta
Hoje entretive-me a tomar banho de mar na passagem
Não se ouve música aqui na Casa, a não ser às refeições, piano ao vivo, tipo Richard Clayderman, mas só jantámos cá no primeiro dia, temos variado todos os dias.
O tempo flui ao nosso gosto, não há qualquer pressão, tudo é belo e calmo. Pergunto-me se não tenho sorte demais...companhia maravilhosa que são estes dois meus filhos, nada de discussões, harmonia perfeita...logo vamos ao Jardim Botânico, depois ao teleférico. Por fim veremos o jogo do FCP-Genf na TV minuscula dos nossos quartos, comendo uns amendoins ou chocolate....é isto a que chamo férias, mesmo que seja só por seis dias, é eterno.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Guaches
Hoje esteve cá uma irmã minha que vive em Lisboa. Tinha visto os meus quadros na expo do ESCA - onde ela tem o seu consultório de pediatria - e não se tinha mostrado muito interessada, aparentemente, pelos quadros. Explicou-me que os achava demasiado grandes e, penso eu, um pouco escuros.
Hoje mostrei-lhe uma panóplia de pinturas que tenho feito desde o início da actividade. Estão guardados numa pasta e são mais de 40.
Ela simpatizou muito com os guaches e escolheu dois. Também gosto deles. São mais suaves do que os acrílicos, embora não tenham brilho. Fiz alguns em dada altura e depois deixei de fazer, mas vou retomar.
Eis os guaches que ela escolheu:


É sempre encorajante ver o interesse que as nossas obras despertam nos outros. Além do mais, é o que mais gosto: oferecer aquilo que fiz com entusiasmo e emoção.
Hoje mostrei-lhe uma panóplia de pinturas que tenho feito desde o início da actividade. Estão guardados numa pasta e são mais de 40.
Ela simpatizou muito com os guaches e escolheu dois. Também gosto deles. São mais suaves do que os acrílicos, embora não tenham brilho. Fiz alguns em dada altura e depois deixei de fazer, mas vou retomar.
Eis os guaches que ela escolheu:


É sempre encorajante ver o interesse que as nossas obras despertam nos outros. Além do mais, é o que mais gosto: oferecer aquilo que fiz com entusiasmo e emoção.
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