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domingo, 19 de junho de 2011

Saramago

Oiço às duas da manhã uma entrevista com Saramago, levada a cabo pela RTPN. O entrevistador, José Rodrigues dos Santos, interroga-o com inteligência, perguntas pertinentes e interessantes. Sigo com atenção todo o programa do princípio ao fim e pergunto-me como é possível transmitirem uma conversa destas - a todos os níveis superior - a esta hora. Quem estará a ver uma estação da cabo neste momento?


Na SICN transmitem outro programa que é tecnicamente uma perfeição: 60 minutos, pequenos casos verídicos relatados e apresentados primorosamente por Mário Crespo, histórias que captam a nossa atenção do princípio ao fim, tal o interesse humano e social que contém.

Não consigo perceber porque é que o teleespectador é considerado tão estúpido das 8 em diante até à meia noite. Os programas dos 4 canais são mediocres ou maus. Só quando os telespectadores decidem ir para a cama, pois têm de trabalhar no dia seguinte, é que os canais se tornam inteligentes...como se fosse necessário ser noctívago para se ser culturalmente interessado ou curioso.

Não consigo deitar-me cedo e já o tentei muitas vezes, acreditem. Estas horas passadas a ver programas inteligentes permitem-me acreditar que a Tv pode ser uma óptima companhia para quem está sozinho...mas é uma péssima companhia à hora apelidada de nobre; de nobreza nada tem mas pobreza com certeza.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Não tem nada a ver com Arte

mas obriga-me a pensar e a cogitar sobre as controvérsias e paradoxos da vida e nos meios usados para atrair a atenção dos telespectadores.

Uma telenovela da TVI, que só vejo intermitentemente - não tenho paciência para os longos diálogos, más interpretações, cenas pseudo burlescas dum humor baixo e duvidoso, intervalos com anúncios intermináveis, enfim....nunca chego a ver nada seguido - inclui uma casa de passe, onde as raparigas são escravas dum chulo, interpretado pelo eterno galã piroso, obrigadas a obedecer e a fazer tudo o que vai contra a sua vontade e dignidade só para conseguir ganhar a vida. Na realidade, aquele chulo "viola" as suas empregadas todos os dias, vive do que elas angariam, sendo tudo, aparentemente, legal e quase recomendável.
A telenovela é transmitida no horário nobre e qualquer criançaou aolescente pode ver estas cenas muitissimo chocantes, quanto a mim, que já sou adulta. Felizmente, os meus netos vão para a cama as 8 e não tem TV em casa, acho que os Pais têm que ter muito cuidado com aquilo que é lixo puro, oferecido e ainda abençoado pela TVI, o canal "grande mestre do "crime mediático" em Portugal. É um canal perigoso, amoral, capaz do melhor e do pior. O programa Perdidos na Tribo é outro programa que me choca e que me recuso a apoiar depois de ter visto uns dez minutos absolutamente "nojentos". Sei que as pessoas fazem tudo por dinheiro, mas não é curial bombardear adolescentes e mesmo velhos, muitas vezes sós em casa, com imagens aberrantes de so called "famosos" com atitudes reprováveis em qualquer sociedade.

Por fim, temos uma personalidade com prestígio internacional apanhado num caso que não teria impacto se o arguido não fosse quem é. Foi apanhado, se tivesse viajado como queria para França, provavelmente ainda hoje estaria a decidir sobre a nossa dívida na reunião do Ecofin. Armadilhas que o império tece. Neste momento, um candidato a Presidente de França medita em Rikers, a pior prisão de NY, sobre o seu futuro que se apresenta negro.

A vida é cheia de paradoxos, talvez por isso aliciante. Mas será que este tipo de notícias e programas devem ser mostrados a toda a hora e a qualquer incauto que quer ver TV? E porque não mostrar as maravilhas que acontecem no mundo, em vez das misérias e atrocidades constantes?

Como proteger os jovens destas agressões quotidianas?

domingo, 23 de agosto de 2009

Mais Veneza com Charles Aznavour: "Que c'est triste Venise"









Veneza







Estive há dez anos em Veneza. No Carnaval. Foi uma surpresa. Tencionava passar três dias no Allgäu - Alpes - com o meu filho e acabei na bela cidade do Adriático. Proposta dele. Apanhámos o comboio em Innsbruck depois dum passeio de camioneta por campos e campos repletos de neve. No comboio, conversámos e vimos lentamente como a paisagem se transformava, a neve dava lugar aos campos verdejantes, a luz branca passava a doirada. Chegámos a Veneza pelas 5 e tal, ainda deu para ver o pôr do sol.
Era 2ª feira de Carnaval e já havia muitos indícios de festa. Não tínhamos marcado hotel, mas arranjámos um perto da Praça de S. Marcos, bastante caro e pobrezinho. Tinha de ser e era só uma noite. E que noite....jantar num barco flutuante, ver os malabarismos na Praça, passear por entre os mascarados, as damas e os nobres, duques e pintores. Andar de barco no canal.
Foram 24 horas maravilhosas. Na 3ª ainda fomos ao Lido e à ilha onde fica a Igreja de Santa Maria Maggiore.
Voltámos no comboio da noite de 3ª para Munique porque o meu filho trabalhava no dia seguinte. Foi uma noite em vagão-lit, com dois emigrantes polacos que não primavam pela limpeza. :)

Eis aqui umas fotos que digitalizei. Não couberam todas as que queria. Cliquem para ver bem, que elas merecem. Foram tiradas ainda com a minha Canon EOS 50, das antigas, com teleobjectivas que permitiam abranger distãncias enormes.Para recordar no futuro.