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domingo, 15 de janeiro de 2012

O inverno

Hoje chegou para mim o inverno.

Os meus meninos chegaram e quiseram logo ir para o Botânico com a Avó. Tinha estado a pintar e a ouvir música barroca com um novo aparelhometro que o meu filho me ofereceu e que possibilita ouvir-se o IPOD alto e bom som. É excelente para quando estou a pintar e soube-me bem ter música no atelier.


resolvi usar o acrílico como se fosse aguarela e resultou ( na minha opinião, claro). A tela estava um pouco húmida , de modo que o efeito é muito semelhante. Pintei as árvores que vejo da janela do atelier e que estão parcialmente despidas agora.

Não ficou muito mal. Vai aqui com a música que ouvi.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Missa de Haydn

O MEZZO enche-me as medidas sempre que ligo a Tv e escolho este canal, sobretudo à tarde. À noite, os programas são mais variados e há muitos programas de jazz e música do Mundo, de que não gosto tanto.

Hoje o programa é excepcional, um concerto fabuloso, gravado há muitos anos numa das Igrejas mais belas da Alemanha, em estilo rococo e barroco, numa exuberância de mármores e dourados velhos, estatuetas de santos e anjinhos papudos que nos enchem a vista e quase fazem uma orquestra inteira desaparecer no meio de tanta arte sacra. Nunca gostei muito de estilos pesados, gosto mais de igrejas romanas ou góticas ou mesmo modernas, mas para ouvir música barroca, não há dúvida de que este é o local ideal.

É isso mesmo que afirma o saudoso Leonard Bernstein antes de entrar em cena. Curiosamente e com certeza a pedido do mesmo, os espectadores não batem palmas à sua chegada, nem à orquestra, que se pôe de pé para o receber. A Missa começa com uma sobriedade intensamente espiritual.
Ouvir música assim é um bálsamo para o espírito.
Miguel Esteves Cardoso diz numa entrevista da RTP, apresentada no blogue Assim na Terra Como no Céu, que ler é essencial para preencher a solidão, quem lê nunca se sente só, seja o que for que leia.Concordo com ele, em parte, mas acho que já está desactualizado.
Muitas vezes, substituo a leitura pela música, ela enche-me as medidas, a toda a hora, faz com que veja e sinta as coisas com todos os meus sentidos, em êxtase, esquecida da fealdade que me rodeia, dos afectos que não recebo ou da saúde que me falha. Ela é insubstituível. O livro não.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

As Sete últimas Palavras de Cristo na Cruz

Haydn escreveu esta peça por encomenda. Fez um estudo dos Evangelhos, procurando as palavras - melhor, as frases ( Worte em Alemão quer dizer mais frases com sentido do que palavras, que se diz Wörter) - que Cristo teria pronunciado, antes de entregar a alma ao Criador. Essa obra aprece-nos em versões diversas, orquestra de câmara, quintetos, quartetos de cordas, piano solo, orquestra com coro. Hoje vou ouvir a Orquestra Barroca da Casa da Música tocar. Apetece-me estar num local onde se oiça música e se medite na morte de Jesus. A Casa da Música ao fim da tarde tem todos os ingredientes para uma boa reflexão sobre o sofrimento e submissão.

Para quem não conhece a obra ficam aqui dois vídeos, ambos belos e sombrios.