domingo, 17 de julho de 2011

Praia

Uma das coisas que mais aprecio na costa - seja ela portuguesa ou noutro país qualquer, é a capacidade de transformação que possui, desde as falésias que ruem até às dunas que desaparecem, os lagos que se formam, as rochas que surgem num ano e desaparecem no seguinte, não há ano igual, nem paisagem imutável, ano após ano.
No ao passado, as rochas aqui em frente estavam de tal modo altas e lodosas, que se tornava um perigo tentar descer até ao mar. Nunca tomei banho aqui, fui sempre à praia grande, onde as transformações não se notam tanto.
Este ano tive uma surpresa e tanto. Na maré cheia, formaram-se duas piscinas, lagos enormes, que se mantiveram intactos durante a maré vazia, para gáudio dos pequenitos que por ali passavam e até dalguns cães, que brincavam com os donos. Nunca tinha visto a praia dividida em dois, com um espelho de água a reflectir o casario da rua principal.
Foi bom passear já depois do jantar ainda com bastante sol e algum vento. A Luz está no seu esplendor, com ingleses a enxamearem os restaurantes, mesas inteiras de jovenzinhos de 12-13 anos, sozinhos, e crianças a andar de baloiço....aparentemente já se esqueceram da Maddie, que naquele fatídico dia 3 de Maio desapareceu into thin air!
AS falésia continua enfeitiçante com o seu colorido pastel, rosa, verde, beige, um regalo para quem gosta de geologia.
É tão bom gozar estes meomentos sem stress, só com a minha filha calma - mas sempre esfomeada -que gosta tanto disto como eu...
À noite....pelas 11 horas já se via o luar. Tentei tirar uma foto com tripé e consegui esta que é filha única, as outras ficaram mal.