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sábado, 21 de janeiro de 2012

Primavera precoce

Temperaturas primaveris, sol radioso e quente, vento calmo, mar com ondas regulares, o ideal para se passarem momentos divinais na Foz.

Saó pelas 12.30, apanhei o autocarro quase logo - este ia vazio - e saí na Rua do Farol, que já me conhece dos fins de semana. Desci até à marginal, onde não se via quase ninguém. Deviam estar a almoçar, pois duas horas depois o café encheu-se. Ocupei uma das deck-chairs junto à rede e perdi-me em contemplação.

Tirei algumas fotos , poucas, desenhei durante um pedaço, olhei as ondas que se desdobravam de encontro à "minha rocha" sem grande violência , mas com muita espuma. Não havia navios à vista, nem surfistas...algumas gaivotas,
poucas.
Uma paz quase celestial...música do meu Ipod que variou entre Carlos Paredes, sempre vibrante, John Denver, o melhor cantor de música country que conheci e Joe Dassin, cujas canções me fazem chorar...

Não sei porque bambúrrio da sorte me é oferecido um dia assim, sem stress, sem telemóveis ( esqueci-me do dito cujo e foi uma benção), sem música pimba, sem horas...se mereço, não sei. Só sei que o aproveito até à última gota.

Venho embora quando o resto do pessoal está a vir. Passo pela confeitaria a comprar pão e bolo-rei, que vou comer ao chá...e ainda pelo chinês a trazer umas telas quadradas que só lá encontro.
Na paragem não há ninguém. O autocarro chega logo e nele só vão umas três pessoas. Ainda estou naquele modo meio zombie, não quero barulho, nem zangas,nem gritos, nem buzinas...quero continuar a viver o meu sábado como se não houvesse mais nada.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O Porto visto do autocarro e do Metro




Antes de partir para Leeds, resolvi hoje fazer uma pequena viagem de metro e autocarro até à Baixa onde tinha de ir falar com a minha contabilista que trabalha num quiosque muito giro no CC Plaza, local muito agradável no coração da Baixa e que me faz lembrar os centros comerciais de Leeds por coincidência.

No caminho para lá no autocarro 200, que só levou 15 até ao Bolhão, tirei algumas fotos com o meu IPOD - não ando sempre de Leica - e ponho aqui algumas engraçadas, ainda que tecnicamente muito inferiores.

À vinda de metro, tirei outras diferentes,que revelam uma cidade mais moderna e simpática.



Foi uma espécie de despedida e consolo por ontem ter estado a acusar este cantinho de menos apetecível...:))

domingo, 30 de janeiro de 2011

O sol quando nasce é para todos

Hoje resolvi ir à Foz mais cedo do que o costume, estava uma manhã linda, sem vento , embora fria. Muni-me de casaco quente, cachecol, luvas, IPOD, máquina fotográfica, romance e telemóvel e lá fui para a paragem do autocarro. 5m depois aí estava o 204, vazio, que em 10m me pôs na Rua do Farol ( gosto deste nome...). Estive umas duas horas na esplanada a ver a maré a encher, a ouvir música e a olhar para o mar.


Pouco li. Almocei um croissant com fiambre e um sumo de laranja. Havia pouca gente cá fora porque a humidade já se fazia sentir, embora o sol fosse quente. A vista é abrangente naquele local, vêem-se os veleiros, os petroleiros como sombras ao longe, as rochas muito nítidas de cores variegadas a serem chicoteadas pelas ondas que se desfazem em espuma dum branco imaculado. Lindo!
Apeteceu-me andar a pé - já estou habituada a exercício físico todos os dias e faz-me falta! - de modo que resolvi ir até ao Farol, que em contraluz, parecia uma miragem.
Pelo caminho, muitos joggers, casais, joven a conversar, namorados a tirar fotos, pescadores, gente rica e gente pobre, tudo em sintonia. É o que mais aprecio na Foz é a mistura de gente, não há distinção entre uns e outros e o sol é realmente para todos. à vinda passei por casas antigas na Rua da Senhora da Luz ( outro nome que soa bem) e observei como são pitorescas e coloridas, embora estejam no meio de prédios horrendos , tortos e mal construídos. O autocarro já estava à minha espera na paragem, foi só subir e partir.

Ao passar pelo Jardim Botânico ainda tirei uma foto ao portão, com o jardim iluminado pelo sol e as camélias a atapetar o chão, à espera da noiva...

domingo, 4 de julho de 2010

A praia dos "pobres"



A Foz é zona de ricos, de gente abastada, que se orgulha de ter nascido no Porto, na zona mais "queque" da cidade, onde o mar e o rio se abraçam e as vistas se alargam até ao horizonte quase até às Américas, tivéramos nós olhos telescópicos. A Foz sempre foi a zona mais cara por metro quadrado, está hoje repleta de condomínios fechados, que se amontoam sem grande beleza de modo a proporcionar aos habitantes mais mar das suas varandas. E continua cara, apesar de haver outras zonas chiques como Matosinhos sul.

Simultaneamente,a Foz continua a ser e será sempre o local de veraneio dos mais pobres,os velhotes da 3ª idade, aqueles que vão no autocarro 200 ou no 204 ( como eu) para ver o mar e apanhar sol aos Domingos.
Gosto de me misturar com esta gente do povo, fico feliz de os ver ter uns momentos de lazer entre dias difíceis de trabalho árduo fora e em casa, saúde precária e falta de dinheiro para o essencial. Falam das suas vidas, dos hospitais, dos medicamentos cada vez mais caros, dos patrões ( que os não ouvem, pois não andam de autocarro), das rendas, enfim, de temas banais do seu dia a dia.
Rui Rio disse ontem que em 2011 todas as praias da Foz teriam bandeiras azuis. E Acrescentou que a Praia dos Ingleses ( a minha :))) tinha poluição zero neste ano.Que isto era bom para que as pessoas mais pobres da cidade pudessem usufruir de férias junto às suas casas. Diria mesmo, quase à soleira da porta.

Fui lá confirmar. A bandeira azul, como o algodão, não engana...estava hasteada com orgulho junto ao muro de betão. Este ano, vêem-se mais pessoas a gozar da areia, do sol e do mar. Acolhem-se do vento - que hoje quase não soprava, deitando-se junto às rochas protectoras. A água está fria, mas límpida e a vista continua soberba com o novo molhe a servir de barra. Não enxameiam as praias como na Costa da Caparica ou em Cascais, são em número muito sustentável e não fazem barulho.
O Café do Ingleses pôs uma nova veste para o Mundial, vermelha e verde a cobrir uma parte da sala onde ficam os pufs e a TV. Cá fora está-se bem e ainda melhor na areia junto ao mar.


À vinda vou para a paragem, onde já umas sete pessoas aguardam o autocarro, que já lá está postado, sai pontualmente de vinte em vinte minutos e passa em frente da minha casa. Irmano-me com os mais pobres, sem qualquer preconceito, não tenho carro, também gosto de mar e de sol e não me importo nada de conviver com gente anónima para mais um "evento" estival.Que a sorte e a saúde me permitam ter muitas tardes assim. Gente rica e gente pobre reunidas no local mais democrático que conheço: a praia.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Hora de ponta



A minha sombra



Casa da Música ( desfocada)



Jardim da Cordoaria



Jovens no jardim da Cordoaria

Cheguei agora a casa depois duma viagem de meia hora de autocarro, atravessando a cidade, desde o Covelo até ao Campo Alegre.
Faz-se bem, sobretudo quando se vem sentado a olhar para as ruas e lojas,cartazes a anunciar eventos musicais, pessoas apressadas, carros em filas intermináveis, bébés que chegam dos infantários ( às 7), mulheres a carregar com sacos de plástico do supermercado, jovens que entram no autocarro "sem pedir licença" e transpiram liberdade após mais um dia de escola, meninas com Ipods e decotes generosos - está calor de verão - buzinadelas dos mais impacientes nos semáforos e para lá disso, um céu rosado e carmim, a lembrar que amanhã temos outro dia igual nesta santa terra que Deus abençoou e que não merecemos.



A minha rua ( Campo Alegre) vista da varanda

Chego a casa e cheira bem. A minha filha já fez uma "bolonhesa" que me espera alegremente. É isto ser " velho", hoje em dia....não ter horas para chegar, não ter jantar para fazer, andar a pé com calma do atelier para o osteopata - doi que se farta, mas não mata - , comer uma empada pelo meio, percorrer as ruas sem pressas e apreciar cada momento que passa como se fosse único.



Rotunda da Boavista - Outono