Já me traz um pouco de inquietação, abrir a janela todos os dias e deparar-me com o céu imenso, azul, sem manchas, sem núvens, quase imóvel e estático.
Seja na frente da casa, seja na parte detrás já há indícios da Primavera, as árvores já têm mais folhas, as flores começam a surgir e o inverno parece ter-se ido, sem nunca ter vindo a sério.
Tem estado muito frio, mas os dias são tão quentes, o sol tão benevolente que nos esquecemos da friagem que nos assola a partir das seis da tarde. Em casa está-se bem com aquecimento ou lareira e há um sorriso nos turistas que nos visitam, como se quase não acreditassem no que estão a ver.
Aqui anoitece duas horas mais tarde do que em Inglaterra, quando falo com a minha filha no skype, lá já está escuro e vêem-se as luzinhas da janela do quarto dela ao longe. Aqui ainda a luz dourada desce sobre a Casa Andresen, transformando as vidraças em lingotes de ouro que a pouco e pouco se apagam.
Onde irá acabar esta espécie de paraíso? Receio que daqui a pouco já se fale em barragens sem água, electricidade importada, agricultura queimada pela geada, seca no Alentejo e no Algarve.
O Carnaval vai ser rijo segundo dizem as revistas cor de rosa.É-me absolutamente indiferente, não gosto desta época do ano, nunca gostei da folia forçada e tenho uma certa relutância em solidarizar-me com os mascarados e corsos, como o Sr. Scroodge detesta o Natal. Humbug! diz ele. Eu penso o mesmo: Que tolos!
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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
terça-feira, 22 de novembro de 2011
A minha cidade
No Domingo fui almoçar com a família a Gaia para festejar a conclusão do doutoramento da minha nora. Estava uma tarde linda, daquelas que fazem realçar a maravilha que é o granito e a harmonia desta cidade, sobretudo quando que se vê do outro lado do rio. Puxei da minha Leica,o céu de chumbo prometia chuva,mas o sol esbranquiçado que tornava o cenário absolutamente deslumbrante, manteve-se fiel durante aquelas horas, permitindo-nos um café cá fora, admirando um cenário que nunca cansa.
terça-feira, 14 de junho de 2011
LUAR na LUZ
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Pastoral
Hoje antes de ir para o ginásio, resolvi fazer um quadrinho sobre este tema para juntar aos outros que estão à espera de molduras adequadas. Ficou em stand-by enquanto estive fora, mas quando voltei pelas 3.30, estava um sol esplendoroso a jorrar sobre a mesa da cozinha, onde pinto. O quadro
parecia que tinha vida, iluminado pelo sol dourado e convidativo a um passeio bucólico pelos montes e vales, que infelizmente não aconteceu. Fiquei aqui a acabá-lo e parece-me que liga bem com os outros. É pequenino,só tem 20x10 embora na foto pareça enorme.
E para que esta entrada não fique demasiado pobre, acrescento um vídeo espectacular da Sinfonia Pastoral de Beethoven, uma das minhas preferidas, que usei em tempos nas aulas para motivar os alunos para o tema música. Na altura, convidei uma flautista da antiga Regie Symphonie, que era minha colega na Escola Profissional de Música e uma intérprete invulgar, Wendy Quinlan, australiana, para vir tocar uns pedacinhos desta sinfonia na aula. Os meus alunos adoraram. E eu também.
parecia que tinha vida, iluminado pelo sol dourado e convidativo a um passeio bucólico pelos montes e vales, que infelizmente não aconteceu. Fiquei aqui a acabá-lo e parece-me que liga bem com os outros. É pequenino,só tem 20x10 embora na foto pareça enorme.
E para que esta entrada não fique demasiado pobre, acrescento um vídeo espectacular da Sinfonia Pastoral de Beethoven, uma das minhas preferidas, que usei em tempos nas aulas para motivar os alunos para o tema música. Na altura, convidei uma flautista da antiga Regie Symphonie, que era minha colega na Escola Profissional de Música e uma intérprete invulgar, Wendy Quinlan, australiana, para vir tocar uns pedacinhos desta sinfonia na aula. Os meus alunos adoraram. E eu também.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
O mar à soleira da porta
Não vou escrever nada sobre essa experiência. Foi excepcional. Vão aqui fotos que me fazem sentir privilegiada, como milhões de portugueses que sabem como a nossa costa é magnífica, uma dádiva de Deus, prémio que não merecemos se calhar...

Uma Após Uma as Ondas Apressadas
Uma Após Uma
Uma após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva 'spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o 'spaço
Do ar entre as nuvens 'scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Ricardo Reis, in "Odes"
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Voltaram as bétulas

The Forest Bride
Hoje fiz este quadro em parte no atelier, o resto em casa. Ainda tenho de rectificar o céu que não me parece completamente bem. Senti-me tão feliz com os meus amigos da pintura, o ambiente no atelier era óptimo e a inspiração voltou. Foi pintada pastel de óleo, a partir duma foto muito bonita que encontrei na web.
Na mesma web, encontrei uma citação importante sobre estas árvores, lindíssimas, a que chamam " as noivas da floresta" por causa dos seus troncos brancos quase prateados com sulcos negros carregado.
" As bétulas, também conhecidas por vidoeiros, são das árvores mais belas que em Portugal podemos encontrar nas montanhas de maior altitude...",
Fernando Catarino (Árvores e Florestas de Portugal, Volume 5).
Aqui fica também um extracto dum poema de Robert Frost, poeta americano, é a parte final em que ele exprime o desejo de trepar pelas bétulas acima até ver o topo e depois voltar a descer à terra. Acrescenta que há empregos piores do que o de "baloiçador de bétulas" ( tradução muito livre.....:))
BIRCHES(...)
I'd like to go by climbing a birch tree
And climb black branches up a snow-white trunk
Toward heaven, till the tree could bear no more,
But dipped its top and set me down again.
That would be good both going and coming back.
One could do worse than be a swinger of birches.
Robert Frost
domingo, 23 de agosto de 2009
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