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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Alle Jahre wieder ....

Há um cântico de Natal alemão que me comove. Começa assim: Alle Jahre wieder : Acontece assim todos os anos...

Gostaríamos que acontecesse...mas nem sempre é possível.

Este ano foi. Lá voltei a fazer geleia de marmelo,daquela cor lindíssima
que nenhuma paleta pode igualar. Os boiões na janela ao sol recordam-me tantos e tantos outonos na infância, na adolescência, nas visitas a Lisboa à minha Mãe. Ela adorava fazer doces, compotas, de tudo quanto há ( ai, as de figo,
que pareciam doces de ovos!!); orgulhava-se muito desse seu trabalho.

Passaram-se anos sem compotas de espécie nenhuma....não as apreciava assim tanto que valesse a pena dar-me ao trabalho de descascar, cozer, ver o ponto, meter em frascos e comer. Ia ao Froiz ou ao Pingo Doce e trazia um frasco que durava meses.

Há dois anos recomecei a fazer a geleia. É a única compota que faço. Como-a com panquecas, Apfelstrudel ou castanhas assadas. O meu filho mais novo adora-as. Ainda bem que consegui.

Alle Jahre wieder.....

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Martinstag- S. Martinho


Há cinco dias que não saio de casa, pode parecer estranho, mas é a única maneira de curar uma gripe.Sou muito obstinada no que se refere aos vírus e penso que é criminoso andar a espalhá-los, mesmo pela família. Não me custa nada estar só, os dias parece que se esvaem e rapidamente vem o outro dia. Pintarolo algumas coisas sem jeito, faço geleias, googlo muito, tricoto e vejo alguma TV, sobretudo música.
Não fico na cama, mesmo com febre, mas estou aqui agasalhada , olhando a paisagem da varanda, e constatando que as noites vêm cada vez mais cedo, os céus carregados escondem a luz do sol quase todo o dia, as nuvens ameaçam chuva e só o aquecimento central nos impede de acender a lareira.

Hoje é dia de S. Martinho, os miudos já festejam o Martinstag no Colégio Alemão, uma cerimónia que se repete todos os anos e de que me lembro desde que o meu filho entrou aos 4 anos, há quase 30 anos Nessa altura eram as mães que faziam as lanternas em casa e ainda me lembro de ter de fazer tres lanternas - com embalagens de ovos, latas de leite para bébé, papel cristal de cores, cartões, recortes, etc. Com uma velinha no centro qualquer coisa fica transformada em lanterna. Também fiz algumas com os meus alunos quando leccionei alemão na escola. As crianças agora fazem lanternas de todo o género e desfilam já noite pelo pátio. Aí há uma curta sessão teatral com a lenda de S. Martinho e do mendigo.Findo o desfile os miudos sentam-se no chão e comem castanhas assadas ( sem geleia:)). É sempre divertido para eles.

Ficam aqui dois videos especiais para os meus netos e filhos que quiserem recordar este momentos.

sábado, 30 de outubro de 2010

Blue trees


Quando somos crianças aprendemos a pintar a paisagem das cores mais tradicionais, os campos são verdes, os montes castanhos, o céu azul com nuvens brancas, o sol amarelo, a lua branca ou azulada, o mar azul-verde, a areia amarela, as flores vermelhas, laranjas ou rosas, os caules verde claro, as casas brancas com telhados vermelhos e portas castanhas.

É assim que muitos professores e adultos conduzem os miudos a um mundo policromático, mas limitado e formal.

Quando era professora de inglês divertia-me a usar fotocópias de quadros modernos, em que as cores eram arbitrárias - David Hockney, por exemplo, tem quadros com cores "inventadas" e Matisse usa muitas cores diferentes para pintar pessoas. Os alunos tinham de sugerir as cores dos elementos do quadro e no fim viam o verdadeiro em transparência. O efeito e a motivação, para além do interesse cultural da actividade são óbvios. Falavam em inglês durante a aula toda.

Hoje fiz um quadro que nada tem de tradicional nas cores que escolhi. Mais uma vez escolhi o tema árvores...

sábado, 15 de maio de 2010

Alasdair Roberts

É um cantor pouco conhecido , embora tenha estado há pouco tempo na Aula Magna de Lisboa. É escocês e canta música inspirada em canções tradicionais, muito sentidas e com aquele sabor céltico que perdura para além dos rocks e pops que por aí se propagam sem qualquer valor.

Mandei vir dois CDs pela Aamazon para o meu filho que termina hoje os exames escritos para o CEJ, se Deus quiser, e gostei muito de ouvir este tipo de baladas, de modo que as ponho aqui para quem quiser desfrutar dum tipo de música menos convencional.As letras são sempre um pouco herméticas, ao estilo medieval, com a Morte e a Vida em constante sobressalto.Esta canção chama-se Farewell sorrows ( dores do adeus)


Raise me high, raise me high,
That I may see my fallen kindred seated.
Who met with death upon the battlefield,
Who, in the end, fell and were defeated.

And the way they were tricked by death,
Betrayed, betrayed, leveled and mistreated.
I've stuck a knife in a man for less,
But Death is not so easily defeated.

And you can pray, pray and pray for Life.
But know my friend, my dearest friend, please know this,
That Life is but Death's own right-hand man.
In every piece of his own left-hand business.

So, arm in arm, we'll run toward those two
And, we as they, join them double-threaded
And, arms flung wide, we'll run towards those two
And never fear that which once we dreaded.


[ Farewell Sorrow Lyrics on http://www.lyricsmania.com/

Tradução livre duma quadra :

E bem podes rezar, rezar, rezar pela tua Vida
Mas fica ciente, meu amigo, meu querido amigo,
De que a Vida não é mais que o braço direito da Morte
movendo-se em todos os meandros da sua sinistra empresa.

Gloomy !!! :)))

sábado, 24 de abril de 2010

Scarborough





Já aqui falei desta maravilhosa praia do atlantico norte, mesmo lá no finzinho da Inglaterra. É uma beleza. Vila piscatória com importância turística, cheia de hoteis de charme, memorias da Belle Époque e tradições, como as dos passeios de burrinho pela praia. Em cima, ergue-se um castelo meio arruinado que nos faz lembrar as aventuras dos cinco que líamos quando crianças. As lojinhas são tradicionais, embora haja um centro comercial bem bonito no meio da main street. Vale a pena fazer uma hora de comboio de Leeds para lá, se se quiser, passa-se por York, uma cidade historica com uma catedral de antologia, e depois almoçar num restaurantezinho todo decorado com motivos náuticos, junto ao porto, onde não falta o peixe espada e o célebre fish and chips..
A imensidão da praia, o mar calmo sem ondas, os espelhos das nuvens reflectidas na areia, a paz e harmonia dos verdes e cinzentos, a vila cheia de cor, as pessoas simpáticas já de certa idade que lá vivem, as pequenas galerias, fazem de Scarborough um local privilegiado.

Vão aqui fotos tiradas este ano.



O hotel mais antigo da estancia de verão



A ponte que liga a estrada por cima da praia

Os burrinhos numa pausa para o almoço

A praia

A vila junto à praia



Vista das casas junto ao porto

Vai aqui também a célebre canção tradicional, adaptada pelos saudosos Simon and Garfunkel numa versão histórica também: