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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Céu infinitamente azul

Já me traz um pouco de inquietação, abrir a janela todos os dias e deparar-me com o céu imenso, azul, sem manchas, sem núvens, quase imóvel e estático.

Seja na frente da casa, seja na parte detrás já há indícios da Primavera, as árvores já têm mais folhas, as flores começam a surgir e o inverno parece ter-se ido, sem nunca ter vindo a sério.
Tem estado muito frio, mas os dias são tão quentes, o sol tão benevolente que nos esquecemos da friagem que nos assola a partir das seis da tarde. Em casa está-se bem com aquecimento ou lareira e há um sorriso nos turistas que nos visitam, como se quase não acreditassem no que estão a ver.


Aqui anoitece duas horas mais tarde do que em Inglaterra, quando falo com a minha filha no skype, lá já está escuro e vêem-se as luzinhas da janela do quarto dela ao longe. Aqui ainda a luz dourada desce sobre a Casa Andresen, transformando as vidraças em lingotes de ouro que a pouco e pouco se apagam.

Onde irá acabar esta espécie de paraíso? Receio que daqui a pouco já se fale em barragens sem água, electricidade importada, agricultura queimada pela geada, seca no Alentejo e no Algarve.

O Carnaval vai ser rijo segundo dizem as revistas cor de rosa.É-me absolutamente indiferente, não gosto desta época do ano, nunca gostei da folia forçada e tenho uma certa relutância em solidarizar-me com os mascarados e corsos, como o Sr. Scroodge detesta o Natal. Humbug! diz ele. Eu penso o mesmo: Que tolos!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Rain

Hoje está um dia lindo, cheio de sol...calor de verão.
Fui à Ramada Alta ao apartamento do meu filho para levar coisas essenciais e buscar alguma roupa à lavandaria. Encontrei três colegas da escola e fiquei muito contente porque parecia que não nos víamos desde ontem! E já passaram três anos desde que saí dali.


Em casa, apeteceu-me pintar  e saiu algo que me sugere chuva, água, pingos, charcos, reflexos., vidro....é mesmo abstracto.


Chuva
Chuva, caindo tão mansa, 
Na paisagem do momento, 
Trazes mais esta lembrança 
De profundo isolamento. 


Chuva, caindo em silêncio 
Na tarde, sem claridade... 
A meu sonhar d'hoje, vence-o 
Uma infinita saudade. 


Chuva, caindo tão mansa, 
Em branda serenidade. 
Hoje minh'alma descansa. 
— Que perfeita intimidade!... 

Francisco Bugalho, in "Paisagem"

segunda-feira, 11 de julho de 2011

No reino dos azuis

Enquanto a minha filha cozinhava uma bela pasta de atum no WOK, sentei-me a fazer-lhe companhia e descobri uma telazinha, que em tempos tinha enchido de pastel de óleo só para experimentar o efeito. Ficou muito mal, o pastel não adere à tela e não faz efeito nenhum. Resolvi cobri-lo todo com acrilico duma cor azul esverdeada que comprei ontem e que é deslumbrante. Com branco comecei a desenhar formas sem muito nexo, nem intenção. Fiquei com um fundo que me lembrava o luar, um lago, algo de etéreo, mas faltava um foco central. Usei então a minha cor preferida - aquela que mais uso nas minhas pinturas, creio - o azul prussiano, para delinear uma árvore que atravessou o espaço, em poucas pinceladas. Fi-la com uma espátula, que acumula mais tinta e a espalha dum modo mais agressivo. Gostei do efeito. Aperfeiçoei o fundo, dando-lhe mais profundidade, e sobretudo , mais mistério.



Quando acabei, a pasta estava pronta e deliciosa. Foi a cereja no topo do bolo.

Lembrei-me agora duma canção que a minha filha colocou hoje no Facebook e que é cantada por uma das cantoras mais puras que conheço. Chama-se Loreena McKennitt. É canadiana e as as músicas são semore acompanhadas de instrumental exótico e harpa tocada pela própria, o que realça ainda mais a pureza da sua voz. A canção chama-se Greensleeves, é uma melodia tradicional de amor.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Azuis e verdes



São cores frias, aparentemente, mas talvez aquelas com que gosto mais de trabalhar. Já tinha feito este quadro há tempos, mas hoje retoquei-o, envernizei-o e ficou pronto. É em MDF grosso, pode-se pôr assim na parede sem necessidade de moldura. Esta existe apenas na foto. É um abstracto, sem nome.

E como há muito não coloco aqui nenhum poema, desta vez vai este:

HORIZONTE

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mysterio,
Abria em flor o Longe, e o Sul siderio
'Splendia sobre as naus da iniciação.


Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se approxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe, a abstracta linha.


O sonho é ver as formas invisíveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte-
Os beijos merecidos da Verdade.


FERNANDO PESSOA

terça-feira, 12 de abril de 2011

Nostalgia




Fiz este quadro na última semana. É em madeira bem grossa e quase que se aguenta em pé sem moldura. Cobri-o de gesso , marcando algumas formas, não muito salientes; pintei-o de azul prussiano, que é uma boa base para outros tons tão belos quanto variados. Depois usei verde mar - comprado no chinês, onde têm tons diferentes dos tradicionais - e misturei com branco e água, muita água. Deixei que os azuis e verdes se misturassem livremente, sem grande interferência minha. Hoje apliquei um pouco de branco que deixei escorrer por cima do azul mais escuro, formado uns desenhos.
A madeira é interessante pois as cores ficam mais firmes e a textura magnífica.
Gosto dele assim, ainda sem verniz. Tem um não sei quê de onírico, transporta-me para o tal sonho que é tela , cor e pincel, de que falava a Regina na minha expo, citando Gedeão. Chamei-lhe Nostalgia porque tem sido o meu estado de alma nos últimos dias.

Fica aqui um excerto de Bach a acompanhar. Toca o famoso Glenn Gould com uma leveza que encanta.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Floresta ao luar

Nestes dias fiz este quadro. Ao vivo é mais apelativo, aqui perdem-se um pouco as saliências, fica tudo no mesmo plano. O melhor será clicar na foto e ver em grande. Chamei-lhe floresta ao luar, pois dentro do abstracto há contornos de árvores, de um lago, da luz a entrar pelo lado esquerdo.
Foi feito em MDF e mede 35x40 cm.

Fica aqui um poema de Sophia de Mello Breyner a propósito:

Bebido o luar

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.


E já agora acrescento mais dois poemas enviados pelo meu irmão ( obrigada!) há minutos que parecem feitos para este quadro ou vice-versa...

Formas alvas dançam na escuridão em meus sonhos.
Por entre os galhos que rangem tristonhos
vem a luz da Lua visitar o chão
para ouvir as Árvores em sua noturna canção.

Que a noite, neste momento as reúna,
Que seus espíritos voem juntos no vento
e que seja infinito o tempo
enquanto não vem o dia,
que haja apenas a magia.

No cheiro das flores nesses ares,
Nos feixes de luz nua
Se sente o amor da Lua pelas Árvores,
Se sente o amor das Árvores pela Lua.


Filipe Torresi Rissetto


Entre o luar e o arvoredo,
Entre o desejo e não pensar
Meu ser secreto vai a medo
Entre o arvoredo e o luar.
Tudo é longínquo, tudo é enredo.
Tudo é não ter nem encontrar.

Entre o que a brisa traz e a hora,
Entre o que foi e o que a alma faz,
Meu ser oculto já não chora
Entre a hora e o que a brisa traz.
Tudo não foi, tudo se ignora.
Tudo em silêncio se desfaz.


Fernando Pessoa

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Uma pintura feminina

Ontem enveredei pelos rosas e lilazes.

Lembrei-me da minha Avó, a quem essas cores ficavam maravilhosamente, não só pela sua aparência física, como pela sua maneira de ser paciente, bela, doce, sempre sorridente e amistosa. Dedico-lhe esta pintura e a música que a acompanha.



sexta-feira, 11 de junho de 2010

Jacarandás de Lisboa


Pintura a pastel feita por mim em Maio de 2008

Hoje dediquei-me `a leitura de artigos sobre jacarandás e encontrei muitos blogs que deles falam,trazem fotografias e são belíssimos. Soube também que em Brooklyn há avenidas inteiras ladeadas por estas árvores maravilhosas.

Eis o perfil desta espécie arbórea ( edição brasileira):

Árvore de porte médio, que atinge cerca de 15 metros. De copa rala, arredondada a irregular, folhagem delicada, é uma árvore decídua a semi-decídua. Seu caule, 30 a 40 cm de diâmetro, é um pouco retorcido, com casca clara e lisa quando jovem, que gradativamente vai se tornando áspera e escura com a idade.
Suas folhas, que medem 40 cm de comprimento, são opostas e bipinadas, compostas por 25 a 30 pares de pequenos folíolos ovais delicados, de coloração verde-clara acinzentada, e se concentram na extremidade dos ramos.
No inverno, o jacarandá-mimoso perde suas folhas, que dão lugar às flores na primavera.
Suas flores são duráveis, perfumadas e grandes, de coloração azul ou arroxeada, em forma de trompete e arranjadas em inflorescências do tipo panícula. A floração se estende por toda a primavera e início do verão (de agosto a novembro).
Os frutos surgem no outono (maio a setembro), são lenhosos, deiscentes e contém numerosas e pequenas sementes.
O fruto é cápsula lenhosa, muito dura, oval, achatada, com numerosas sementes aladas.




Pintura feita hoje a pedido da minha sobrinha Catarina, que é apreciadora de árvores e não só :)).Esta é a nova versão, já depois de algumas sugestões feitas pela mesma, que eu acatei como pintora amadora que sou. Gosto mais desta versão, mais light.

E já agora uma quadra do meu irmão de que sempre gostei:

Em Lisboa abriu-se a alma verdadeira
E sentiu-se o que existe para lá
Da magia e da arte feiticeira
Lisboa explodiu jacarandás.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Juliette Binoche


Foi e é ainda uma das minhas actrizes de culto.

Um rosto único, uma expressão de beleza quase etérea, intérprete excelente nos mais variados papeis, vi-a praticamente em todos os filmes que passaram por cá.

Hoje fui à piscina com o meu neto mais velho, meu companheiro de proezas natatórias, cada vez mais lesto debaixo de água, no jogo do apanha com uma chinela à falta de bola :), fazer bolhinhas debaixo de água em uníssono, cambalhotas da borda da piscina, mergulhos de cabeça ( que a Avó já não pode executar), pérolas no fundo do mar,o primeiro a tomar o chuveiro é Rei, etc.
Foi uma tarde em beleza, como muitas que já passei com ele, desde que comecei a frequentar a piscina do Ipanema Park - onde ele não paga nada até aos 10 anos.Ensinei-o a nadar e ele foi um aluno exímio.

Qual a semelhança entre esta ida à piscina e Juliette? Uma: a piscina, a cor azul, o silêncio debaixo de água, a paz que se encontra lá dentro...

(in designika net)

No filme AZUL, decerto um dos mais conhecidos da Trilogia Cores de Kieslowski, Juliette representa uma mulher que perde o marido, compositor, num desastre de automóvel e que passa por um sofrimento indescritível até conseguir a redenção pela obra musical, que ela própria consegue acabar e levar até ao palco da sala de concertos, o Hino à Europa.
No filme Julie vai para uma piscina à noite e mergulha várias vezes para conseguir afastar os seus fantasmas. Só se vê o azul da água e a sua figura tal sereia, emergindo e submergindo da água.

Juliette acabou de ganhar o Prémio para a melhor Actriz no Festival de Cannes. O seu agradecimento ao Juri constituiu num apelo ao governo do Irão para libertar um realizador iraniano, preso político, acusado de realizar filmes contra o regime. O realizador foi libertado ontem, segundo os media. Vivam Juliette e mulheres como ela. Únicas em beleza e em atitudes.

Vai aqui um trailer deste maravilhoso filme : BLEU.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Verde e azul



São cores extremamente expressivas. Há quem lhes chame cores frias por oposição ao vermelho, amarelo ou laranja, cores quentes. Associo estas duas cores a cenários maravilhosos como os campos verdejantes da Irlanda ou dos Açores, ao mar revolto da Foz, ao céu em dias cálidos de verão ou ao conceito e sentimento de esperança. Gosto de azul, é a minha cor preferida em termos de roupa, Também é a cor do meu clube, mas isso não é muito importante..:)

Resolvi fazer quatro quadrinhos em tons de azul e verde. são muitos tons diferentes e branco suave aqui e ali.

Ao fotografá-los, lembrei-me de que há anos assisti a um concerto memorável duma banda celta em Londres. Chamava-se Battlefield Band, era escocesa, cantaram, tocaram e encantaram. Uma das canções que me ficou na memória foi esta " The Green and the Blue", que curiosamente encontrei no youtube e aqui fica.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Underwater

Apesar de ontem ser o primeiro dia de Primavera e de estar um dia glorioso, quente e sem nuvens, deu-me para ficar em casa toda a tarde. Tinha vontade de fazer bolos - fiz uma tarte de leite condensado que os meus filhos adoram - de estar sossegada a ler as cartas de Van Gogh a seu irmão, olhar para as suas telas todas tão apelativas e sensuais. Estive sozinha umas três horas.
Subitamente deu-me vontade de pintar. Fui buscar uma tela grande, pu-la em cima da mesa da cozinha e cobri-a de verde misturado com azul, em degradés mais escuros , mais claros. Foi assim que começou. Depois usei vermelho vivo misturado com amarelo e rosa, de modo a obter uma cor viva salmão e derramei por cima do verde que já tinha secado, com uma palhinha expeli tinta para mais longe de modo a formar desenhos exoticos e com dois pinceis fiz umas algas fininhas e transparentes que se atravessavam pelo mar adentro. Mais tarde acrescentei mais uma mistura, desta feita com amarelo e ocre, de modo a ficar espesso e derramei no canto, formando pingas que salpiquei pelo quadro todo, como tinha feito com o vermelho. Com os pinceis, desenhei formas leves e dansantes, que se espalharam pela tela até cima. Usando tinta esbranquiçada, ainda fiz umas penugens leves, daquelas que se vêem nas fotos do fundo do mar.

O resultado foi este.


Sempre sonhei em mergulhar com garrafas na Praia da Luz e nunca consegui fazê-lo. Limito-me a nadar com óculos e tubinho não muito longe da costa. Nunca vi o fundo do mar como queria. Esta pintura não passa de "wishful thinking".

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A minha cidade



( Foto minha tirada do cais de Gaia)

Não é aquela onde nasci, Lisboa, a capital, o centro do Universo português. A minha cidade é o Porto - Home is where you are happy - e desejo viver aqui até ao fim dos meus dias. Amo esta cidade, sinto-a como minha, e por isso resolvi hoje prestar-lhe homenagem, usando um poema lindíssimo que encontrei num blogue e que vai devidamente identificado. Ele diz quase tudo o que me vai na alma.

"A minha cidade"

A minha cidade não se chama Lisboa,
não tem cheiro a sul
e nem por ela passa o Tejo,
mas como ela, tem Nascentes
leitosos e marmóreos...
Na minha cidade os Poentes são de ouro
sobre o Douro e o mar
e só ela tem a luz do entardecer
a enfeitar o granito...
Na minha cidade, tal como em Lisboa
há gaivotas e maresia
mas não há cacilheiros no rio
há rabelos
transportando nectar e almas...
Da minha cidade nasce o Norte
alcantilado, insubmisso
e o sol, quando chega, penetra-a
delicadamente, carinhosamente,
depois de vencido o nevoeiro...
Na minha cidade também há pregões,
gatos, pombas, castanhas assadas e iscas
e fado pelas vielas, pendurado com molas,
como roupa a secar nos arames...
A minha cidade tem também tardes languescentes,
coretos nas praças
velhos jogando cartas em mesas de jardim
e o revivalismo de viuvas e solteironas
passeando de eléctrico...
É bem verdade que na minha cidade
a luz, não é como a de Lisboa
mas a luz da minha cidade
é um frémito de amor do astro-rei
a beijá-la na fronte, cada manhã!...


Maria Mamede

site http://mulher50a60.weblog.com.pt/arquivo/2005/01/a_minha_cidade.html

Obrigada, Maria!

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

It's a glorious day


Está sol, um sol de inverno que se torna tanto mais glorioso ( não confundir com gíria futebolística), quanto é raro estarem dias assim, neste inverno do nosso descontentamento. Quando acordo , abro a janela e vejo esta maravilha de azul, agradeço à Mãe Natureza, a capacidade de se transformar, de reinventar e oferecer-nos esta dádiva.

Consegui recuperar algumas fotos perdidas que ainda estavam na camara - 500 - outras em CDs e numa pen onde tinha gravado muitas. Lentamente vou recuperar todas.






Deixo-vos aqui umas colagens e uma das minhas canções preferidas do Joe Dassin, jovem promissor que faleceu antes de tempo. Esta música lembra-me tempos felizes passados em família, nos anos 70.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Jacarandás



Já fiz mais de um quadro com jacarandás. É uma árvore linda e as fotografias tiradas por um amigo meu e algumas minhas são muito inspiradoras. Um dos quadros esteve na minha expo. O que está em baixo foi pintado ontem na Foz. Não são comparáveis, mas ambos pintados a pastel de óleo sobre papel.
Vai aqui um poema do meu irmão, a quem ofereci o primeiro quadro. É muito simples e muito belo.

Jacarandás

Lisboa abriu-se hoje por inteira
Como no canto mais belo a Oxalá
Foi em Maio que a cidade foi ribeira
De água roxa, perfumada e tafetá.
Em Lisboa abriu-se a alma verdadeira
E sentiu-se o que existe para lá
Da magia e da arte feiticeira
Lisboa explodiu jacarandás.


Mário Cordeiro