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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

No reino dos castanhos

Nestes dias pintei dois quadrinhos - do tipo decorativo como lhes chama o meu amigo Paulo - mas ficaram artísticos e gosto dos tons, para variar dos azuis. Fazem-me lembrar uns maples que havia na minha casa de criança, com tons parecidos em cretone, tipo inglês. Vi-as bem numa daquelas casas vitorianas do Yorkshire....:)). São puro abstracto.


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Azuis e verdes



São cores frias, aparentemente, mas talvez aquelas com que gosto mais de trabalhar. Já tinha feito este quadro há tempos, mas hoje retoquei-o, envernizei-o e ficou pronto. É em MDF grosso, pode-se pôr assim na parede sem necessidade de moldura. Esta existe apenas na foto. É um abstracto, sem nome.

E como há muito não coloco aqui nenhum poema, desta vez vai este:

HORIZONTE

Ó mar anterior a nós, teus medos
Tinham coral e praias e arvoredos.
Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mysterio,
Abria em flor o Longe, e o Sul siderio
'Splendia sobre as naus da iniciação.


Linha severa da longínqua costa -
Quando a nau se approxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto abre-se a terra em sons e cores:
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe, a abstracta linha.


O sonho é ver as formas invisíveis
Da distancia imprecisa, e, com sensiveis
Movimentos da esp'rança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte-
Os beijos merecidos da Verdade.


FERNANDO PESSOA

terça-feira, 29 de março de 2011

Ultima criação




Não tenho pintado muito ultimamente. Tenho estado mais ocupada a preparar os quadros que vão estar patentes ao publico no Vivacidade.. Nó sábado já vão ser colocados nas paredes.

Este fim de semana, porém, apeteceu-me fazer algo de concreto . Tinha comprado duas placas de mDF, madeira grossa e resolvi experimentar um novo estilo, este abstracto mesmo. Quem quiser vê o que lá está :).

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Tamanho XL

Ontem e hoje dediquei-me a pintar um quadro grande abstracto, a tela já tinha sido pintada, mas não gostava do quadro. Levou-me algum tempo e deu trabalho, mas acho que ficou algo bonito e inspirador. As cores sairam surepreendentes e o fundo é dum roxo e azul que ligam bem.
De vez em quando gosto de fazer quadros maiores e mais arrojados, embora sejam muito difíceis de colocar, as casas são pequenas. Já sei quem gostaria muito de o ter, o meu irmão....a casa dele é grande e tem um corredor que é quase uma galeria!

Aqui vai com uma moldura que consegui através do Piknik ( nova faceta do Picasa):



bom fim de semana para todos!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Catedral



Quando comecei a pintar este quadro, que há muito estava na Utopia em standby com umas cores horrendas que tapei completamente com impasto, veio-me a mente as cores azuladas e alaranjadas de Monet; o meu professor tb disse que a pintura lhe lembrava as cores da catedral de Rouen e foi buscar um livro enorme para me inspirar,

É claro que este quadro nada tem a ver com os dele, nada mesmo. A harmonia e a impressão da catedral não existe. No entanto, quando olho para ele, sugere-me algo de religioso ....
Não sei se os apreciadores de abstractos verão outra coisa ou sequer se gostarão deste exemplar.
È muito diferente daquilo que habitualmente faço. Mas tenho de ir tentando outros estilos...

terça-feira, 25 de maio de 2010

Red scape



Fiz este quadro há dias...mas não sei quanto tempo ele durará assim. Sinto algo por ele, mas não o suficiente para o manter assim. Ainda não sei o que fazer dele, mas não é grave. Já destruí alguns e não me arrependi.

O meu irmão disse-me que parecia uma paisagem de Marte. Talvez tenha razão, de vez em quando ausento-me da Terra por uma questão de sobrevivência :)

Digam o que pensam livremente....não me deixo influenciar. Para já tirei-o do meu cavalete à espera de melhores dias.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Abstracto




Ontem fiz este abstracto no atelier. Já o tinha começado há semanas , mas não me estava a sair bem, o meu prof encorajou-me a continuar e ensinou-me,ainda, a técnica para conseguir este efeito. Acho que ficou diferente.
A foto não está maravilhosa, ao vivo é melhor.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Pintura de Natal



Estive a pesquisar na net sobre pintura abstracta natalícia. Só encontrei sites comerciais. O Natal está à venda.....cartões, quadros, fotos tudo para vender. Mesmo assim encontrei alguns sugestivos que resolvi pôr aqui. É pena a net ser tão comercial, seria muito interessante encontrar pintura moderna, relativa a este tema. Parece , porém, que não há muito por onde escolher.




domingo, 15 de novembro de 2009

Chuva, Apple Betty e abstracto das mesmas côres.


(clicar)

Tenebroso o dia de hoje no Porto.
Chuva torrencial, vento a 100kms à hora, ruas desertas, carros reluzentes a deslizar pelo asfalto, vidros repletos de gotículas, que ao escorrer se transformam em rios de lágrimas pela janela abaixo. Daqui do meu escritório só vejo uma casa, árvores já outonais sacudidas pelo vento e a chuva a cair impiedosa junto ao candeeiro da rua, cujo halo ilumina o chuveiro no azul da penumbra. É artístico, mas não muito confortável.

Passei a tarde a cozinhar e a pintar. Duas coisas que ligam bem porque enquanto se espera que a tinta seque, vai-se descascando as maçãs para o "apple betty" e colocando-as no fundo pyrex, com um pouco de canela e uma lágrima de vinho do Porto. Em seguida dá-se umas pinceladas de acrílico no papel para sugerir umas rochas, azul misturado com castanho e faz-se um fundo que tanto pode ser o mar como as rochas ao longe. É a altura de fazer a mistura com margarina e farinha, tipo areia, com uma leve pitada de açúcar e espalhar essa areia por cima das maçãs. Leva-se ao forno. Pinta-se então a areia do quadro, com beige, amarelo e castanho, deixando manchas de azul pelo meio. Com branco, engrossado com gel fazem-se as ondas - a espuma - com salpicos à volta das rochas ( ou a sugestão delas). Tira-se o pyrex do forno e batem-se umas natas com açucar - muito pouco - para acompanhar o "apple betty". É tudo branco e amarelo, como a areia e a espuma. Olha-se para o quadro, dá-se uns retoques com uma espátula, para simular os salpicos. O papel está mole com a tinta.Deixa-se a secar. Pôe-se a arrefecer o apple betty à janela, sem se molhar.



O ideal é acender uma lareira com pinhas e comer o manjar, bebendo um cházinho de maçã e canela a olhar para as chamas. Mas eis que o telefone toca e me convidam para uma canja e castanhas em casa dos netos. Troco uma pela outra.

Sou feliz? Acho que sim.




( clicar)

sábado, 14 de novembro de 2009

Pasteis sennelier



Os pasteis sennelier são marca quase desconhecida cá em Portugal. Encontrei-os pela primeira vez em Boston, numa loja perto do Harvard Square, daquelas com dois andares, cheia de tripés, cavaletes, telas e tintas de toda a espécie, até de pintar paredes, trinchas e pinceis, lixas, madeiras, etc., tudo misturado, mas com uma gama infinita de marcas e tipos de materiais.
O senhor que me atendeu achou graça às minhas perguntas e vendeu-me uma caixa dos pasteis que ele considerava os melhores do mundo. Eram caritos, de modo que só comprei 24, embora pelo toque, me apetecesse trazer muitos mais. Como comprei pinceis também, fez uma caixinha ali mesmo para meter os pinceis. Pessoas destas já não existem.

Entretanto já os gastei quase todos.

Como o meu filho tinha de ir a Bruxelas, pedi-lhe que me trouxesse outros, dado que sendo eles franceses, haveria com certeza esta marca. O meu filho ficou surpreendido com a quantidade enorme de caixas e qualidades, telefonou-me e eu aconselhei-o. MAL! devia ter-lhe dito que eram pasteis de óleo e ele trouxe-me pasteis secos, que são de pó e desfazem-se, embora as cores sejam mais brilhantes e apetecíveis. Têm de levar fixativo - ou laca do cabelo - depois de prontos para o pó não cair.

Não fez grande mal, pois trabalhei com eles na mesma , como se fossem pastel de óleo, tendo o cuidado de ir sacudindo o pó à medida que ia pintando. Gostei muito da minha experiência.

Este quadro, que foi feito em papel de bambu coberto de guache azul antes de aplicar o pastel, é abstracto, não pretende ser nada de figurativo, embora cada um possa tirar daqui o que quiser.



Vai aqui também uma das minhas peças clássicas preferidas: Mahler - 5ª sinfonia - 1º andamento.
Tem algo a ver com esta pintura.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Experiências fotográficas



Hoje resolvi fazer uns testes fotográficos, tendo como objecto foco um candeeiro tipo belle époque que a minha filha comprou há tempos numa dessas lojas de artigos para casa. O candeeiro é lindo, dá pouca luz para leitura, mas muita luz ambiente.

Vão aqui as várias experiências desde o mais abstracto até ao mais concreto.

Transformados em pintura podem criar algo de mágico.

Usei software Picasa 3 e photofilter. Ainda poderia transformar as fotos, mas acho que já dá uma ideia do que se pode fazer com um simples candeeiro!





quinta-feira, 8 de outubro de 2009

À minha amiga Regina ...e com ela também




Reencontrei a Regina após uns três anos de ausência. Está igual a si própria, continua a falar muito depressa como se fosse já atrasada para apanhar o comboio,mas mantém a mesma serenidade e simplicidade que me fizeram admirá-la mais do que a muitas outras colegas da minha escola.

Andamos no atelier "Utopia" - que felizmente é uma realidade às 3ª e 5ª - convivemos e aprendemos a pintar. Hoje foi pastel, há dias acrílico, para mim é tudo encantamento e quanto mais sei disto, mais me apetece saber. Acho que perdi anos da minha vida a fazer malha, quando poderia ter estado a criar algo mais belo.

Há dias fiz estes dois abstractos. A Regina pediu-me numa entrada abaixo que vos mostrasse aqui o trabalho feito. Decidi fazê-lo, mas não sem colocar dois poemas dela - um deles ainda não publicado - a acompanhar a "obra". Esta entrada é das duas. E oxalá signifique o retorno a uma amizade forever.

Cores outonais
O muro de xisto é já uma ruína mas a vinha,
velha e tão cansada,
exibe de novo os seus tons outonais.
Numa subtil gradação de frequências
a folhagem é agora amarelada, acobreada,
cor de vinho, acastanhada.
Ostentam cores outonais também, mais além,
a pereira e o marmeleiro.
Enquanto transferências de electrões
desencadeiam oxidações e reduções,
carotenos e antocianinas
conjugam-se em paisagens quase surreais.
Sentada numa fraga, ao lado de um sobreiro,
quero perpetuar estes instantes,
transformar em eterno este momento,
mas o agora de há pouco já é antes,
nesta implacável corrida do tempo.

Magnetismo Terrestre - 2006



Poalha etérea

No labirinto da memória
uma imagem perdida.
Uma imagem fugaz, discreta.
No bastidor, esticado, o alvo linho
de onde em onde maculado
por um bordado azul,
o azul do mar de Creta.
Não sei se era lençol, se era toalha
Na memória, apenas o bordado azul
e a brancura do linho.
Tudo o mais se esfumou
numa poalha etérea,
não sei se onda se matéria,
que o tempo dispersou.

Regina

terça-feira, 15 de setembro de 2009

E a inspiração voltou




Estava um pouco deprimida quando voltei das férias e não me apetecia pintar. Passei três dias quase só a ler jornais, a ver TV e a ouvir música, para além das tarefas domésticas, que essas têm sempre de ser feitas. Hoje ao escrever a entrada abaixo, parece que senti um impulso para criar alguma coisa mais bela. E aconteceu...

Vão aqui os dois quadros abstractos que compus em três horas. O guache é um material muito fácil de usar e as cores - só tenho sete cores ao todo - são suaves, em geral.
Não sei se gostarão ou se sentirão alguma coisa ao olhar para eles. Eu sinto.






sábado, 15 de agosto de 2009

Já tinha saudades


...de pintar. Hoje peguei no pasteis a óleo que comprei em Boston e resolvi fazer um abstracto. Tenho poucos.

Este foi o resultado. Não me perguntem o que é. Tanto pode ser o nascer do sol, como um ovo de dinossauro.

Como dizia Monet, o que interessa é as cores, não as formas....:)