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terça-feira, 23 de agosto de 2011

A costa vicentina: um milagre ainda virgem e ignorado




No sábado li a FUGAS, como é meu hábito, embora cada vez a ache mais desinteressante e com preços exorbitantes, até parece que somos todos ricos!!



Trazia um artigo intitulado " O Algarve a duas velocidades", de Sandra Costa, que me pareceu sugestivo. Ao lê-lo, sofri uma decepção enorme.
Onde estava a descrição duma das áreas mais belas da costa portuguesa, área protegida, natural, selvagem, que atrai tantos e tantos alemães e escandinavos, encantados com o mar e areais a perder de vista, encimados por uma escarpa negra, onde passeiam cabrinhas, majestosa, semi-velada pelo nevoeiro por vezes ou embebida na luz do sol poente? Onde estava a "minha" costa vicentina, em que me sinto inebriada pelo cheiro do mar, os salpicos da água, a espuma estonteante, o silêncio, as gaivotas ?

Não reconheci naquele artigo qualquer interesse em apelar aos turistas algarvios e não só para que visitem as praias do sudoeste vicentino, nem sequer da parte da autora qualquer conhecimento sobre o que representa uma área protegida, que é simultaneamente o ponto mais sudoeste da Europa e que exerce uma magia especial sobre quem lá vai, seja de carro, de jeep ou de bicicleta....
Nem sequer apresentava fotografias eloquentes dos locais onde a reporter tinha estado.



Há anos, um amigo meu resolveu ir a Sagres passar uns dias com a namorada e pediu-me conselho sobre o que deveria ver. Expliquei-lhe que devia parar em Vila do Bispo, meter por uma estrada que indica Castelejo e a partir daí, andar a pé pelas praias, que se ligam entre si. Quando voltou, só me disse: Obrigada por me teres apresentado a Santíssima Trindade: três praias únicas: Castelejo, Cordoama e Barriga.
Todos os anos lá vou, quase como os peregrinos vão a Fátima. Faz parte do meu roteiro místico...este ano infelizmente não consegui e sinto a falta daquela experiência. Foi lá que tirei algumas das fotos mais lindas que tenho de praias, ainda com a minha velha Canon não digital. Aqui estão. Apenas a primeira é dum amigo meu do Woophy, que esteve lá há algum tempo.
Escrevi uma email para as Fugas, responderam-me que aquilo era o que a autora tinha podido ver a convite da organização , que gostos não se discutem :), que não tinha ido a restaurantes, nem podia falar do que não lhe mostraram.....é muito pouco, limitado, pobre e em matéria de informação nula...se não tinham conteudo, para quê escrever sobre o assunto??

domingo, 17 de julho de 2011

Praia

Uma das coisas que mais aprecio na costa - seja ela portuguesa ou noutro país qualquer, é a capacidade de transformação que possui, desde as falésias que ruem até às dunas que desaparecem, os lagos que se formam, as rochas que surgem num ano e desaparecem no seguinte, não há ano igual, nem paisagem imutável, ano após ano.
No ao passado, as rochas aqui em frente estavam de tal modo altas e lodosas, que se tornava um perigo tentar descer até ao mar. Nunca tomei banho aqui, fui sempre à praia grande, onde as transformações não se notam tanto.
Este ano tive uma surpresa e tanto. Na maré cheia, formaram-se duas piscinas, lagos enormes, que se mantiveram intactos durante a maré vazia, para gáudio dos pequenitos que por ali passavam e até dalguns cães, que brincavam com os donos. Nunca tinha visto a praia dividida em dois, com um espelho de água a reflectir o casario da rua principal.
Foi bom passear já depois do jantar ainda com bastante sol e algum vento. A Luz está no seu esplendor, com ingleses a enxamearem os restaurantes, mesas inteiras de jovenzinhos de 12-13 anos, sozinhos, e crianças a andar de baloiço....aparentemente já se esqueceram da Maddie, que naquele fatídico dia 3 de Maio desapareceu into thin air!
AS falésia continua enfeitiçante com o seu colorido pastel, rosa, verde, beige, um regalo para quem gosta de geologia.
É tão bom gozar estes meomentos sem stress, só com a minha filha calma - mas sempre esfomeada -que gosta tanto disto como eu...
À noite....pelas 11 horas já se via o luar. Tentei tirar uma foto com tripé e consegui esta que é filha única, as outras ficaram mal.

domingo, 23 de maio de 2010

Fins de semana de verão



Nunca gostei de ir à praia ao Domingo. Aliás gosto pouco de sair de casa com este calor. A ideia de me meter num carro, mesmo com ar condicionado, e abalar por aí, não é "my cup of tea". Compreendo as pessoas que trabalham toda a semana e cujo quase único prazer é sair de casa e ir até à Foz apanhar sol, passear a pé, ver gente, comer nas esplanadas.Vêem-se filas de carros na avenida em frente à Foz. Nunca percebi como é que passeia diante do mar, metido num carro...detestava ir à Boa Nova com os miudos ao Domingo, quando eles eram pequenos,achava aquilo mesmo deprimente,
Casa de Chá da Boa Nova
mas o meu ex-adorava porque ficava no carro e eu andava com os meninos a subir às rochas para ver a vista. Ao domingo - no verão - é quando eu menos gosto de estar na Foz.Elitismo? Talvez.

Fico em casa até às 2-3. A essa hora vou com o meu filho mais novo petiscar no BB Gourmet - que recomendo aos que vivem no Porto - pois a essa hora já se arranja um lugarzinho. É uma dos mais concorridos restaurantes da cidade e fica a 10m a pé da minha casa. A comida é requintada, tipo francês, mas com muitas sugestões de tapas, saladas, massas, sobremesas de sonho, etc. Não é barato, uma refeição normal custará uns 20 euros cada, mas sabe bem e o ambiente é muito agradável, agora que a música toca baixinho ou não toca mesmo.

A minha tarde depois é sossegada. Ontem tive os meus netos quase todo o dia cá em casa. Passeei com o mais pequenino no Jardim Botanico onde ele se entreteve a puxar as pétalas aos malmequeres - o pai comia rosas aos dez meses, na Beira Baixa, onde tinhamos um roseiral no pátio da casa, já é mania de família - e a olhar para os peixinhos vermelhos do lago de nenúfares. Estava feliz e eu também.Uma criança como esta sorridente e mimosa é um privilégio.

Fotos de nenúfares tiradas ontem no Botânico.
Pelas 4 veio o neto do meio, que só gosta imenso da Àaaavó ( ele trata-me por Ó AAAAAvóoo) porque sabe que ela o deixa ver o Panda quando ele quer (!!!). Senta-se aqui enlevado, pois não tem TV em casa, vai falando, mas o fascínio pela box é maior. Sabe tudo e ontem explicou-me que o Superhomem se chama Clark Kent ( quente na pronúncia) porque expele calor pelos olhos!Ri-me tanto mais os tios que ele ficou zangado e disse a sua frase máxima: Não tem graça!
À noite veio o neto mais velho para vermos juntos a Final da Liga dos Campiões. Como ele nasceu em Munique , disse-lhe que torcesse pelo Bayern, apesar do Mourinho ser português....conselho errado!!
Ás tantas voltou-se para mim, desconsolado: Eles são uns trengos, Vóvó, vão perder, não têm hipótese, não têm mesmo hipótese! São uns falhados! ( são as frases preferidas dele, hoje em dia)!
Hoje não sei o que vou fazer à tarde...talvez vá até Serralves, sítio sempre calmo e sem demasiado povo, a não ser ao Domingo de manhã que é grátis.Ou fico em casa, a ler a pintar e a ouvir música. Sedutor!

É assim que se passa um fim de semana de Maio...porque já está verão e as praias estão a abarrotar.