terça-feira, 12 de abril de 2011

Nostalgia




Fiz este quadro na última semana. É em madeira bem grossa e quase que se aguenta em pé sem moldura. Cobri-o de gesso , marcando algumas formas, não muito salientes; pintei-o de azul prussiano, que é uma boa base para outros tons tão belos quanto variados. Depois usei verde mar - comprado no chinês, onde têm tons diferentes dos tradicionais - e misturei com branco e água, muita água. Deixei que os azuis e verdes se misturassem livremente, sem grande interferência minha. Hoje apliquei um pouco de branco que deixei escorrer por cima do azul mais escuro, formado uns desenhos.
A madeira é interessante pois as cores ficam mais firmes e a textura magnífica.
Gosto dele assim, ainda sem verniz. Tem um não sei quê de onírico, transporta-me para o tal sonho que é tela , cor e pincel, de que falava a Regina na minha expo, citando Gedeão. Chamei-lhe Nostalgia porque tem sido o meu estado de alma nos últimos dias.

Fica aqui um excerto de Bach a acompanhar. Toca o famoso Glenn Gould com uma leveza que encanta.