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sábado, 4 de junho de 2011

Sábado in-between

Hoje é um dia no meio... no meio de eventos, em que se sente um certo vazio depois de tanto frenesim mediático.

Mas para mim é um dia especial, que quero partilhar convosco hoje... os meus netos foram para umas bodas de prata e o meu filho mais velho para Osaka,onde vai receber o Prémio Internacional de Jovem Cientista do Ano no Congresso Anual de Telecomunicações e apresentar o seu primeiro livro, Physical-Layer Security - From Information Theory to Security Engineering publicado pela Cambridge University Press. Estou muito orgulhosa, mas infelizmente não posso estar presente a não ser através do skype.Nem sequer consegui por aqui a foto da capa do livro pois não consigo gravá-la do site.

Todos os dias são diferentes. Hoje também tenho cá o meu filho mais novo, que dorme depois de duas noites de estudo em Lisboa. Em geral, pouco estamos juntos, mas é grato ouvi-lo dizer: Que bom que é estar aqui no Porto!
E ainda há a net.
Aqui encontra-se um manancial de motivos para nos distrairmos e alegrarmos e até podemos dialogar com a família e os amigos.

No Facebook, abriram agora uma página exclusiva para os fotógrafos amadores do Woophy e ponho lá fotos todos os dias, recebendo mensagens ou "likes" de outros amadores como eu.
É uma troca de momentos únicos, alguns belos, outros neo-realistas, originais, artísticos quase todos peculiares e criativos. Descobri que duma foto se podem fazer muitas outras, cortando pedacinhos mais interessantes em si mesmos do que a foto inteira.E tenho feito isso com prazer. Este exemplo de alfazema é um deles.
Amanhã teremos outros motivos para estar presos aos media. Oxalá este país descubra um way out, como dizem os ingleses. De tanto nos compararem com a Grécia, já estou com verdadeiro horror aos gregos que não me fizeram mal nenhum....:)

sábado, 11 de setembro de 2010

11 de SETEMBRO 2001 - In memoriam


( clicar)

Eram cerca de 9 horas em NY.
Aqui umas 14.
Tinha a TV ligada para ver notícias e subitamente vi um avião a atravessar a enorme torre. Pensei :" Que falta de imaginação fazerem mais filmes-catástrofe em NY".
Mas não: era a realidade em directo. Outro avião cruzou os céus atravessando a segunda torre. Houve uma explosão, fogo, a torre desabou . E com ela milhares de pessoas. Pessoas a gritar, pessoas a deambular, pessoas a correr, não se sabe para onde.
Sei da irmã dum amigo que chegou tarde ao trabalho e escapou. Ainda hoje não percebe como. Levou horas a conseguir contactar Virginia Beach, onde vivia o irmão. Ficou em choque durante meses.

Comecei as aulas e escolhi depoimentos de jovens americanos na net, copiei-os para transparências, fotocopiei-os e dei aos meus alunos. A motivação foi imediata. Todos queriam escrever emails em resposta, com perguntas e interrogações políticas. Foram aulas muito vivas que nunca mais esquecerei. Eles tb não, creio eu.

A foto acima foi tirada por mim em 2003, em NY, no apelidado GROUND ZERO, onde hoje se discute o que fazer no local. Há muita controvérsia. E ódio ao Islão. O mundo nunca mais ficou o mesmo. E nós também não.

sábado, 3 de julho de 2010

EVENTOS



Portugal é um país pobre, com poucos recursos - segundo dizem - poucas verbas, vencimentos baixos e vida cultural pouco atractiva. Isto é o que dizem as cabeças pensantes, a inteligentsia cultural deste país. Segundo eles , em Portugal, não há nada para ver, para onde ir aos fins de semana, onde levar as criancinhas nas férias, a não ser á praia. No estrangeiro é que é bom. Nada de mais falso.
O Porto - e já nem falo de Lisboa, que considero acima da média em oferta cultural - oferece todos os dias - seja fim de semana ou dia útil - inúmeros eventos musicais, teatrais, workshops de tudo quanto há, expos de pintura e escultura, inaugurações, instalações, fotografia, bibliotecas,feiras do Livro, sem mencionar sequer os museus que estão abertos para serem visitados a toda a hora.



Só não vai quem não quer, pois em geral estas actividades são de entrada livre ou exigem um bilhete simbólico. Tenho procurado divulgar neste blogue muitas actividades em vários domínios, pois nem sempre os encontramos nos jornais diários, sendo mais visíveis na net no site Porto Lazer, por exemplo.

Não sou muito de encontros sociais,hoje em dia, não vou a muitos eventos, nem gosto de sair a toda a hora. Cada vez mais gosto de estar em casa.

Fui a muitos eventos em Lisboa, nos anos 60s e 70s, fiquei um pouco blasée de óperas, teatros ( o teatro francês no Tivoli era excelente), concertos ( Coliseu,Gulbenkian, Aula Magna, etc)cinemas ( todos filmes franceses, suecos, italianos que apareciam no CCC ( Cineclube Católico) ou nas salas lindas do Monumental, S. Jorge, Império, S. Luis, Estúdio e até no Restelo, salas que já morreram sem deixar rasto. Arranjava bilhetes para tudo através do meu Pai ou de amigas (até consegui ouvir o Charles Aznavour sem pagar bilhete, pois a filha do dono do Monumental era minha colega), da FLUL.Tive uma juventude "intelectual" até dizer basta. Lisboa era um paraíso.

Na província nada havia. Em Chaves ainda se comemorou um 10 de Junho com alguma expressão artística, exposição de Nadir Afonso, artesanato, etc., mas duma maneira geral foram anos perdidos em termos culturais. Ouvia música clássica pela ´radio ou em discos de vinil - que ainda possuo - e estive quase sete anos sem ir ao cinema. TV só um canal a preto e branco. Lia muito. Foi mesmo um deserto total em matéria de eventos sociais. Durante anos, enquanto os filhos cresciam, só via programas infantis na TV e já estava desfazada de tudo o que passava acima de um certo nível cultural. Perdi o hábito de sair à noite e só os concertos da Regie Symphonie - mais tarde Orquestra Nacional do Porto - em S. Bento da Vitória me animavam e relembravam a minha juventude; dava aulas numa Escola Profissional de Música e conhecia bem muitos dos intérpretes dessa orquestra.

Hoje em dia, gosto muito de ver exposições, sobretudo quando não há ninguém...sento-me nas cadeiras e olho para os quadros o tempo que quero. Não há barulho, nem interferencias. Ir a um local às tantas horas, ouvir apresentações de artistas, elogios às obras, beber um Porto, falar , falar, não é comigo.

Prefiro vivenciar a cultura à minha maneira e de preferência a sós comigo própria.Mesmo pintar é uma tarefa solitária. Não sou bicho de mato, mas não me acho compatível com uma agenda cheia de festas, encontros, inaugurações, cursos, vernissages ou outros. Devo perder milhares de oportunidades de conhecer pessoas, de me fazer conhecer ou de entrar na alta roda intelectual. Mas isso não me preocupa nada.
Estou contente com a aposentação, pois libertou-me de horários. Cada vez mais gosto de liberdade e de um pouco de solidão. Enquanto posso usufruir dela.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

PORTO GRAFIA - Espaço VIVACIDADE



Inaugurou-se hoje a exposição PORTO GRAFIA, que não é, como diz o seu autor, uma exposição de fotografia,nem de textos, mas uma simbiose entre ambos; eu acrescentaria que é como se estivéssemos a ler um livro sobre a cidade com fotografias belíssimas dos seus cantos e recantos em tamanho ampliado.
Esta inauguração coincidiu com o 1º aniversário do Espaço Vivacidade, realizando-se um cocktail bem servido à moda do Porto, após a sessão cultural.

Estive presente na apresentação do evento, que foi muito emotivo e socialmente concorrido. Pedro Freire de Almeida falou do seu amor à história da cidade do Porto e ao lado menos turístico, às suas tonalidades e charme granítico.

O cantor José Silva puxou da guitarra e cantou baladas de Zeca Afonso, em especial, que trouxeram lágrimas aos olhos, tal a emoção posta no seu canto.

A poetisa e "diseuse" Maria Lourdes Anjos recitou vários poemas e por fim um longo texto de sua autoria com memórias da cidade e referencias inimitáveis aos vários pregões e falares do povo dos bairros onde cresceu e viveu. Foi um momento muito intenso e com grande performance da autora.

Por fim a actriz e encenadora Vera Cunha , uma rapariguinha com aspecto frágil, transformou a sala num palco, personificando uma actriz introspeccionando-se e tentando explicar à audiência a dificuldade de fazer escolhas. Foi muito ovacionada e augurado um grande futuro.

As fotografias que aqui incluo foram extraídas do blogue Imago Mundi. Vai aqui também um vídeo do PORTO Canal com o "Porto grafo" Pedro Freire de Almeida. A entrevista fala por si. E também apresenta algumas fotografias acompanhadas do texto , tal qual como na exposição.


terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A dança ( dedicado à minha amiga Catarina)



Em tempo de Carnaval, a única coisa que me atrai verdadeiramente e muito mais que as máscaras, corsos e outros eventos, é a dança, a possibilidade de as pessoas dançarem em qualquer lugar - sambarem em liberdade, mesmo semi-nuas, alegres, felizes, deixando para trás as suas desgraças e infortúnios. Fico espantada com os brasileiros que anos após anos, surgem sempre nos nossos ecrans, cheios de garra e folia, como se o mundo acabasse amanhã. É uma postura que alio à dança, sem regras, aquela que gosto mais. Nada de clássico, de sapatinhos de ballet ou, tutus enfileirados. Gosto de roupa leve, diáfana, esvoaçando pelos ares, ao som do ritmo e da melodia.

Hoje ao procurar o meu blogue no google, encontrei duas fotos com cor e movimento, assim apelidadas pela autora,Helena Duarte, num site português de fotografia, que muito aprecio, embora a ele não me tenha associado por fidelidade ao Woophy. Vão aqui as duas dedicadas à minha amiga Catarina, que tanto ama esta forma de expressão corporal.