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sábado, 22 de outubro de 2011

Back in Rio

Nao posso descrever o que foi o dia de ontem sem me comover e sem colocar aqui as fotos maravilhosas que tirei do Monte do
Corcovado
de manhã cedo ) ,assim como o passeio de carro durante horas oferecido por um Prof simpatico até mais não da PUC ( UC), amigo do meu filho. Nunca mais esquecerei o pôr do sol sobre a praia de Ipanema por detras dos morros Dois Irmaos, iluminando o mar onde dezenas de surfistas pareciam estatuas ou bailarinos,
dominando as ondas. ...tudo ficará para depois...mas prometo que farei reportagem completa porque as pessoas que lêem este blogue merecem saber quão linda é esta terra.
Saio daqui com a certeza de que tenho de voltar...isto é lindo demais para não ver mais...

Deus criou o Mundo em sete dias, mas tirou 2 para o Rio
diz o ditado por aqui. Eles não se enganam.

Sem duvida:))
Abraço carioca!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A buganvília



Há-as de todas as cores aqui no Algarve e na Luz. Em Junho estive cá e não havia quase nenhum arbusto com flores, fiquei desconsolada, pois estas cores vibrantes adoçam o ambiente e agora que já não há hibiscos aqui no jardim, pois tiraram o que havia com o pretexto de que tirava a vista da janela, as buganvílias são quase as únicas flores ainda existentes. A vista é muito bonita, mas as flores fazem-me falta, o meu Pai tinha imenso orgulho nos seus agapantos, que proliferam no Porto, as sardinheiras multicolores, a árvore da borracha trazida de longe...tudo isso desapareceu, até a palmeira da Avó, mas essa morreu de velhice. Deixou duas pequenas, uma filha outra neta, que daqui a uns anos farão as delícias de quem gostar de plantas como eu. Há quem prefira olhar para o mar sem interferências, mas este aqui é de tal modo vasto, que nunca uma pequena planta poderia estragar a visão deste azul infinito. Os vizinhos têm um pinheiro manso que nos tira o sol durante parte da tarde, mas está cá há 45 anos e ai de quem falar em cortar aquela árvore ou mesmo desbastá-la...
Ando a fazer colecção de fotos de buganvílias de cores diferentes, para depois fazer uma colagem...mas coloco aqui algumas do nossos jardins detrás, em especial ara a minha amiga Regina, que gostou muito delas, quando esteve aqui na Luz.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Passeio das Virtudes



Hoje resolvi passear pelo Porto e visitar a exposição de pintura da ÁRVORE, várias obras produzidas pelos sócios da Cooperativa.
O dia estava ameno, o sol quente, mas uma brisa fresquinha fazia-nos sentir bem lá fora. As cores pareciam reavivadas e o rio Douro mais azul que nunca. A expo só abria às 2.30 e eu fui
meia hora mais cedo, de modo que andei mesmo a gozar a vista do Mirante das Virtudes, que, curiosamente, aparece num site de vistas do Porto em 360º.

Passeio das Virtudes

O paredão das Virtudes foi construido no séc. XVIII e o local tornou-se num dos jardins publicos da cidade. A alameda permite uma excelente perspectiva sobre o rio, até a barra. Em primeiro plano pode ver-se a Fonte das Virtudes e, logo, os socalcos que descem até São Pedro de Miragaia. Junto ao rio, vé-se o imponente edificio da Alfândega.

( in 360º Portugal.com)

Acrescentaria que é um local privilegiado, sossegado; apenas vi um homem, que passeava um bébé num carrinho, quatro amigalhaços que falavam bem alto, umas mulheres a lavar a rua de baixo com mangueiras, e gaivotas como loucas procurando sustento. Uma imagem linda e romântica do nosso cantinho.

Ás duas e meia não havia vivalma na Cooperativa Arvore, mas daí a dez minutos apareceram umas raparigas que desconheciam porque é que o "engenheiro" ainda não tinha vindo abrir a porta. Os engenheiros são os culpados de tudo neste país!! Finalmente apareceu o senhor com a chave na mão e pude visitar a expo.
Não me entusiasmou por aí além, vi alguns quadros interessantes, que aqui reproduzo.





No fim ofereceram-me um catálogo, mas a simpatia das pessoas não é grande. estão ali a vender na livraria, como se estivessem a fazer um frete, não perguntam se precisamos de ajuda, se gostámos da expo, se vamos voltar. Os artistas bem podem expor, não há quem atraia pessoas para estes locais com funcionários assim.Não consigo deixar de comparar a situação com outras em Boston, NY ou em Leeds, onde os sorrisos abundam, o desejo de agradar é notório, a simplicidade e a simpatia fazem parte do ADN dos funcionários que querem vender.
Por fim ainda fotografei os grafitti comemorativos do 20º aniversário da Árvore, em 2009. São muito atraentes, fantásticos, mesmo para mim, que não aprecio esse género de street art.

sábado, 31 de julho de 2010

As tílias


Sempre estiveram presentes no meu imaginário, desde a infância até agora.
No jardim da minha casa havia duas tílias grandes, uma delas mesmo em frente da varanda. Cresceu tanto que a minha Mãe começou a queixar-se de que as árvores a atabafavam e ainda tiravam a vista do rio. O meu Pai, que adorava tudo o que é Natureza, mas plantas em especial, e que, apesar da sua vida de médico, destinava umas horas da sua vida ocupadissima ao jardim, mandou cortar a tília...foi um dó, ficou ali um espaço enorme donde se avistavam os navios todos que entravam no Tejo. Felizmente havia muitas outras árvores, como os choupos prateados fustigados pelo vento da tarde, um eucalipto gigante que parecia nunca mais acabar de crescer, mimosas e árvores de fruto.

Há tempos citei Sophia Mello Breyner, a propósito das tílias. Ela descreve a casa dos seus parentes, que avisto aqui da janela, num dos seus contos para crianças:

Era uma vez uma casa pintada de amarelo com um jardim à volta.
No jardim havia tílias, bétulas, um cedro muito antigo, uma cerejeira e dois plátanos. Era debaixo do cedro que Joana brincava. Com musgo e ervas e paus fazia muitas casas pequenas encostadas ao grande tronco escuro. Depois imaginava os anõezinhos que, se existissem, poderiam morar naquelas casas. E fazia uma casa maior e mais complicada para o rei dos anões.
A Floresta




Infelizmente este ano cortaram a grande tília depois dum dia de trovoada que deitou abaixo o gradeamento. Para mim, é como se me tivessem decepado uma amiga. Adorava vê-la daqui da minha varanda, tão redonda que parecia ter sido penteada por um cabeleireiro de renome, simétrica, nem uma folha a mais dum lado do que do outro. Eis o que resta dela, ainda anteontem os meus netos pularam em cima do toco.


Do meu quarto avisto uma tília linda. No inverno vejo tudo o que se passa dentro da casa, no verão acabam-se os voyeurismos, um manto verde claro na primavera e bem escuro no Verão cai sobre as janelas dos vizinhos e enche-me de prazer e privacidade.
Adoro abrir a janela à noite e contemplar a majestosa tília, mesmo junto ao pátio da minha casa no jardim vizinho. Silenciosa, ela abriga pássaros de todo o tamanho e espécie, espalha a sua sombra pelo jardim todo e ainda sofre humilhações com os caezitos minúsculos que guardam a casa e brincam à sua volta, não a deixando em paz.

Bem hajam as tílias...acalmam-me , mesmo quando é só a vista...e o coração.

domingo, 4 de julho de 2010

A praia dos "pobres"



A Foz é zona de ricos, de gente abastada, que se orgulha de ter nascido no Porto, na zona mais "queque" da cidade, onde o mar e o rio se abraçam e as vistas se alargam até ao horizonte quase até às Américas, tivéramos nós olhos telescópicos. A Foz sempre foi a zona mais cara por metro quadrado, está hoje repleta de condomínios fechados, que se amontoam sem grande beleza de modo a proporcionar aos habitantes mais mar das suas varandas. E continua cara, apesar de haver outras zonas chiques como Matosinhos sul.

Simultaneamente,a Foz continua a ser e será sempre o local de veraneio dos mais pobres,os velhotes da 3ª idade, aqueles que vão no autocarro 200 ou no 204 ( como eu) para ver o mar e apanhar sol aos Domingos.
Gosto de me misturar com esta gente do povo, fico feliz de os ver ter uns momentos de lazer entre dias difíceis de trabalho árduo fora e em casa, saúde precária e falta de dinheiro para o essencial. Falam das suas vidas, dos hospitais, dos medicamentos cada vez mais caros, dos patrões ( que os não ouvem, pois não andam de autocarro), das rendas, enfim, de temas banais do seu dia a dia.
Rui Rio disse ontem que em 2011 todas as praias da Foz teriam bandeiras azuis. E Acrescentou que a Praia dos Ingleses ( a minha :))) tinha poluição zero neste ano.Que isto era bom para que as pessoas mais pobres da cidade pudessem usufruir de férias junto às suas casas. Diria mesmo, quase à soleira da porta.

Fui lá confirmar. A bandeira azul, como o algodão, não engana...estava hasteada com orgulho junto ao muro de betão. Este ano, vêem-se mais pessoas a gozar da areia, do sol e do mar. Acolhem-se do vento - que hoje quase não soprava, deitando-se junto às rochas protectoras. A água está fria, mas límpida e a vista continua soberba com o novo molhe a servir de barra. Não enxameiam as praias como na Costa da Caparica ou em Cascais, são em número muito sustentável e não fazem barulho.
O Café do Ingleses pôs uma nova veste para o Mundial, vermelha e verde a cobrir uma parte da sala onde ficam os pufs e a TV. Cá fora está-se bem e ainda melhor na areia junto ao mar.


À vinda vou para a paragem, onde já umas sete pessoas aguardam o autocarro, que já lá está postado, sai pontualmente de vinte em vinte minutos e passa em frente da minha casa. Irmano-me com os mais pobres, sem qualquer preconceito, não tenho carro, também gosto de mar e de sol e não me importo nada de conviver com gente anónima para mais um "evento" estival.Que a sorte e a saúde me permitam ter muitas tardes assim. Gente rica e gente pobre reunidas no local mais democrático que conheço: a praia.

sábado, 17 de outubro de 2009

Matosinhos









Quem conheceu Matosinhos há uns dez anos, não a reconhece hoje.
Mudou completamente, as fábricas de peixe e marisco deram lugar a urbanizações de luxo, blocos de betão com mármore mesmo em frente ao mar, todos seguidos e não muito estéticos. O restaurante Proa, o mais conhecido da zona ficou entalado no meio dos blocos enormes.
Quem lá vive, gente rica em geral, diz que é o paraíso, acordar e ver o oceano Atlântico em frente aos olhos, tomar o pequeno almoço na varanda junto à praia e sobretudo, poder sair de casa pelas 7-8 da noite e dar um passeio a pé à beira do mar, ao pôr do sol.
Invejo-os um pouco pois sempre foi meu sonho ter um estúdio na 1ª linha da frente do mar, mas são demasiado caros e um pouco longe do centro do Porto.
Matosinhos agora tem metro para todo o lado, é uma cidade cheia de atracções como o Festival de Jazz, concertos, bares, restaurantes cinco estrelas e gente nova, muita gente nova. O mercado de peixe é fantástico, vale a pena ir lá só por isso, sem falar dos shoppings, o Norteshopping e o Marshopping, o IKEA... tudo locais aprazíveis para se gastar o que se tem e o que se não tem.



Há tempos fui almoçar ao Edifício Transparente, ao pé do Castelo do Queijo, onde tirei estas fotos todas; é um "mamarracho" que esteve anos à espera de solução , mas que agora já possui algum ambiente , sobretudo de tarde, quando se pode almoçar na esplanadas junto ao Castelo do Queijo, a ver os surfistas que aproveitam a hora de almoço para praticarem. Este ano tem sido um regalo, com tempo quente e ondas altas. Está-se lá bem, a comida é variada - o Real Indiana é muito bom - e a vista é fantástica.