Ontem o pôr do sol estava de tal modo irreal que fui buscar a Leica acabada de arranjar e tirei fotos daqui da varanda. Tirei com o modo noite e ficaram tal qual, talvez um pouco mais escuras do que a realidade.
Hoje estive a tentar uma outra tela tipo aguarela....embora use acrílico em vez de papel e godés de aguarelas. O segredo está na água e na quantidade de tinta,que tem de ser muito pouca. O pincel tem de ser fino nalgumas situações. A tela não faz o mesmo efeito do papel, não se pode deixar branco à vista, mas por outro lado absorve melhor a tinta e fica baça como as aguarelas verdadeiras.Para variar é uma paisagem anónima, daquelas que gostaríamos de contemplar todos os dias num intervalo da nossa vida citadina . Amiúde gostaríamos de sair do filme de acção para um costum drama, como lhes chamam os ingleses.
Na ausência de viagens reais, perdemo-nos no labirinto do imaginário...já não é mau.
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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
domingo, 7 de agosto de 2011
Evasão
Hoje estou em maré de evasão...em casa.
Já fiz tudo o que havia para fazer desde lavar roupa, pendurá-la, lavar a banca da cozinha, por as máquinas da loiça e roupa a funcionar, arrumar roupa, varrer o chão e até pintar um quadrinho.
Pelo meio andei a ver viagens a Paris na Internet, mas é tudo caríssimo e não me apetece gastar uma fortuna para ir a uma cidade turistica em Agosto, vou deixar para mais tarde, talvez Setembro.
Os meus netos vão amanhã embora e sei que vou sentir a falta deles, mas não quero despedir-me, detesto dizer adeus, disse demasiados adeuses na minha vida, deixaram marcas profundas... porque de cada vez que os digo, vai-se um pouco da minha alegria, fica o nó na garganta e este leva tempo a desatar.
Sinto a angústia dos meses de Verão...aquelas tardes enormes, que são maravilhosas junto à praia, mas na cidade às vezes longas demais. Da minha varanda só vejo verde, árvores frondosas, cheias de folhas, lindas e viçosas, contra um céu azul bem português...o postal ilustrado que nos revela. Hoje até se ouvem os sinos do Lordelo, sinal de que não há ruído de carros no campo alegre. Parece que estamos mesmo no campo...
E porquê este desejo de evasão, que um amigo meu dizia que era "marca indelével da minha personalidade"?!
Não sei. Amanhã será um novo dia.
AZUIS
Há mares azuis
por dentro das tardes quentes:
e, no fundo,
passe o vento que passar,
não pára a vida de ser
praia doce onde ancorar...
por dentro das tardes quentes
há azuis onde poisar.
Luso-Poemas
Já fiz tudo o que havia para fazer desde lavar roupa, pendurá-la, lavar a banca da cozinha, por as máquinas da loiça e roupa a funcionar, arrumar roupa, varrer o chão e até pintar um quadrinho.
Pelo meio andei a ver viagens a Paris na Internet, mas é tudo caríssimo e não me apetece gastar uma fortuna para ir a uma cidade turistica em Agosto, vou deixar para mais tarde, talvez Setembro.
Os meus netos vão amanhã embora e sei que vou sentir a falta deles, mas não quero despedir-me, detesto dizer adeus, disse demasiados adeuses na minha vida, deixaram marcas profundas... porque de cada vez que os digo, vai-se um pouco da minha alegria, fica o nó na garganta e este leva tempo a desatar.
Sinto a angústia dos meses de Verão...aquelas tardes enormes, que são maravilhosas junto à praia, mas na cidade às vezes longas demais. Da minha varanda só vejo verde, árvores frondosas, cheias de folhas, lindas e viçosas, contra um céu azul bem português...o postal ilustrado que nos revela. Hoje até se ouvem os sinos do Lordelo, sinal de que não há ruído de carros no campo alegre. Parece que estamos mesmo no campo...
E porquê este desejo de evasão, que um amigo meu dizia que era "marca indelével da minha personalidade"?!
Não sei. Amanhã será um novo dia.
AZUIS
Há mares azuis
por dentro das tardes quentes:
e, no fundo,
passe o vento que passar,
não pára a vida de ser
praia doce onde ancorar...
por dentro das tardes quentes
há azuis onde poisar.
Luso-Poemas
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Mais uns quadrinhos bucólicos
Na sequência dos outros quadrinhos que ando a fazer, ontem dediquei-me a estes. Não são nada de especial, mas despertam em mim o desejo de um dia ir até ao campo por largo tempo, de modo a inspirar-me in loco para a pintura, como faziam os grandes pintores impressionistas....:)
Cliquem neles para os verem de mais perto.
Oiço os nocturnos de Chopn tocados pela Maria JoãoPires....maravilhosas mãos...suavidade e sentimento...
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Mar
A minha paixão pelo mar é ilimitada, como ilimitado é o próprio mar, que, diante de nós, só acaba na linha do horizonte. Nunca tive paixão pelo campo, embora goste de sentir o cheiro e a liberdade dos verdes sem fim. Estive muitas vezes nas montanhas, nos Alpes da Baviera, que me atraem e repelem simultaneamente, a brancura encanta-me mas a proximidade do céu assusta-me. Sinto claustrofobia num espaço imenso, o que é um paradoxo.
Nunca pintei montanhas. Já pintei o mar e os campos ou florestas. Desta vez optei pelo primeiro e gosto da imagem do mar neste quadro em acrílico.

E um poema que exalta o mar como eu nunca saberia descrevê-lo.
Carta ao Mar
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lyrico, choroso,
E terno visionario, meu amigo!
Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vae ter comtigo,
- Nada é mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, - vasto e humido jazigo!
Nada é mais triste, tragico e profundo!
Ninguem te vence ou te venceu no mundo!...
Mas tambem, quem te poude consollar?!
Tu és Força, Arte, Amor, por excellencia! -
E, comtudo, ouve-o aqui, em confidencia;
- A Musica é mais triste inda que o Mar!
António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul'
Nunca pintei montanhas. Já pintei o mar e os campos ou florestas. Desta vez optei pelo primeiro e gosto da imagem do mar neste quadro em acrílico.
E um poema que exalta o mar como eu nunca saberia descrevê-lo.
Carta ao Mar
Deixa escrever-te, verde mar antigo,
Largo Oceano, velho deus limoso,
Coração sempre lyrico, choroso,
E terno visionario, meu amigo!
Das bandas do poente lamentoso
Quando o vermelho sol vae ter comtigo,
- Nada é mais grande, nobre e doloroso,
Do que tu, - vasto e humido jazigo!
Nada é mais triste, tragico e profundo!
Ninguem te vence ou te venceu no mundo!...
Mas tambem, quem te poude consollar?!
Tu és Força, Arte, Amor, por excellencia! -
E, comtudo, ouve-o aqui, em confidencia;
- A Musica é mais triste inda que o Mar!
António Gomes Leal, in 'Claridades do Sul'
sexta-feira, 23 de abril de 2010
DIA da TERRA
Ainda vão a tempo umas fotos a celebrar este dia, que está quase a acabar. Por favor cliquem nelas porque valem a pena.
A pontezinha muito antiga que liga os dois lados do parque das esculturas. em Wakefield.. Este é o verdadeiro quadro da Inglaterra rural.
A praia de Scarborough...um encanto para o olhar....quem diria, praias assim nas terras de Sua majestade?
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Pinturas a guache



Quando andava na escola fazia muitas pinturas a guache e vocês devem lembrar-se também do horror que era pintar em carteiras minúsculas, que deixavam cair tudo, sem sitio para pôr a água, pinceis, caixa de guaches, etc. Ficava tudo uma "borrada", desculpem a expressão. Nunca tive grandes notas, o máximo foi 13 no exame! :))). Fiquei a embirrar com os guaches para toda a vida!
Há semanas resolvi reiniciar-me no guache no atelier onde pintava, gostei, mas não é dos meus materiais favoritos. É acessível, mais forte que a aguarela, mas não tão maleável como o pastel ou o acrilico.
Vão aqui três experiências todas elas sem título.
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