Pois foi.
O sueste assustou-se e não durou mais que um dia...com pena minha, que me estava a habituar às noites sem vento, ar cálido, cheiro a mar e barulho das ondas. Hoje parece que nada aconteceu.
De manhã estava sombrio, ameaçava chuva, o céu cinzento de chumbo e aquele je ne sais quoi de fim de férias, nostalgia, a pedir cházinho com scones...
Fui almoçar à praia com o meu neto e filha. Estava-se bem...depois fomos a pé pela praia, mesmo na orla do mar em direcção à Rocha Negra, até onde se podia andar em seco. Estava maré cheia, é impossível passar pelas pedras por baixo das falésias...alem de se poder lá ficar retido até a maré baixar. Mais uma vez me curvei perante a maravilha geológica que está ali escondida e que muitas pessoas desconhecem...
Também observei os turistas que iam nos sofás amarrados aos barcos para mais uma corridinha com ais e uis e splashs divertidos, crianças loiras a andar de baloiço, figurinhas de filme inglês de outros tempos. O meu neto apanhou mais umas conchinhas e pedras para a sua colecção e ansiava por tomar banho, mas não o deixei , dado que tinha acabado de almoçar.
À tarde, o banho estava maravilhoso,já não havia grandes ondas, mas o meu neto andou maluco a fazer carrerinhas com a sua prancha durante uma hora.É inesgotável a energia duma criança, a alegria de conseguir o que é mais difícil, o divertimento de conquistar o mar e o prazer de estar ali comigo (a assistir em flashback à minha própria infância em Carcavelos, usando pneus como boias e deixando-me levar pelas ondas).
As férias estão quase a acabar...hoje resolvi pintar a prainha...
vista por mim...em guache.