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quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pastoral

Cansada de vozes e de barulho político-financeiro, desanimada com o país e com os media em geral, sintonizo para o MEZZO e como dizem os ingleses, o que lá vejo " is music for my ears"...uma orquestra maravilhosa toca a Pastoral - 6ª Sinfonia - de Beethoven.

Música transcendente, evoca em mim sentimentos de paz, harmonia, beleza, natureza, vontade de viver. Do primeiro ao último acorde, fico suspensa num halo de luz, de bem-estar e felicidade espiritual.

O Homem não foi feito para falar, falar, falar.....mas para ouvir. Ouvir é essencial e se não ouvíssemos, não falaríamos.

Infelizmente a criança ouve, ouve, mas a partir do momento em que fala, deixa de querer ouvir, quer impor a sua fala e a sua vontade. Berra para se fazer ouvir. Verifiquei isto mesmo hoje com o meu neto mais novinho que tem dois anos e que fala pelos cotovelos, embora eu não o compreenda tão bem quanto gostaria...tive de ir experimentando não sei quantos extractos do Youtube até perceber qual dos desenhos animados é que ele queria ver....para além do Noddy que é a sua grande paixão. Felizmente, descobrimos umas canções infantis muito engraçadas e acabámos os dois por nos entender à maraviilha a ouvir a versão soft de Atirei um pau ao gato, que termina com uma quadra memorável em brasileiro: "Não atire o pau ao gato porque o gato é um animal e como animal, ele é seu igual" Concordo a 100%!

Os clarinetes e as flautas continuam a encher esta sala de brilho. Vem aí o terceiro andamento.... que descreve a tempestade no campo. Vejo daqui os campos verdes do Yorkshire, com os céus toldados, roxos, negros, a ameaçar chuva e lá longe a claridade da bonança que se seguirá à tempestade. Os sopros continuam animados, oboés, fagotes, trompas transmitem o dramatismo do temporal. Mas mesmo esse é de tal modo harmónico que não quebra a paz. O flautim expressa a alegria dos camponeses naquela atmosfera rural. E à trovoada, sucede de novo a claridade.

Como será possível não gostar desta música, não sentir nada ao ouvi-la, desconhecê-la?

Será que sou demasiado elitista e que exijo demais? Como é que a Escola ignora a Música nos dias de hoje? Nas minhas aulas ela tinha um papel fundamental porque sendo professora de lingua inglesa, tinha a possibilidade de a ouvir. Ainda me lembro dum episódio de Os Simpsons, em que a música de fundo era esta sinfonia - ela aparecia por oposição à violência dos desenhos animados que os miúdos viam. Usei o episódio para despoletar nos alunos o gosto por Beethoven e eles aderiram.

Bem aventurado MEZZO. Basta de FMIs, de paleio rotativo, de nuvens negras, de ameaças, de futuros apocalíticos. De tempestades sem bonança.

Recuso-me a aceitar tais perspectivas de futuro.

Como dizem os ingleses, e desculpem se os cito de novo: "Every cloud has a silver lining" . Todas as nuvens têm uma fímbria de prata.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mais uns quadrinhos bucólicos


Na sequência dos outros quadrinhos que ando a fazer, ontem dediquei-me a estes. Não são nada de especial, mas despertam em mim o desejo de um dia ir até ao campo por largo tempo, de modo a inspirar-me in loco para a pintura, como faziam os grandes pintores impressionistas....:)

Cliquem neles para os verem de mais perto.

Oiço os nocturnos de Chopn tocados pela Maria JoãoPires....maravilhosas mãos...suavidade e sentimento...

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Pastoral

Hoje antes de ir para o ginásio, resolvi fazer um quadrinho sobre este tema para juntar aos outros que estão à espera de molduras adequadas. Ficou em stand-by enquanto estive fora, mas quando voltei pelas 3.30, estava um sol esplendoroso a jorrar sobre a mesa da cozinha, onde pinto. O quadro
parecia que tinha vida, iluminado pelo sol dourado e convidativo a um passeio bucólico pelos montes e vales, que infelizmente não aconteceu. Fiquei aqui a acabá-lo e parece-me que liga bem com os outros. É pequenino,só tem 20x10 embora na foto pareça enorme.
E para que esta entrada não fique demasiado pobre, acrescento um vídeo espectacular da Sinfonia Pastoral de Beethoven, uma das minhas preferidas, que usei em tempos nas aulas para motivar os alunos para o tema música. Na altura, convidei uma flautista da antiga Regie Symphonie, que era minha colega na Escola Profissional de Música e uma intérprete invulgar, Wendy Quinlan, australiana, para vir tocar uns pedacinhos desta sinfonia na aula. Os meus alunos adoraram. E eu também.