quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dance me to the end of love

Para terminar este dia maravilhoso, quero deixar-vos aqui com uma obra admirável daquelas que só se encontram em Inglaterra e por acaso...um livro que a minha filha me trouxe e que alia a criatividade de Matisse à música e à poesia de Leonard Cohen, duas figuras que admiro profundamente e não me canso de ver ou ouvir.

O livro tem como conteúdo a canção que podem ouvir aqui e que é talvez um dos mais belos hinos ao amor jamais concebidos por um cantor anglo-saxónico: Dance me to the end of love. Cada grupo de páginas transcreve umas linhas do poema ilustradas por Matisse, numa simbiose erótica e

simples.

Oiçam esta maravilha e dancem até ao fim da vida...



Dance Me To The End Of Love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love



Dance me to the end of love

Para terminar este dia maravilhoso, quero deixar-vos aqui com uma obra admirável daquelas que só se encontram em Inglaterra e por acaso...um livro que a minha filha me trouxe e que alia a criatividade de Matisse à música e à poesia de Leonard Cohen, duas figuras que admiro profundamente e não me canso de ver ou ouvir.

O livro tem como conteúdo a canção que podem ouvir aqui e que é talvez um dos mais belos hinos ao amor jamais concebidos por um cantor anglo-saxónico: Dance me to the end of love. Cada grupo de páginas transcreve umas linhas do poema ilustradas por Matisse, numa simbiose erótica e

simples.

Oiçam esta maravilha e dancem até ao fim da vida...



Dance Me To The End Of Love
Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove

Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Jogos de luz

que se podem chamar também sortilégios de imagens...


Foi hoje a inauguração da minha exposição e ainda estou comovida com tudo o que se passou: a presença de pessoas que não me conhecem e que aplaudem o que faço, quer seja pintura, quer fotografia...a apresentação da minha Amiga Adelaide Pereira, alma da Vivacidade, as palavras simples e simpáticas do designer Abílio Vieira, que só me conheceu há dias e através do blogue e site do Woophy, a actuação dos meus netos que tocaram tres peças lindas, o Porto sentido com o bolo-rei da época, são momentos como estes que nos fazem sentir vivos e com vontade de criar e realizar cada vez mais. É um bálsamo para o nosso ego, muitas vezes em baixo.

A fotografia é realmente o imortalizar de um momento, aquele em que a camara disparou, um momento que para nós encerra muito mais do que uma paisagem ou umas silhuetas dispersas no meio da rua. Um momento que foi único, naquele dia, naquela hora e que nunca mais será igual.

Fotografo como vivo. Espontaneamente.

Umas fotos tiradas antes da inauguração:

domingo, 1 de janeiro de 2012

Caixinhas de surpresas - 2012

Continuo a usar o laptop da minha filha e já estou a habituar-me de novo ao Windows, que em certos aspectos, é mais prático que o Apple, embora o último seja muito mais belo e as fotos apareçam muito mais nítidas e atraentes.

Amanhã vou levá-lo a arranjar, só espero que tenha conserto e que essa seja paga pela garantia, Faz agora precisamente dois anos que o comprei...

Nestes dias, tendo passado por várias lojas de chineses - as que todos condenam,mas a maioria frequenta, por razões económicas, e não só - encontrei lá no meio da confusão, umas caixinhas de madeira clarinha dos mais variados tamanhos e feitios, que fizeram os meus encantos.
Já no ano passado tinha pintado algumas simples para oferecer, mas este ano sofistiquei ainda mais o aproveitamento dos objectos, dando-lhes um cunho especial.
Eis aqui algumas das que já fiz este ano, penso que ficaram mimosas...e o custo é quase nulo...:)

Algumas têm vidro para meter fotografia, outras têm divisórias por dentro para colocar bijuteria ou outras coisas, não têm brilho, a madeira é linda e lisa, adapta-se a qualquer estilo e podem-se sofisticar ainda mais...

Gosto muito da palavra BOX que significa caixa em inglês ( ou outras coisas, como TV, por exemplo). BOX é para mim uma palavra mágica, nunca se sabe qual o conteúdo duma caixa. Espero que estas agradem a quem as vou oferecer.

sábado, 31 de dezembro de 2011

FELIZ ANO NOVO



O meu APPLE resolveu despedir-se do ano velho, avariando. Culpa minha que entornei chá quente por cima do keyboard. Acende, mas depois não abre os sites ....é dramático para uma PC freak como eu. Estou a usar o da minha filha, mas não tenho aqui fotos, nem grandes possibilidades...apenas quadros meus...este já de 2010.

Desejo-vos a todos um ano de 2012 o melhor possível e que a crise vos não afecte muito, acreditem e tentem superar as expectativas - as positivas , claro.

Um abraço para todos os leitores

Até para o ano!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lisa Gerrard

É uma cantora australiana pouco conhecida,
mas que uma vez ouvida, nunca mais se esquece. Tem uma voz fabulosa e uma expressividade inegualável.


Ouvi-a pela primeira vez há uns dez anos quando era fã de música alternativa e em especial duma banda, que nasceu e morreu nos anos 90, creio, os Dead Can Dance, criadores de albuns de música gótica
melodiosa e quase viciante. Passava horas a ouvir CDs deles , que fui comprando. Tenho uns cinco e gosto de todos.

Lisa era a vocalista feminina da banda, separando-se depois deles e cantando a solo. Também comprei os CDs todos dela e quando oiço a música de alguns filmes como The Insider ou Gladiator, até sinto um calafrio na espinha.
Uma vez num forum, há muitos anos escrevi que Bach era para mim uma prova da existência de Deus.Um amigo meu respondeu: E a Lisa Gerrard?

Oiçam esta peça e digam-me lá se não é divinal?

Árias

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Musica da velha Rússia

Ontem fui a um espectáculo diferente na Casa da Música com o meu ex- e a minha filha. Prometia: coros, orquestra e bailados do exército de S. Petersburgo. Muito esplendoroso, com pedacinhos de tonalidade eslava, cantados por homens, sussurrados como os barqueiros costumam fazer, assobios, ritmo alucinante, elasticidade dos movimentos, cores garridas e solistas de voz potente. A Casa da Música aqueceu - é uma das salas mais frias que conheço, apesar de linda - e as tantas já todos batiam palmas ao ritmo da balalaika. Uma experiência única e bastante excitante. Talvez não tão fulgurante como esperava, mas mesmo assim interessante e agradável.

Como diz a publicidade ao evento:

Cem artistas, deslumbrantes vestuários, impressionantes coreografias, um coro imponente de vozes masculinas, fazem do "Exército Russo" uma apaixonante viagem à Rússia Ancestral. A origem dos conjuntos de Coros e Danças do Exército Russo remonta às guerras mundiais, quando estas formações levavam canções de amor e esperança aos soldados do fronte e aos hospitais. Após a chegada da paz, aquelas vozes e muitas outras converteram-se num dos espetáculos russos mais aplaudidos do mundo.
O Coro, Ballet e Orquestra do Exército Russo de São Petersburgo,
integra uma centena de artistas, e constitui uma das melhores representações do folclore e da arte vocal e coreográfica da Rússia.O Ballet, com deslumbrantes vestuários e originais coreografias, apresenta danças que falam da vida
agrícola, de amor e de batalhas enquanto a Orquestra, que é composta por 30 músicos, nos traz a música das populares balalaikas e acordeões.


Fica aqui a melodia mais conhecida: KALINKA.

O exército russo

domingo, 25 de dezembro de 2011

Dia de Natal

Há uns anos que o meu dia 25 é assim: calmo, sereno, passado em casa com o cheiro do cozido e das rabanadas da véspera, música já menos natalícia e mas sempre calma, filhos solteiros por aqui, lareira acesa, pinhas vermelhas e a crepitar...
Penso com nostalgia , mas também com alívio, nos dias de Natal de antigamente, quando depois da consoada com bacalhau na minha casa, saíamos de manhã pelas 11 do Porto, parávamos na Mealhada para almoçar - o leitãzinho era sagrado e o meu marido adorava aquela cerimónia - chegávamos a Lisboa pelas 4, dirigíamo-nos a casa da minha Mãe, onde ainda só estavam algumas pessoas da família. A minha Mãe e a minha Avó, que viveu até aos 94 anos, gostavam das minhas rabanadas e eu fazia uma calda para deitar por cima, pois já estavam um pouco secas. Bebíamos uma chazada. O chá do grande bule beige parecia diferente dos chás que se bebem por aí...ou então era a minha saudade da Índia, latente nos meus genes, que me fazia bebê-lo com mais prazer.
Aos poucos, a casa ia-se enchendo de gente, manos e manas, sobrinhos, namorados por vezes, bébés pequeninos que eram arrancados ao sossego de repente e confrontados com os seus parentes barulhentos e a algazarra inerente, as prendas que enchiam metade da sala à volta do pinheiro enfeitado pelo meu irmão mais novo, os beijinhos, as conversas de ocasião, as roupas bonitas, os risos e os choros...
O jantar era lauto com iguarias trazidas por todos, nunca faltando a sopa de peixe da minha irmã e o caril de porco, assim como a tarte da Anke ( espécie de mars em bolo), que fazia as delícias dos primeiros que a conseguiam comer.

Depois tínhamos a cerimónia das prendas, que levava quase duas horas pois todos gostávamos de ver o que cada um recebia ou dava. Tornava-se uma pasmaceira um pouco ridícula e a pouco e pouco, fomos encurtando e simplificando a logística da troca.
Por vezes havia discursos, a minha Mãe fez o último em 2002, falecendo em Maio de 2003. Insistira para que a festa ainda fosse em sua casa e nós fizémos-lhe a vontade, talvez já com um pressentimento de que seria o último.
Não apreciava muito estar com a família toda reunida e havia sempre picardias, choros ou desentendimentos - como nos filmes de Woody Allen , nada do que parece é - sentia sempre grande desilusão, pois fora criando uma imagem da família diferente na minha imaginação... e a realidade e, sobretudo o meu afastamento, tinham-me marcado indelevelmente.
Depois de dois dias em Lisboa, estava ansiosa por voltar ao Porto, ao meu lar, ao sossego da minha família pequenina...a viagem de regresso era diabólica...mas
ainda tinha uns dias de férias e o Natal, felizmente, já era...