que ganho o Euromilhões??
Hesitei bastante em deslocar-me à Baixa hoje porque está calor e ando cansada, sem saber bem porquê. O calor assusta-me na cidade, adoro o sol junto ao mar, mas a poluição, os escapes, a sujidade e a poeira são-me hostis, sinto-me mal e só quero voltar para casa.
Mas fui, por duas horas, só passeei na Sá da Bandeira e vi umas montras em lojas já com saldos há meses e que nada têm para oferecer. No meio delas uma daquelas lojas de perfumaria, cheias de produtos chiques, que nunca comprei, nem conheço, nem uso. Impressiona-me como é que sobrevivem com frascos e frasquinhos, bisnagas e bisnaguinhas, aparentemente sem clientes, limpas, lindas e vazias...ao passar na Casa da Sorte, joguei no Euromilhões, será que é hoje que vou ganhar???
Depois o "abismo" das cores...ou seja a minha loja preferida da Baixa do Porto: M.Sousa Ribeiro, o mundo das artes em dois pisos ,
qual deles mais aliciante...adorava trabalhar numa loja destas, mesmo sem ganhar nada, estar lá umas horas a ver o movimento, os materiais, saber mais sobre o seu uso, mas nunca gasto mais do que uma meia hora lá dentro. Têm uma mesa onde nos podemos sentar e experimentar materiais...mas nunca me sentei. A colecção de telas é enorme, há-as de todos os feitios ( até redondas) e de materiais. Tintas acrílicas de marcas desconhecidas, pasteis de óleo , caixas e caixinhas, penso que qualquer pessoa que fosse criada no meio destes materiais, ficava artista.
Comprei 3 telas de MDF - 50x45 - são quase quadradas e cabem muito bem nas molduras do IKEA, como já experimentei nos quadros da exposição do Vivacidade, que "abrilhantam" agora a sala do meu filho por cima do piano.Vim de autocarro com o saco bem pesado, mas havia lugar sentado e gosto de me misturar com o povo, sentir-me mais uma na multidão, ajudar quem tropeça ou se segura mal, sair aqui no Campo Alegre e respirar...a Primavera chegou, as árvores estão cheia de brotos e , embora não chova, parece que o ar de mar purifica tudo.
Agora em casa, oiço o Mezzo, excertos magníficos, como esta peça de Massenet aqui tocada pelo célebre flautista Zamfir:
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terça-feira, 13 de março de 2012
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Memórias
Hoje fui "a toque de caixa" para o apartamento da Ramada Alta pelas 12.30 pois os homens da Conforama, que tinham ficado de lá ir à tarde - telefonaram-me pelas 12.30 a ver se podiam colocar os moveis e máquinas antes do almoço. Meti-me num taxi e cheguei lá em dez minutos, os feriados são fantásticos para se andar nesta cidade.
Entretanto, enquanto eles montavam as cadeiras , mesa e estante, enchi de novo as capas dos sofás, que tinha lavado aqui em casa e ficaram um brinquinho. Encontrei na garagem umas almofadas vermelhas bordeaux, que lhes dão alguma cor. A mesa de jantar ficou um espanto, é castanho escura, com tampo em vidro - uma parte - o que lhe dá uma leveza enorme e as cadeiras são muito bonitas e até um pouco clássicas, com tampos de veludo branco sujo....muito bonitas e foram tão baratas.
A estante, então, faz os meus encantos é uma quadrado com dezasseis buracos, sem costas, mas com os livros - mesmo os codigos e quejandos - vai ficar lindissima!
Os homens eram muito simpáticos e como sempre, disseram: A senhora tem aqui uma vista.....o mar todo de ponta a ponta. Indeed.
Alegro-me com estas pequenas coisas. Limpei tudo na cozinha, coloquei alguns objectos que estavam na garagem e faziam falta na casa e saí para a Serpa Pinto.
Na farmácia, que está aberta 24 h por dia - é uma das melhores do Porto - consegui comprar um medicamento sem receita médica, pois a Dra conhece-me há 30 anos, desde que fui viver para aqueles lados. Evitou-me ter de marcar uma consulta só para arranjar um medicamento sem o qual não consigo dormir.
O dia está soalheiro, as pessoas com quem me cruzei eram simpáticas e fiquei a pensar na minha vida que decorreu naquele perímetro de ruas de 1977, tinha o meu filho mais velho um ano, até 2006, quase três décadas. Foram os anos mais importantes da minha vida profissional e familiar. Toda a gente me conhecia ou do liceu ou da casa. Fui professora de meio mundo....
Esta colagem reflecte o que vejo na Ramada Alta. Fi-la já há tempos para o blogue. Gostava de ser capaz de a pintar.
Estou bem mais ligada àquela zona que aqui ao Campo Alegre, muito fino, mas muito novo-rico, com casais pseudo-queques, que nos olham de alto a baixo, à saída do elevador.
Estou em crer que um dia voltarei para o meu apartamento, quando os meus netos forem grandes ou se resolverem mudar de casa. Esta foi muito cara e não vale o que custou. Foi puro amor de Mãe e Avó, o que me levou a vir para aqui...mas penso, muitas vezes, que ali estava melhor, mesmo sozinha, há lojas, gente, comodidades, minimercado, farmácia, multibanco, taxis, metro... ao sair do portão... e aqui só tenho árvores, árvores, árvores,...que não falam comigo e perdem a folha, mal vem o Outono.

Entretanto, enquanto eles montavam as cadeiras , mesa e estante, enchi de novo as capas dos sofás, que tinha lavado aqui em casa e ficaram um brinquinho. Encontrei na garagem umas almofadas vermelhas bordeaux, que lhes dão alguma cor. A mesa de jantar ficou um espanto, é castanho escura, com tampo em vidro - uma parte - o que lhe dá uma leveza enorme e as cadeiras são muito bonitas e até um pouco clássicas, com tampos de veludo branco sujo....muito bonitas e foram tão baratas.
A estante, então, faz os meus encantos é uma quadrado com dezasseis buracos, sem costas, mas com os livros - mesmo os codigos e quejandos - vai ficar lindissima!
Os homens eram muito simpáticos e como sempre, disseram: A senhora tem aqui uma vista.....o mar todo de ponta a ponta. Indeed.
Alegro-me com estas pequenas coisas. Limpei tudo na cozinha, coloquei alguns objectos que estavam na garagem e faziam falta na casa e saí para a Serpa Pinto.
Na farmácia, que está aberta 24 h por dia - é uma das melhores do Porto - consegui comprar um medicamento sem receita médica, pois a Dra conhece-me há 30 anos, desde que fui viver para aqueles lados. Evitou-me ter de marcar uma consulta só para arranjar um medicamento sem o qual não consigo dormir.
O dia está soalheiro, as pessoas com quem me cruzei eram simpáticas e fiquei a pensar na minha vida que decorreu naquele perímetro de ruas de 1977, tinha o meu filho mais velho um ano, até 2006, quase três décadas. Foram os anos mais importantes da minha vida profissional e familiar. Toda a gente me conhecia ou do liceu ou da casa. Fui professora de meio mundo....
Esta colagem reflecte o que vejo na Ramada Alta. Fi-la já há tempos para o blogue. Gostava de ser capaz de a pintar.
Estou bem mais ligada àquela zona que aqui ao Campo Alegre, muito fino, mas muito novo-rico, com casais pseudo-queques, que nos olham de alto a baixo, à saída do elevador.
Estou em crer que um dia voltarei para o meu apartamento, quando os meus netos forem grandes ou se resolverem mudar de casa. Esta foi muito cara e não vale o que custou. Foi puro amor de Mãe e Avó, o que me levou a vir para aqui...mas penso, muitas vezes, que ali estava melhor, mesmo sozinha, há lojas, gente, comodidades, minimercado, farmácia, multibanco, taxis, metro... ao sair do portão... e aqui só tenho árvores, árvores, árvores,...que não falam comigo e perdem a folha, mal vem o Outono.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
O silêncio
Há quem esteja preocupado com a minha situação de solitária empedernida, insistindo em que devo sair mais, conviver, dar-me com pessoas, ser mais social, ir a eventos, a vernissages, a exposições, a conferencias, juntar-me a grupos Zen, Pilates, Ioga, eu sei lá...há quem não compreenda que não somos todos iguais e que há momentos em que nos sabe bem o silêncio.
Hoje senti-o bem debaixo de água na piscina. Percorri a piscina dum lado ao outro por baixo. Não se ouve mesmo nada,a não ser o motor a bombar a água quente, os ruídos de fora desaparecem...uma calma fantástica invade-nos, uma sensação de libertação da poluição sonora que nos rodeia e asfixia tantas vezes. Se as pessoas só falassem quando é mesmo útil dizer alguma coisa...mas não: debitam-se opiniões, discutem-se banalidades, diz-se mal, critica-se sem se saber, 50% do diálogo poderia ser omitido sem prejuizo para ninguém....e há pessoas que não permitem nem admitem o silêncio.
Resolvi inscrever-me de novo no ginásio do Ipanema Park,
David Hockney - Water
um local quase privativo para quem vai de tarde, à hora a que vou. Não havia vivalma nem no ginásio, nem na piscina, nem na sauna....sendo perto da minha casa, é o local ideal para fazer exercício. experimentei a passadeira, onde andei durante 15 minutos e a bicicleta, que consegui pedalar durante outros 15m. Findos estes fui para a piscina onde fiz hidro-ginastica sozinha, durante meia hora e nadei outro tanto. Um bálsamo para o corpo, acredito na terapia da água, é melhor maneira de afastar as artroses e reumatismos que nos afligem. Senti-me outra.
Passei o resto da tarde com os meus netos em casa deles e jantei lá, contei-lhes a história antes de adormecerem e ainda deu para ouvir o meu filho tocar piano. A minha vida realmente pode apelidar-se de paradisíaca. Não preciso de muito mais para ser feliz. E só quero este silêncio!
Hoje senti-o bem debaixo de água na piscina. Percorri a piscina dum lado ao outro por baixo. Não se ouve mesmo nada,a não ser o motor a bombar a água quente, os ruídos de fora desaparecem...uma calma fantástica invade-nos, uma sensação de libertação da poluição sonora que nos rodeia e asfixia tantas vezes. Se as pessoas só falassem quando é mesmo útil dizer alguma coisa...mas não: debitam-se opiniões, discutem-se banalidades, diz-se mal, critica-se sem se saber, 50% do diálogo poderia ser omitido sem prejuizo para ninguém....e há pessoas que não permitem nem admitem o silêncio.
Resolvi inscrever-me de novo no ginásio do Ipanema Park,

David Hockney - Water
um local quase privativo para quem vai de tarde, à hora a que vou. Não havia vivalma nem no ginásio, nem na piscina, nem na sauna....sendo perto da minha casa, é o local ideal para fazer exercício. experimentei a passadeira, onde andei durante 15 minutos e a bicicleta, que consegui pedalar durante outros 15m. Findos estes fui para a piscina onde fiz hidro-ginastica sozinha, durante meia hora e nadei outro tanto. Um bálsamo para o corpo, acredito na terapia da água, é melhor maneira de afastar as artroses e reumatismos que nos afligem. Senti-me outra.
Passei o resto da tarde com os meus netos em casa deles e jantei lá, contei-lhes a história antes de adormecerem e ainda deu para ouvir o meu filho tocar piano. A minha vida realmente pode apelidar-se de paradisíaca. Não preciso de muito mais para ser feliz. E só quero este silêncio!
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Hyde Park - Leeds
Toda a gente conhece o Hyde Park de Londres, o grande parque da cidade, chamado o pulmão, com kms de comprido se unido aos Kensington Gardens. Fi-lo de fio a pavio várias vezes, sempre que ia a Londres, fizesse chuva ou sol. E vi a Serpentine, o grande lago completamente gelado em Janeiro de 1971 com os patinhos abrigados debaixo das pontes e a neve a cair. A minha irmã e eu corríamos que ne malucas, apesar de já termos vinte anos.
Este Hyde Park que aqui vos apresento é outro, muito mais pequeno, mas lindíssimo na sua simplicidade britânica.

Muitas horas tenho aqui passado com a minha filha. Ela adora este local...
Tem um rinque de skates , um parque infantil
As fotos foram todas tiradas por mim em várias épocas do ano...cliquem nelas que vale a pena!
Foto artística tirada em pleno inverno
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